O que fazer em Chicago: 12 passeios na Wind City

Você conhece alguém que foi pra Chicago e não voltou completamente apaixonado pela cidade? Eu não conheço. A cidade é um poço de cultura, um prato cheio pra quem quer se esbaldar em diferentes tipos de arquitetura e apreciar vistas maravilhosas. Com tantos passeios disponíveis, fica até difícil escolher quais fazer. Se você está na dúvida sobre o que fazer em Chicago, este post é para você. Vem com a gente conhecer um pouco mais sobre a Cidade dos Ventos – a Windy City!

Qual é a melhor época do ano para visitar Chicago?

Antes de fechar a viagem para Chicago, você precisa saber que o clima interfere muito na experiência. A cidade é conhecida por suas temperaturas completamente opostas nas diferentes épocas do ano. No verão, por exemplo, os moradores e os turistas adoram curtir a “praia” proporcionada pelo Lago Michigan que, mesmo sendo um lago, sua dimensão dá a sensação de realmente ser um mar.

Já durante o inverno, é comum ter nevascas e as águas do lago chegam a congelar. É bizarro pensar que aquela imensidão de água onde as pessoas se banham de junho a setembro vira puro gelo de dezembro a março. Lembre-se ainda que estamos falando da Cidade dos Ventos, o que afeta bastante a sensação térmica. As temperaturas podem variar 40ºC entre essas estações.

Portanto, a dica é buscar os períodos de transição para ter temperaturas mais amenas. A primavera e o outono são as melhores opções. 

Se for na primavera, a melhor opção é o mês de maio, mas saiba que as temperaturas oscilam bastante ao longo do dia. Assim como em São Paulo, lá você vive o famoso “efeito cebola”, em que precisa se vestir em camadas se for sair cedo e vai tirando as roupas ao longo do dia, para depois colocá-las novamente quando a noite chega.

Se for no outono, escolha o mês de setembro para usufruir de temperaturas ainda elevadas, mas não tanto quanto no verão.

Como chegar em Chicago?

Partindo do Brasil, existe apenas um voo sem escalas por dia de São Paulo para o O’Hare International Airport (ORD), que é o principal aeroporto da cidade, e ele dura pouco mais de 10 horas. Você já pode imaginar que pela falta de opção, esse voo costuma ter um valor bem salgado.

Sabemos que é um saco ficar fazendo escalas, mas acaba valendo mais a pena neste caso devido ao custo (quem sabe você não transforma sua escala em um stopover?). De qualquer forma, quem não for de São Paulo vai precisar fazer escala, então não tem muito como fugir.

O ORD fica a poucos minutos da região central de Chicago, então é super fácil de chegar no Loop, o centro comercial da cidade. Saindo do aeroporto, você pode usar o transporte público, o CTA, para se locomover de forma simples e barata, já que existe uma estação dentro do aeroporto.

O aeroporto Midway International Airport (MDW) também opera na cidade, mas numa escala muito menor e com mais voos nacionais. De toda forma, ele também tem uma estação do CTA dentro do próprio aeroporto. Outras opções são chamar um táxi, um carro por aplicativo ou alugar um carro.

Se você já está nos EUA e prefere se locomover de outra maneira, dá para ir a Chicago de trem. Há uma rota que liga Chicago a São Francisco, por exemplo, que está na lista de sonhos. O California Zephyr passa por Omaha, Denver, Salt Lake City, e Reno. Nos Estados Unidos, a empresa responsável pelos transportes ferroviários é a Amtrak.

Você pode ainda chegar a Chicago de ônibus, que é a opção mais barata. Mas lembre-se que, diferente da Europa, os Estados Unidos têm dimensões continentais e portanto os deslocamentos por terra são muito longos.

Quantos dias ficar em Chicago?

