Rússia: tudo o que você precisa saber para conhecer o país dos Czares


Atualizado em:


Escrevo esse post no avião, num voo de Moscou para Frankfurt, voltando da minha aventura de 10 dias pela Rússia. Fui sozinha, mas fiquei hospedada com amigos locais que me levaram para conhecer todos os pontos turísticos e os segredos de Moscou e São Petersburgo em pleno inverno. Foi uma experiência incrível e volto apaixonada pelo país – e por isso não aguentei nem chegar em casa para começar a passar todas as dicas da Rússia para vocês!

Vou começar com esse post mais geral, com todas as informações úteis para quem quer viajar para a Rússia, e em seguida postarei mais detalhes sobre as duas cidades, passeios, restaurantes e etc. em outros posts separados.

1.Contexto/ História

Apesar de ter uma historia de conquistas e domínio de Mongóis, Tártaros e outros povos que data de milhares de anos atrás, a história mais conhecida do que hoje é o território Russo se inicia com o Império no Século XIV. O ostensivo e vasto império dos czares durou ate o século XX quando a Revolução de 1917 instaurou a União Soviética.

Os principais pontos a serem visitados na Rússia de hoje guardam vestígios do que foi tanto o Império (tais quais o Palácio do Kremlin em Moscou, e o Palácio de Inverno em São Petersburgo) quanto a União Soviética (como as estações de metrô de Moscou e o centro de exposições VDNKh).

O Império Russo: O período do Império foi quando se consolidou o poder dos Czares (Tsar, em inglês). Com um poder absoluto, o Império se espalhou por territórios da Ásia/Europa, e se tornou o maior Império em território de toda a história. A trajetória da realeza Russa não pode ser reduzida a um fragmento de post, mas só para dar uma idéia para vocês, ela ficou conhecida pelas batalhas de Pedro, o grande, pela opulência da corte de Elisabeth, dentre outros governantes como Catherine e Nikolai. Há diversos filmes e livros sobre esse período da história Russa, e eu recomendo muito a leitura de algum para se familiarizar com os Czares – afinal de contas, boa parte do que você vai ver por lá é herança dessa época.

Eu li “Catarina, a grande – retrato de uma mulher” do autor Robert K. Massie. É um livro incrível sobre uma mulher forte e poderosa, e que dá um panorama sobre a vida da realeza. O que eu achei mais legal foi que, depois de ler, eu vi os vestidos, as jóias e carruagens que são citadas no livro. Este mesmo autor, que é um famoso historiador da Rússia, tem também um livro sobre Pedro, o grande; outro sobre a dinastia Romanov, e um sobre Nikolai e Alexandra – então basta escolher algum e mergulhar na aventura dos Czares.

O vestido da Coroação da imperatriz Catarina a Grande, bordado com fios de ouro e pedras preciosas, um pequeno exemplo da ostentação da época dos Czares

O vestido da Coroação da imperatriz Catarina a Grande, bordado com fios de ouro e pedras preciosas, um pequeno exemplo da ostentação da época dos Czares

A Revolução de 1917 e a URSS: A ostentação na qual vivia a realeza russa contrastava diretamente com a realidade do resto da população, que morria aos montes com a insalubridade, a fome e o frio. Este contexto, combinado com a revolução industrial, foi o pano de fundo para que a filosofia de Karl Marx e Friederich Engels ganhasse espaço entre os operários, e se tornasse a base da Revolução de 1917, que instaurou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

O período governado pelos bolcheviques é peça crucial na história Russa, e seus efeitos são vistos até hoje. Grandes pontos turísticos ainda carregam a herança e a influência do Partido Socialista, como prédios de arquitetura onde reina o concreto e formas geométricas austeras. Além deles, é possível visitar pontos turísticos como o Centro Panrusso de Exposições (VDNKh) ou usufruir do metrô, construído durante esse período e que mantém a estrutura e decoração das estações da época.

