Castelo de São Jorge em Lisboa: como aproveitar ao máximo


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Quando preciso escolher uma atração turística para levar amigos de fora de São Paulo eu acabo levando ao Terraço Itália ou ao Farol Santander, no Edifício Altino Arantes. Tudo bem que a vista lá de cima vale a pena. Mas quem me dera a principal turística da minha cidade fosse um castelo do século 11, como o Castelo de São Jorge em Lisboa. E que tivéssemos um rio belo como o Tejo para emoldurar um sem fim de ruazinhas e vielas.

Não bastasse ter este surreal patrimônio medieval, Lisboa tem no Castelo de São Jorge seu mais belo e famoso mirante. Afinal, das torres de onde antes os lisboetas se protegiam de possíveis inimigos hoje disparam apenas cliques para todos os lados. E o lugar é, de fato, um ponto imperdível. De lá dá para entender não só como é formado o lindíssimo Bairro da Baixa, mas toda a cidade.

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Homem tirando foto da vista de Lisboa do alto do castelo de São Jorge

É claro que também tirei várias fotos.

Vista da cidade de Lisboa, um rio no canto superior esquerdo e a cidade ao entardecer.

A foto que estava sendo tirada.

Porém, como todo clássico ponto de visitação, algumas dicas podem valer a pena para aproveitar melhor a visita e evitar as grandes muvucas. É lógico que em plena alta temporada, entre junho e setembro, é difícil não encontrar grandes aglomerações, mas vou fazer um passo a passo para você aproveitar tudo desse lugar incrível.

A importância do Castelo de São Jorge

Uma baita de uma construção imponente que se faz ver de quase toda a cidade. Erguido pelos mouros em meados do século 11, foi o último reduto de defesa para as elites que habitavam a cidadela. Entre eles, o alcaide, chefe da cidade, cujo palácio ficava próximo e as principais figuras da administração. A área do Castelo de São Jorge – Monumento Nacional engloba a área da antiga cidadela e os vestígios do Paço Real e desta zona residencial das elites.

Castelo de São Jorge entre árvores verdes

Além disso, um museu concentra um bom acervo de objetos recolhidos no Sítio Arqueológico, vizinho à edificação principal. Desta forma o visitante começa a voltar no tempo e entender todas as culturas que passaram por esta área, já que os vestígios das primeiras ocupações remontam ao século 7 a.C.. Objetos como vasos e outros utensílios compõem um panorama muito rico, que se estende até o século 18. Contudo, o destaque fica com as peças do período islâmico, entre os séculos 11 e 12, que dão o tom de pluralidade do Castelo.

Uma breve história do Castelo de São Jorge  

Após a conquista de Lisboa, em 25 de outubro de 1147, por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, até o início do século 16, o Castelo de S. Jorge conheceu o seu período áureo enquanto espaço cortesão. Os antigos edifícios da época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o Rei, a Corte, o Bispo e instalar o arquivo real numa das torres do castelo.

Transformado em paço real pelos reis de Portugal no século XIII, o Castelo de S. Jorge foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, para se realizarem festas e aclamarem-se Reis entre os séculos 14 e 16.

Com a integração de Portugal na Coroa de Espanha, em 1580, o Castelo de S. Jorge adquire um caráter funcional mais militar, que se manterá até ao início do século 20. Os espaços são reconvertidos, outros novos surgem. Mas, é sobretudo após o terremoto de 1755 que se dita uma renovação mais substantiva com o aparecimento de muitas construções novas que vão escondendo as ruínas mais antigas.

No século 19, toda a área do monumento nacional está ocupada por quartéis. Já entre 1938 e 1940 se dão as obras para transformar o castelo de vez em patrimônio nacional. Onze torres seguem de pé, bem impávidas e lindonas. É um daqueles lugares em que crianças e adultos conseguem voltar ao passado e sonhar juntos, sem precisar ir à Disneylândia.

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A visita ao Castelo de São Jorge

Mais do que um museu ou sítio histórico, o Castelo de São Jorge é hoje um epicentro cultural de Lisboa. Isso porque a Exposição Permanente revela muito sobre a história da capital portuguesa. Porque o Sítio Arqueológico mostra as preciosidades da arte islâmica que decorou a fortaleza. E porque a Câmara Escura é uma atração digital interativa que revela uma cidade hoje repleta de jardins e mirantes.

A entrada custa 15 euros (saiba mais aqui e veja mais ingressos para atrações em Lisboa).

Entardecer nem Lisboa. Pássaros voando em um céu azul com um contorno das sombras do castelo de São Jorge

O belo entardecer visto do alto do Castelo

No Castelo, é possível visitar a área da antiga residência real medieval. Também na zona do Jardim Romântico e nos terraços é possível ver alguns elementos arquitetônicos que integravam a antiga residência real.

Algumas das principais espécies autóctones da floresta portuguesa, como os sobreiros, zambujeiros, alfarrobeiras, medronheiros e pinheiros-mansos são observáveis no jardim do Castelo de São Jorge. Este é um dos únicos espaços verdes de Lisboa onde dá para ver todas essas espécies juntas. Há também algumas árvores frutíferas para relembrar a antiga horta do Paço Real da Alcáçova.

A vista é um dos grandes trunfos do castelo e o que mais se vê são visitantes tentando achar seu angulo preferido. Caminhar por entre as torres e sentir-se como um rei com Lisboa aos seus pé é um grande barato.

O que você encontra no Castelo de São Jorge

Além das incríveis vistas, o Castelo de São Jorge conta com muitos outros atrativos. Os principais são, claro, as muitas exibições. Lá você encontra o Núcleo Museológico e as coleções de artilharia e de estátuas. O Castelo abriga ainda um Núcleo Arqueológico, já mencionado acima.

Lá você encontra ainda o restaurante, o Lovely Castelo. Ainda na área das refeições, a atração tem dois pontos de vendas de comida de rua, em trailers com carinha de bonde lisboeta. E claro, não falta uma loja com produtos com a identidade visual do Castelo e muito mais.

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