Com tantas opções de o que fazer em Chicago, nós recomendamos que você fique pelo menos 5 dias por lá. Assim, você consegue aproveitar tanto a vida diurna quanto a vida noturna que a cidade oferece. Se estiver com o tempo apertado, em três dias você vê o principal e sai com gosto de quero mais. Quem tem mais tempo pode ficar uma semana na cidade e conhecer também os segredinhos locais.

Qual é a melhor forma de se locomover em Chicago?

Com uma arquitetura encantadora, Chicago é daquelas cidades em que vale muito a pena caminhar o máximo possível. O passeio a pé rende bons lugares para admirar, mas nem sempre é possível fazer todos os trajetos desse modo. Nesses casos, o transporte público (CTA) é, de longe, a melhor opção.

A Windy City é muito bem abastecida tanto de ônibus quanto de trem, levando turistas e locais a diversas regiões. Para ir à região do Loop, por exemplo, as duas formas são eficientes e rápidas. O site do CTA usa o Google Maps como indicador de melhores rotas, e você pode fazer o mesmo quando precisar se deslocar.

O que fazer em Chicago: atrações imperdíveis

Agora que já demos uma breve introdução sobre essa cidade tão plural, vamos dar algumas dicas sobre o que fazer em Chicago. Anota aí!

Millennium Park

Essa atração é um respiro de ar fresco em meio aos arranha-céus. O Millennium Park foi construído para celebrar a virada do milênio e conta com diversas áreas (todas patrocinadas por grandes corporações americanas). Ele abriga a enorme e famosa escultura Cloud Gate (The Bean), cartão-postal de Chicago, que é inspirada no mercúrio líquido e é toda feita de alumínio.

Projetado por Anish Kapoor, o “Feijão” proporciona uma experiência interativa divertida, além fazer com que o Millennium Park e o seu entorno pareçam ‘encapsulados’.  Ele passou por uma reforma e agora possui uma ferramenta de IA que auxilia turistas e locais a explorar a cidade indicando o que fazer em Chicago.

Além disso, o Millennium Park também oferece apresentações e shows gratuitos no Jay Pritzker Pavilion. Outras atrações igualmente interessantes são o Crown Fountain, que possui uma estrutura que projeta diferentes rostos de maneira interativa com o público e a fonte, e o jardim Lurie Garden, onde os olhos se perdem diante de tanta beleza.

360 Chicago Observation Deck

Essa é pra quem não tem medo de altura. Localizado na região da Magnificent Mile, o 360 Chicago Observation Deck entrega o que o nome diz: uma vista 360º de Chicago do 94º andar do famoso John Hancock Center. Com janelas de vidro que vão do chão ao teto, é possível enxergar a uma longa distância. Você também pode apreciar bons drinks e alguns petiscos no CloudBar enquanto admira a vista impecável.

O 360 Chicago Observation Deck ainda tem um plus que é pago à parte! Ele oferece uma experiência única chamada Tilt, onde você pode se apoiar sobre os vidros que se inclinam em direção à North Michigan Avenue, lugar onde o edifício está localizado. Ou seja, parece que você está deitando sobre a cidade.

Quem vai, diz que é inesquecível, mas não é uma atração para qualquer pessoa, já que pode causar uma sensação estranha. Para quem tiver coragem, vale muito a pena! Se você é uma pessoa que tem medo de altura, não pode nem sonhar com isso. Você pode conferir todas as informações e valores neste link.

Magnificent Mile

Magnificent Mile é a principal região comercial de Chicago e também o pedaço mais chique da cidade. Ela ocupa a parte norte da Michigan Avenue e abriga arranha-céus famosos como o próprio John Hancock Center, além de lojas luxuosas, restaurantes refinados e hotéis chiques. Mesmo se você não puder fazer umas comprinhas na região, a caminhada pelas ruas já vale a pena. Quem não gosta de olhar uma vitrine de grife e pensar “Ah, se meu dinheiro desse”, não é mesmo?