Uma das estátuas simbolo da URSS hoje esta “jogada” em um parque

A entrada do mercado Izmailovsky, também da época da URSS

Uma das estações de metrô de Moscou, construídas durante o domínio Socialista

Fim da URSS e hoje em dia: O ex-presidente Mikhail Gorbachev dissolveu a União Soviética com um documento em 1991, tornando livre todos os países que antes eram parte do bloco. A partir de então começou uma época de reconstrução tanto política como econômica. Hoje em dia a Rússia, liderada pelo controverso presidente Vladmir Putin, é considerada uma potência do oriente, e bate de frente com as políticas e tentativas de intervenções do mundo ocidental, liderados por EUA e Europa.

Apesar de estar bem mais aberta economicamente e contar com a presença de redes de hotéis internacionais e muitos turistas, é possível notar que o país ainda não é completamente influenciado pela cultura ocidental. O que é comum de se ver é a presença de produtos e restaurantes de países que antes compunham a URSS, e uma valorização da cultura nacional Russa – o que deixa a viagem ainda mais interessante.

A troca da guarda no Kremlin é uma tradição que se mantém ate hoje.

2. Língua

Não pensei que teria dificuldades com a língua, especialmente levando-se em conta o fato de que só fui para as principais cidades do país – mas eu estava enganada. Se prepare para taxistas (e motoristas de Uber) que não falam nem uma palavra de inglês, ou garçons que não fazem muito esforço para se fazer entender (especialmente nos lugares fora da rota turística). No entanto, o inglês é falado nos guichês que vendem bilhetes de atracões turísticas e os restaurantes geralmente oferecem menus em inglês, o que já ajuda muito. Agora, se for pedir informação na rua- para um policial por exemplo, pode esquecer, que vai ser bem difícil eles falarem com você em inglês. Em algumas ocasiões eu fui melhor entendida em Francês do que em Inglês (e em outras eu fui salva pelos meus amigos locais que falam russo).

Apenas algumas estações de metrô possuem placas em inglês. A maioria são como essa da foto- por isso o ideal é se planejar com antecedência e saber direitinho onde você tem que descer!

No geral, é possível se comunicar de maneira bem simples para comprar ingressos, souvenirs, ou pedir comida, mas a comunicação não costuma ir muito além disso não. Não há a necessidade de estar com alguém (tipo um guia) que fale russo para você o tempo todo, apesar disso ajudar. Mas é essencial se planejar e estar preparado para não ter que contar com ter que pedir informações na rua, por exemplo.

3. Dinheiro

O dinheiro usado na Russia é o Rublo, e a conversão fica em torno de 18 rublos para cada 1 real. Eu recomendo ter sempre bastante dinheiro em espécie com você, já que alguns lugares não aceitam cartão de crédito (e, especificamente no caso dos cartões American Express, tenha sempre uma alternativa pois NINGUÉM os aceita- mesmo em hotéis de bandeira internacional).

Uma outra dica importante: só leve notas de dólares em bom estado. Como não ha circulação de dólares e o número de pessoas que compram dólares é bem baixa no país, os bancos não aceitam notas que estejam amassadas, rabiscadas ou minimamente rasgadas. E não estou falando de notas claramente danificadas- não aceitaram algumas notas minhas que estavam em boas condições, mas estavam com cara de “usadas”, sabe? No final, eu tive que trocá-las em uma casa de câmbio bem mequetrefe, que tinha uma taxa de conversão péssima, mas foi minha única opção já que nenhum banco aceitou.

4. Visto

Desde 2010 o Brasil tem um acordo com a Rússia que isenta seus cidadãos da necessidade de visto para visitas de turismo inferiores a 90 dias – ou seja, nós Brasileiros não precisamos de visto de turismo para a Rússia se formos para turismo e para ficar menos de 3 meses.

ATENÇÃO: quando voce passa na imigração para entrar no país, além do carimbo, eles te dão um formulário branco. Você precisa guardá-lo com voce no seu passaporte o tempo inteiro por dois motivos: 1) sem esse formulário você não pode sair da Rússia (e não queremos isso, não é mesmo?); e 2) sem esse formulário seu passaporte “não vale nada” para eles. Por exemplo, assim que cheguei no hotel em São Petersburgo, pediram meu passaporte e, quando eu entreguei sem o papelzinho, me disseram que não podiam aceitar sem ele pois precisam escanear e “registrar” todos os estrangeiros em uma espécie de “censo” do governo Russo.

5. Quando ir para a Rússia

Esse é um tema que deixou muita gente de cabelo em pé quando eu disse que ia para a Rússia em pleno inverno! Então vamos para alguns esclarecimentos:

Janeiro-Março: A partir de fevereiro é considerada a pior época, quando está mais frio, com mais neve, e fica mais difícil de se locomover, além dos dias serem bem curtos e o Sol quase nunca sair. Meus amigos russos disseram que não recomendam a ninguém ir para la nessa época.

Abril-Maio: Primavera chegando, ainda é frio, mas não tão cortante como no inverno, e o Sol já mostra sua cara com mais frequência, o que ajuda muito.

Junho-Agosto: Alta temporada pois é verão. Não espere o calor do Saara, mas sim temperaturas amenas e bastante Sol. O ponto negativo dessa época é que os preços sobem e todos os lugares ficam extremamente lotados, o que significa filas enormes para tudo e fotos com um monte de gente atrás. Por outro lado, é em Junho e Julho que acontecem as famosas noites brancas de São Petersburgo, quando o Sol custa a se por, deixando as noites com cara de tarde, e com muitas atrações e festivais de rua!

Setembro-Outubro: Friozinho do outono começa a chegar (o que para nós, Brasileiros, pode ser bem frio), mas ainda há sol e não tem neve.

Novembro-Dezembro: Foi a época que eu fui. Início de inverno, e a neve começa a cair (mas não tao intensamente que te impeça de se locomover). Temperaturas são bem baixas (podem chegar a -20) mas o Sol as vezes aparece e o dia não termina tããão cedo assim (Sol se põe lá pelas 16:30).

Frio e início de neve no final de novembro/começo de dezembro.

Opinião pessoal: Eu fui na última semana de novembro e primeira semana de dezembro. Estava bem frio, e teve dias que a temperatura chegou a -14 graus, mas eu estava muito bem agasalhada, com roupas apropriadas, e por isso o frio não me incomodou. Para mim, os pontos positivos foram ver as paisagens com neve, e conhecer o tal do frio Russo, que é algo bem famoso. Alguns pontos negativos foram os dias serem mais curtos e não haver sol o tempo todo (então a maioria das minhas fotos ficou com o céu cinza). Daí depende da opinião de cada um. Se você puder, eu diria que ir em Maio ou Setembro é ideal pois não esta mais tão calor nem tão lotado, mas eu não me arrependo de ter ido no frio e adorei minha experiência!

6. Quantos dias ficar

Eu fiquei 3 dias inteiros em São Petesburgo e 5 dias inteiros em Moscou e achei o tempo perfeito. Contando o dia que eu cheguei (que eu não consegui fazer nada) e o dia que passamos a manhã no trem indo de uma cidade para a outra, deu 10 dias completos. Para conhecer tudo você precisa de (no mínimo) 2 dias inteiros em São Petesburgo e 3 dias inteiros em Moscou. O ideal seria: 3 dias em S.P. e 4/5 dias em Moscou (que tem mais museus e mais atividades). Essa não é uma viagem curta, já que temos que levar em conta o tempo para chegar ate lá também- então tem que valer a pena, né?

A Paula do blog Mundo da Paula amou São Petesburgo e fez um post com sugestão de roteiro para 5 dias na cidade. É um ótimo ponto de partida para quem quer planejar o que explorar em São Petesburgo.