Art Institute of Chicago

Esse icônico museu daria um dia todinho de visita. Se você acha que não é para tanto, separe pelo menos umas 4 horinhas para não sair de lá com gosto de quero mais. Com um acervo permanente de quase 300 mil obras de arte, o AIC é um dos maiores e mais antigos museus de arte dos EUA.

O destaque vai para a coleção impressionista, com pinturas de Monet, Renoir e Van Gogh, entre outros. Não é pouca coisa, né? O museu também abriga exposições temporárias que costumam ser interessantes. Ao agendar sua viagem, dê uma olhada no site deles para saber a programação. Você também pode escolher se vai querer fazer um tour autoguiado ou se vai acompanhar um guia treinado (em inglês e espanhol) em determinados horários. Confira todas as informações aqui.

Skydeck Chicago

Mais uma atração para quem não tem medo de altura. Como uma meca da arquitetura, Chicago tem diversos arranha-céus e isso é um prato cheio para quem gosta de ver as cidades “de cima”. O Skydeck Chicago fica no 103º andar da Willis Tower e oferece a vista panorâmica mais famosa da cidade. A experiência é única por causa da sua plataforma de vidro que dá a sensação de estar flutuando sobre a cidade. A experiência começa já na chegada, com alguns painéis que contam a história de Chicago. Pelo menos você consegue se distrair enquanto enfrenta filas que costumam ser bem grandes.

Assim como o 360 Chicago Observation Deck, o Skydeck Chicago também tem um restaurante, mas a diferença é que ele só funciona durante o jantar e em alguns dias específicos. Ele só abre depois que o Skydeck fecha para o público. Ou seja, se você for visitar o Skydeck durante o dia e estiver com fome, não vai poder resolver esse problema lá. Para ter acesso ao jantar, é necessário fazer reserva com (muita) antecedência, é verdadeiramente uma experiência de luxo acessível. Veja mais informações aqui.

Buckingham Fountain

É impossível passar batido pela enorme fonte em formato de bolo inspirada na Latona Fountain do Palácio de Versalhes. Além do show aquático de hora em hora, a fonte fica ainda mais bonita à noite, com show de luzes e música. Ela fica localizada no Grant Park, um dos maiores parques dos EUA, que também abriga diversos museus e onde está localizado o Millennium Park, sobre o qual já falamos por aqui.

Chicago Cultural Center

O edifício do século XIX que abriga o Chicago Cultural Center é um espetáculo por si só. Com uma arquitetura impressionante, a visita valeria a pena mesmo sem as atrações que ele oferece. Porém, como tudo que é bom pode melhorar, o CCC ainda oferece múltiplas atividades culturais.

Antes, abrigava só uma biblioteca municipal, mas agora ele abriga espetáculos artísticos gratuitos de diversas vertentes, como exposições, palestras, peças de teatro, além de eventos de música e dança. Para mais informações, acesse o site do CCC neste link.

Em alguns períodos há também feirinhas de artesanato no interior do prédio. Mesmo que não for assistir a nenhum show, vale a pena a visita só para ver as imponentes escadaria de mármore Carrara e a cúpula central, que é feita de vitrais.

Atualmente, a biblioteca municipal é a Harold Washington Library Center, que fica pertinho do CCC e também merece uma visita.

Navy Pier

Esse é daqueles lugares bem turistão e lotado, mas a gente acha que super vale a pena conhecer! O navy pier já foi centro da marinha, escola, e área cultural. Agora ele nada mais é do que um lugar de entretenimento, que vai muito além de um simples píer.

O Navy Pier é daqueles lugares que você passa um tempão não só admirando a vista, mas também comendo em um dos inúmeros restaurantes de rede (como Bubba Gump, Margarita Ville etc.) e levando as crianças para brincar na roda gigante e carrossel. Quer ver uma peça de teatro? Tem lá também. Ir no cinema? Tem salas Imax.

Vale lembrar que tem muitas atrações culturais gratuitas, como exposições de arte, apresentações de dança, entre outros (acesse a programação aqui), além de ter uma vista bem bonita do skyline de Chicago. Dá pra “perder” umas duas horinhas passeando por lá.