7. Quais cidades visitar na Rússia (e como ir de Moscou a São Petersburgo)

Moscou e São Petersburgo são as cidades indispensáveis e o mínimo que você deve conhecer na Rússia.

Para viajar entre as duas cidades, a melhor maneira é pegar o trem expresso Sapsan. Ele é mais caro do que o trem comum (custa entre $50 e $200 dólares)) mas faz a viagem em menos de 4h, em um trem moderno e confortável. (falaremos mais sobre os trens entre Moscou e São Petersburgo num próximo post)

Trem rápido entre Moscou e São Petersburgo: SAPSAN

Se preferir uma viagem mais bucólica, opte pelos trens noturnos Grand Express com cabines e camas, para passar a noite viajando de uma maneira luxuosa e exótica (custam entre $50 e $100 dólares, dependendo do luxo da cabine).

Outras cidades:

Além das duas cidades, há atrações interessantes que podem ser feitas em um dia, no estilo bate-volta, e que você deve fazer se visitar o país durante o verão e dias extras para isso:

Tsarskoe Selo – é onde fica o palácio da Catarina, a Grande, a 25km de Sao Petersburgo. Para ir até lá, basta pegar uma van (chamada de marshrutka) da estação de metrô Moskovskaya (vá ate a saída “buses for the airport” onde vão estar as marshrutki rumo a Pushkin). Elas custam cerca de 342 ou 545 rublos.

Petrodvorets (Peterhof)- Conhecido como o Palácio de Versalhes Russo, fica a 30km se São Petersburgo. Voce pode ir de ônibus pagando 70 rublos, e levando 30min da estação de metrô Avtrovo ou da estação Lininsky prospekt.

Mosteiro da Trindade de São Sergio – Fica a 60km de Moscou e com trem expresso a viagem leva 1h. Há dois trens saindo por dia por 320 rublos. Se preferir, há também o trem comum prigorodny, pela metade do preço: 150 rublos, que demora 1h30min, saindo da estação Yaroslavsky vokzal.

8. O que comer na Rússia

Apesar de já estar aberta para a cultura ocidental, a culinária Russa ainda é muito influenciada regionalmente, mantendo a tradição com seus pratos típicos, mas também valorizando pratos e restaurantes de comidas de países da região, ou da antiga União Soviética. O destaque fica pelas cozinhas Armênia e Ucraniana, com restaurantes espalhados por Moscou e São Petersburgo.

A cozinha Russa é forte em carboidratos e ensopados. Destaque para os tradicionais Piroskis (uma espécie de pãezinhos recheados com sabores variados), os pelmenis (que parecem capelettis, porém sem molho) e os blinis (panquecas finas, geralmente acompanhadas de caviar).

Piroskis sortidos (carne, repolho, batata…)

O strogonof (stroganoff), prato tão popular no Brasil, não é tão difundido na Rússia, e tem uma carinha diferente do que estamos acostumados. Com bem menos creme de leite e nada de molho de tomate, as tiras de filet mignon aceboladas acompanham o trigo grosso, ao invés de arroz. Muito gostoso!

O verdadeiro Stroganoff

A cozinha da Ucrânia é bem semelhante à Russa, contendo alguns itens iguais- como por exemplo o Borsch, uma sopa à base de beterraba que pode conter carnes e diferentes legumes. Este prato me surpreendeu muito! Eu não gosto de beterraba mas fiquei completamente viciada em Borsch!

Borsch de um restaurante Ucraniano

Para quem mora em São Paulo, a cozinha Armena não é totalmente estranha, já que a cidade conta com um significante número de famílias descendentes de imigrantes Armênios e há bons restaurantes espalhados pela cidade. Quando eu comia algum prato Armênio, eu sempre tinha a impressão que a culinária deles era bem parecida com a Libanesa, porém na Russia experimentei pratos de outras regiões do pais, e vi uma cozinha Armena bem mais parecida com a Russa e a Ucraniana do que com a libanesa.