Tour arquitetônico de barco no Rio Chicago

Como já mencionamos, um dos grandes símbolos de Chicago é a sua arquitetura. Por isso, um tour arquitetônico na cidade é algo super interessante e incontornável. Como boa apaixonada por passeio de barco, recomendo muito que você faça o tour pelo Chicago River. Ele é guiado por um profissional que conta sobre os principais pontos arquitetônicos da cidade. Ou seja, você curte um passeio pelo rio enquanto aprende sobre Chicago. Só vantagens, né? IM-PER-DÍ-VEL.

Agora, se você for visitar a cidade no inverno, o tour de barco pode ser um pouco incômodo. Nesse caso, se o tempo colaborar, procure um tour a pé. A Patrícia e a Olívia já fizeram um segredos do leitor super legal sobre os tours da arquitetura de Chicago! Confira aqui.

Ver um jogo do Chicago Bulls

Se você é fã de esportes assim como eu, vale muito a pena ver um jogo da NBA no United Center, a casa do Chicago Bulls, uma das franquias mais tradicionais do basquete. Na verdade, esse é um passeio que vale a pena até para quem não é tão fã de NBA, já que a experiência vai muito além do esporte em si.

As partidas costumam ser muito animadas, principalmente se for durante os playoffs, que são as eliminatórias. Os estadunidenses são fascinados por basquete, e ver uma partida do Bulls é como mergulhar na cultura deles. Quando for agendar sua viagem, confira se terá jogo enquanto você estiver lá.

Lincoln Park/Zoo

Fundado no final do século XIX, o Lincoln Park Zoo é um dos zoológicos mais antigos dos EUA. Além disso, ele também está entre os maiores, contando com mais de 200 espécies de animais expostos. Apesar de não ser muito fã de zoológicos, este é bem legal pois é dividido por temas, como “Safári na África” ou “bird watching”.

Se mesmo assim você preferir deixar de lado essa parte do passeio, ainda pode aproveitar para conhecer o Linconl Park, onde ele está localizado, um parque enorme que fica de frente pro Lago Michigan. Para mais informações sobre o parque e o zoológico, clique aqui.

Praia

Aposto que você não pensou que ir à praia estaria na lista de o que fazer em Chicago, né? Mas por estar à beira do lago Michigan, Chicago tem várias praias que bombam no verão. A maior e mais famosa fica bem perto da Magnificent Mile e se chama Oak Street Beach. Claro, não vá esperando um paraíso tropical, mas serve para relaxar e curtir um solzinho. Se seu negócio não for ficar esticado na areia, aproveite a orla para andar de bike ou fazer uma corrida ou caminhada.

O que fazer em Chicago: dica bônus

CityPass

O Chicago CityPass permite que você visite 3 ou 5 atrações famosas por um valor muito menor do que se você fosse comprar os ingressos separadamente. Esse tipo de passe é comum em toda grande cidade, mas a vantagem desse aqui é que você pode escolher o que quer fazer na hora da compra do CityPass.

Como em todo lugar, para o passe valer a pena confira se há pelo menos três atrações que você já queria visitar de qualquer forma. Caso contrário, prefira comprar os ingressos separadamente e não perca tempo em atrações só porque elas estão no passe, porque elas não costumam valer a pena. Os destaques do Chicago CityPass, na minha opinião, são o Skydeck e o 360 Chicago Observation Deck, além do Art Institute of Chicago. Ficou interessado? Veja mais informações aqui.

Leia também: Onde Ficar em Chicago: Dicas e Regiões Para se Hospedar

E aí, leitor, o que achou da nossa lista? Caso você vá para os EUA e siga as nossas dicas sobre o que fazer em Chicago, volte aqui para nos contar! E se você já foi para lá e tem alguma sugestão de passeio que não foi mencionada aqui, é só deixar nos comentários. Nos vemos no próximo texto!