Kinkhali, um dumplig Armeno recheado de carne ou vegetais ensopados (e requer habilidade na hora que você morde para que o caldo não caia e te queime todo!)

E claro que em um pais frio, o chocolate quente não poderia faltar! Porém na Rússia você vai encontrá-lo em duas versões: o hot cocoa (que e aquele chocolate quente com leite, como o que conhecemos) e o hot chocolate (que é este da foto, mais parecido com chocolate derretido servido na caneca).

 

É claro que a culinária russa não se resume apenas a estes pratos, por isso a dica é: explore, pergunte para os locais, e evite apenas seguir guias de bolso ou recomendações de hotéis! É saindo da rota turística que se descobre os verdadeiros sabores de um local… e que não quer isso?

9. Como se locomover

Em São Petersburgo recomendo a hospedagem na zona mais turística pois a maioria das atrações está lá, e assim é possível fazer tudo a pé. Quando fez muito frio a noite, e com chuva, pegamos Uber e foi extremamente barato (2 dólares a viagem), então não foi necessário o uso de transporte público.

Já em Moscou, as atrações estão mais espalhadas e há mais o que ver, então não dá para fazer tudo a pé- independente de onde voce se hospede. O metrô da cidade é por si só uma atração turística já que foi construído durante a época da União Soviética e as estações ainda mantém a decoração dessa período. No entanto, para usar o metrô é necessário se planejar antes, já que algumas estações não tem nenhuma placa em inglês- tudo está escrito no alfabeto cirílico em Russo. Por isso, é importante saber exatamente para onde você quer ir e onde tem que descer.

Uber em Moscou também é barato e a oferta é grande. No entanto, vale ficar atento a alguns detalhes. Por exemplo, em Moscou, a empresa Uber autoriza os motoristas a iniciarem a corrida no app mesmo antes de você entrar no carro- então não ha o tempo típico de espera até você ir para a rua e entrar no carro. O melhor é você já esperar o carro na rua mesmo. Outro ponto importante é que as vezes os motoristas não entendem muito bem como o app funciona, então tenha salvo em algum lugar (ou no celular) o endereço de onde voce vai, só para garantir.

10. Aproveite!

Viajar para a Rússia e uma experiência super diferente. Não se trata de uma viagem bem exótica ou aventureira mas, definitivamente, é bem diferente de uma viagem para a Europa ocidental, por exemplo. De qualquer maneira, vale a pena explorar o país dos Czares e da União Soviética, e entender esse contraste político e cultural que é a região, ainda hoje importantíssima no sistema global!

Vai viajar?
É preciso planejar!

Planeje sua viagem utilizando os serviços dos parceiros abaixo. Você não paga nada a mais por isso, e ajuda o SV a continuar produzindo conteúdo de qualidade e gratuito. =)

Curadoria de viagem

Receba uma vez por mês em seu e-mail nossas dicas cuidadosamente selecionadas e as novidades do mundo das viagens.

Deixe seu comentário

  • Olá

    Irei a Russia no finalzinho de maio deste ano.
    Você fala em dólares para cambiar. Pode levar euros ?

    Obrigada

    Maria Esther

    • Oi Esther,
      Eles fazem câmbio de Euros também, mas como falei no post, é bom ficar atenta ao estado das notas para não ter problemas!
      Boa viagem!

  • Oi,
    vocês usavam internet 3g na rua? É fácil comprar um chip ou algo assim para usar o celular com internet?

    Obrigada

    • Oi Nina, minha amiga comprou um chip pre-pago pra mim com a operadora dela. Segundo ela foi facil e barato, mas os atendentes nao se esforcaram nem um pouco para falar em ingles, e ela diz que so foi facil pq ela fala russo. Entao vai um pouco da sorte de pegar alguem que queira te ajudar e explicar os planos.
      Mas Segundo ela, qualquer operadoa tem chips pre-pagos!
      Boa sorte!

  • + Ver mais comentários

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *