O que fazer em Londres: 44 passeios imperdíveis

Eu sempre repito a máxima de que não importa quanto tempo você fique em Londres, sempre vai ter algo novo para conhecer. Seja um mercado, uma região de compras, um bairro charmoso… As opções são infinitas. Mas para você que ainda não conhece a cidade, trouxemos aqui uma lista de o que fazer em Londres, com 44 das principais atrações.

Neste texto, te conto um pouco sobre os principais pontos turísticos de Londres, digo se acho que vale a pena a visita ou não e te dou algumas dicas extras.

Se quiser ir direto para a categoria que te interessa, clique nos links abaixo:

• Monumentos históricos
• Ruas e praças importantes
• Bairros bacanas
• Mercados e centros comerciais
• Parques
• Ver Londres de cima
• Harry Potter

Leia também: Como ir e voltar dos 5 aeroportos de Londres

Então sem mais delongas, vamos às opções de o que fazer em Londres:

Monumentos históricos

Parlamento/Big Ben

Começamos com o cartão-postal mais conhecido da cidade, o Palácio de Westminster. A imponente construção dourada abriga o Parlamento britânico e tem como uma de suas torres o relógio mais famoso do mundo: o Big Ben.

É possível fazer uma visita guiada pelo interior do Parlamento e é algo que eu recomendo muito. Já fiz o tour duas vezes e achei muito legal ver por dentro o centro da política britânica. Para isso, recomendo reservar ingressos antecipadamente.

Tower Bridge

Outro dos pontos turísticos mais famosos de Londres é a Tower Bridge. A ponte levadiça extremamente adornada é realmente linda e impressionante quando vista de perto. Você pode aproveitá-la a partir de uma das margens, lugares onde você vai conseguir fazer belas fotos, pode cruzá-la a pé e pode ainda fazer o tour interno, que inclui subida nas torres, passar por um caminho com chão de vidro e a casa de máquinas.

Essa última opção eu nunca fiz e já vi pessoas que confio dizendo que pelo preço não vale tanto a pena. Se o ingresso não for um problema para você ou sua curiosidade for grande demais, aqui você encontra todas as informações e garante tickets antecipados.

Tower of London

A Torre de Londres, ou Tower of London para os poliglotas, é um castelo que fica numa região central de Londres, bem ao lado da Tower Bridge. A construção é um complexo de vários prédios que datam do século XI, que já serviu como residência real e hoje é um Patrimônio Mundial da UNESCO.

Para mim, a informação mais interessante sobre a Torre de Londres é que atualmente cerca de 150 pessoas moram ali. E não são necessariamente membros da realeza. Uma menina que morou lá por três anos contou sobre os bastidores nessa reportagem da CNN.

De qualquer forma, preciso dizer que mesmo já tendo visitado Londres mais vezes do que posso contar, nunca entrei na Torre de Londres e também nunca ouvi ninguém dizer que o passeio era imperdível. A visita inclui entrada nas torres, exposições temáticas, exibição das jóias da coroa, entre outros e os ingressos podem ser comprados aqui.

Shakespeare’s Globe

O Shakespeare’s Globe Theatre é outro marco histórico que nunca fui. Este, porém, está na minha lista de o que fazer em Londres – e essa é a prova de que a lista nunca acaba. O teatro é uma reconstrução do Globe Theatre, teatro em estilo elizabetano para o qual Shakespeare escreveu suas peças.

O teatro é circular, com plateia 360º e não tem cobertura sobre o centro, onde os atores performam. Se você for fazer a visita guiada, lembre-se de vestir-se de acordo com o tempo, ou seja, agasalhado e com proteção para chuva, caso necessário.

Além da visita guiada, uma ideia que acho ainda mais interessante é ir ver uma peça no teatro. Há diversas opções acontecendo quase que diariamente, de tarde e de noite, principalmente no verão. Os ingressos custam a partir de 5 libras.

Buckingham Palace

O Buckingham Palace é a residência oficial do rei da Inglaterra. Sim, essa é a casa do Rei Charles. Só é possível entrar para visitar no verão, mas de qualquer forma acho que vale a pena passar na porta e ver de perto o prédio que tantas vezes apareceu nas nossas TVs – até porque sua localização é bem central e dificilmente atrapalhará seu passeio.

Além do prédio, uma atração à parte por ali são os guardas, que não se mexem nunca. Nas laterais do castelo é possível vê-los de pertinho e garantir a sua foto bem turistona. Lembrando que são seres humanos, então por favor não toquem neles como se fossem estátuas.

Há ainda uma cerimônia de troca de guarda que acontece diariamente às 11h e dura 45 minutos. Trata-se praticamente de um desfile, com direito a marcha, banda e tudo mais. Apesar de parecer legal, eu não recomendo nem um pouco.

A questão é que a troca de guarda é tão famosa que costuma reunir gente demais. Portanto, para conseguir enxergar bem é preciso chegar cedo para pegar um bom lugar, além de que a pompa toda é meio demorada e lá se vão muitas horas do seu dia em um rolê que é mais tedioso do que impressionante.

St. Paul’s Cathedral e Westminster Abbey

São duas as principais igrejas de Londres, ambas anglicanas, a principal religião do país, ligada à monarquia. Westminster Abbey, como o nome indica, fica pertinho do Palácio de Westminster (o parlamento). Ela tem arquitetura gótica e é bem impressionante internamente.

Ali estão sepultados importantes personagens históricos, como Isaac Newton, Charles Darwin, Stephen Hawking e a rainha Elizabeth I. Também é em Westminster que acontecem as coroações dos reis e rainhas e foi lá onde se casaram a Rainha Elizabeth e o Príncipe Philip, assim como o Príncipe William e Kate Middleton.

Já a St. Paul’s Cathedral é uma igreja de estilo renascentista e famosa pelo seu domo, que visto de fora lembra de outras igrejas pelo mundo, até mesmo o da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Lá foram realizados funerais de muitas figuras importantes na história do Reino Unido, como Churchill e Margareth Thatcher. Também foi lá que o agora Rei Charles e a Princesa Diana se casaram.

É preciso pagar para visitar as duas igrejas e ter acesso a todos os locais históricos. Alternativamente, é possível visitá-las de graça na hora da missa ou apresentação do coral. Dessa forma, porém, só é possível ter acesso à nave principal.

Ruas e praças importantes

Oxford Street e Regent Street

Duas das ruas mais movimentadas do Centro de Londres são a Oxford e a Regent Street. Elas compõem o principal centro de compras da capital inglesa, com todas as principais lojas, sejam elas de marcas de luxo ou populares.

Passear por essas ruas pode ser um pouco estressante devido ao imenso fluxo de pessoas o ano todo. Apesar de serem grandes e importantes, as duas são ruas relativamente estreitas, o que dificulta um pouco a caminhada. Ainda assim, acho super interessante conhecer, seja pelas lojas em si, pela arquitetura dos prédios, todos muito imponentes, ou pela distribuição urbana, muito diferente de qualquer coisa que vemos no Brasil.

Além disso, a partir de outubro, mais ou menos, passar por ali é obrigatório para ver as belíssimas decorações de Natal.

Piccadilly Circus

No comecinho da Regent Street está a esquina mais famosa de Londres, a Times Square versão inglesa: Piccadilly Circus. Apesar de não ser tão grande e não ter nem metade dos luminosos da prima americana, Piccadilly Circus é um pedaço beem buchichado, interessante e um daqueles pontos que você não pode deixar de ver.

O cantinho é marcado pela estátua de um ser alado que dizem ser Eros (ainda que não haja confirmação) sobre um chafariz memorial e é palco de muitos protestos, além de ter sido o local onde aconteceram muitos momentos históricos.

Carnaby Street

Essa pequena rua de pedestres no Soho é fofa e divertida. Por lá, lojas de marcas grandes e pequenas se espalham ao longo das suas três quadras de extensão. Quem vem andando pela Regent Street pode fazer um pequeno desvio entrando na Foubert’s Place para chegar até Carnaby. Uma vez lá, não deixe de conferir o Kingly Court.

Ah! Carnaby Street é também um dos lugares mais icônicos em termos de decoração de Natal. Lá há sempre vários itens pendurados sobre a rua, nem sempre com muita lógica, mas sempre muito divertido.

Trafalgar Square

Não muito longe de Piccadilly está outra praça, esta grande e imponente, diferente da anterior que é um pouco espremida. Trafalgar Square fica em frente ao belíssimo prédio da National Gallery of Art e chama atenção pela estátua de Lord Nelson (um almirante inglês que liderou a vitória na batalha que dá nome à praça) em cima de uma enorme coluna, e pelos imensos leões que o cercam.

No fim do ano, um mercado de natal é montado ali em frente à grande atração, a árvore de natal doada anualmente pela cidade de Oslo, que é famosa por ser feia.

Leicester Square

Ainda na região mais central da cidade está a Leicester Square, que é um polo cultural londrino. Ela é cercada por cinemas e é um símbolo do West End, a região conhecida pelos teatros musicais.

Na própria praça é possível ver uma série de estátuas que homenageiam grandes personagens do cinema e do teatro. No fim do ano, está ali o principal mercado de natal londrino.

Millenium Bridge

A Millenium Bridge chama a atenção por ser moderna. Totalmente prateada e feita de aço, ela destoa das tradicionais pontes de pedra e traz um contraste interessante na paisagem da cidade. Principalmente por ligar o Tate Modern, museu que fica dentro do espaço de uma antiga fábrica, à St. Paul’s Cathedral, catedral renascentista.

Abbey Road

A Abbey Road ficou mundialmente famosa depois que a foto dos Beatles atravessando a rua estampou a capa de um dos principais álbuns do quarteto. Desde então, fãs de todo o mundo se arriscam ao tentar reproduzir a imagem no local que tem um fluxo de veículos razoavelmente intenso.

O motivo da foto dos Beatles pode ser também o motivo da sua visita: o Abbey Road Studios. O estúdio em si não é aberto a visitação, mas ele tem uma lojinha com souvenirs realmente muito lindos. Nela também é possível conhecer mais da história do local que virou casa para os Beatles e que também faz parte da história de muitos outros artistas, como Pink Floyd, Amy Winehouse, entre outros.

Eu não posso ser considerada uma Beatlemaníaca, mas já fui três vezes à Abbey Road (primeiro sozinha, depois levando meus pais e um amiga) e sempre achei um passeio divertido. Da última vez, sugeri para minha amiga de irmos lá e quando fomos embora ela me disse que não achou que seria tão legal, mas amou o passeio.

E atenção: uma das coisas mais legais da Abbey Road é que há uma câmera que transmite a famosa faixa de pedestre 24h por dia. Então quando estiver indo, diga para um amigo ou familiar conferir este site e dê um tchauzinho ao vivo!

Baker Street

Mais uma rua famosa devido a um personagem famoso. Dessa vez, estamos falando do personagem Sherlock Holmes. No número 221B está situada o que seria a casa do famoso detetive. O lugar tem direito até a uma placa redonda azul, que está pelo país inteiro identificando moradores famosos de certos endereços. Ali existe um museu, que reproduz como seria a casa do detetive de acordo com o descrito nos livros, e uma loja.

Eu só entrei na loja e acho que já foi o bastante. Não sou uma mega fã de Sherlock Holmes, ainda que já tenha lido e conheça um pouco da história, e por ser um museu pago de um personagem fictício sempre me cheirou um pouco como atividade pega turista. Recomendo a visita única e exclusivamente para os super fãs, se não for seu caso, há muitas outras coisas interessantes o que fazer em Londres.

Bairros bacanas

Entre tudo o que há para fazer em Londres, passear por bairros interessantes é uma das minhas coisas preferidas. Essa atividade por si só seria capaz de preencher dias e dias de viagem e cada vez que vou a Londres descubro um novo canto charmoso e interessante para bater perna.

Como descrever todos os bairros interessantes de Londres é tarefa infinita, até porque novos polos estão sempre surgindo, aqui vou me ater somente a alguns dos mais conhecidos e importantes, visto que o texto é mais focado nos marinheiros de primeira viagem. Mas os segredinhos também vêm aí, fique de olho!

Soho

Talvez o mais conhecido dos bairros interessantes de Londres, o Soho já passou por seus altos e baixos. Bem no coração da cidade, ele é famoso por abrigar lojas de designers independentes, restaurantes de alta qualidade além de uma infinidade de bares e pubs, que fazem da região uma das principais para a vida noturna.

Este canto da cidade já foi alternativo, mas hoje em dia é bem mainstream. Uma passada por lá é incontornável e recomendo muito incluir alguma refeição nos muitos restaurantes bem avaliados, ou no mínimo um café e um docinho.

Chinatown

Espremida entre o Soho e a Leicester Square está a Chinatown, o bairro chinês que, como em quase toda grande cidade do mundo, não é exclusivamente chinês. Por lá você encontra restaurantes e mercados de quase todos os países do leste asiático e como a variedade de opções é grande, é preciso ficar atento porque nem tudo é bom.

A região é abarrotada de turistas, principalmente nos períodos próximos ao Ano Novo Chinês, quando as ruas ficam enfeitadas e há eventos celebratórios. Ainda que lotado, vale a pena caminhar por lá e comprar coisinhas diferentes nos mercados.

Notting Hill

Qualquer fã de comédias românticas já ouviu esse nome antes. Notting Hill é o bairro retratado no filme “Um Lugar Chamado Notting Hill”, com Hugh Grant e Julia Roberts. O lugar é hoje um bairro de classe alta, diferente do pitoresco e alternativo retratado no filme, ainda que um dia tenha sido assim.

Mesmo assim, esta é uma das minhas regiões preferidas. Acho super agradável, com as simpáticas casas coloridas e a incrível feira de Portobello Road – que falo mais abaixo. Os fãs do filme podem tirar foto em frente à porta azul e à Travel Bookshop, que na primeira vez que visitei ainda era uma livraria, mas já há muitos anos é apenas uma loja de souvenirs. Uma rápida busca no Google Maps vai te indicar os locais exatos.

No final de agosto, o bairro é o palco do Carnaval de Notting Hill, que para a minha surpresa lembra muito um carnaval nos moldes do que conhecemos. O evento é feito principalmente pela comunidade caribenha e leva desfiles e muuuita música para as ruas. Se você estiver por lá nos dias e gostar de festa, vale a pena conhecer!

Greenwich

O meridiano de Greenwich, que todos estudamos nos tempos de escola, leva esse nome por ter seu marco justamente neste bairro. Greenwich é um bairro de classe média tranquilo e meio descolado, tipo uma Vila Mariana (em São Paulo), mal comparando. No Greenwich Park você encontra o marco do meridiano e pode tirar uma foto clichê com as pernas e os braços em lados diferentes do mundo.

O Greenwich Market é um mercadinho simpático, com lojas independentes e barraquinhas com diferentes tipos de comida. Parada obrigatória para quem estiver na região. Por fim, uma ida à Greenwich não está completa sem um passeio pelo Thames Path, um agradabilíssimo caminho em frente ao Rio Tâmisa.

Regent’s Canal/Little Venice

Na minha opinião, um dos pedacinhos mais surpreendentes de Londres é o Regent’s Canal. O canal é razoavelmente grande e caminhar nas suas margens é uma delícia. Parte dele, próxima de Camden Town, é conhecida como Little Venice.

Acho a caminhada pelo Regent’s Canal uma das coisas mais gostosas de fazer, porque vai além do basicão na cidade e é super relaxante, nem parece que você está em uma enorme metrópole. Além disso, ao longo do canal há diversas daquelas casas-barco, algumas transformadas em estabelecimentos como cafés ou livrarias.

Também é possível fazer passeio de barco por ali, saindo da região de Camden, mas aí eu particularmente já acho um pouco besteira.

Camden Town

Camden Town ganhou notoriedade mundial principalmente por ser o bairro onde Amy Winehouse viveu. Ele era a meca do pessoal punk alternativo de Londres, mas como sempre acabou atraindo muita gente e encarecendo demais. De qualquer forma, o passeio por lá é imperdível.

De dia, se perder pelo emaranhado de lojas e restaurantes no Camden Lock, onde você encontra todo tipo de comida do mundo que imaginar, é a melhor pedida. Não deixe de conferir a estátua em homenagem à Amy e de entrar na loja Cyberdog, uma experiência maluca por si só.

De noite, Camden é um dos points de vida noturna de Londres, uma ótima opção para os baladeiros.

Shoreditch

O bairro de Shoreditch é um daqueles que passou por um intenso processo de gentrificação nos últimos anos. Tanto que hoje em dia já está quase perdendo o status de alternativo. Por lá há muita coisa legal, com o melhor do espírito londrino. Aos domingos, vá cedo ao Columbia Road Flower Market. Depois siga para a Brick Lane, rua repleta de lojas vintage e muito mais. Vale conferir também o Boxpark, uma espécie de mercado feito em containers.

Na Brick Lane, a pedida é experimentar os famosos bagels da Beigel Bake, que foram eleitos os melhores de Londres e ficam abertos 24h, 7 dias por semana.

Canary Wharf

Quem quer um passeio diferente em Londres pode ir a Canary Wharf, um dos centros empresariais da cidade. Essa região é bem diferente porque ali tudo é moderno e esse é um dos poucos locais onde você vai encontrar prédios altos. Também há canais e uma vista pro rio, que deixam o passeio mais interessante. Uma ideia é chegar ou sair de lá de Uber Boat, o transporte pelo Rio Tâmisa.

Southbank

A margem sul do Rio Tâmisa, nos arredores da London Eye, é uma região conhecida como Southbank. Passear por ali sentindo a brisa do rio é uma delícia. Caminhando a partir da London Eye sentido leste, você vai passar por uns pedaços que são como parques ou praças e bombam no verão. Por ali você encontra boa comida de rua e também pode passear no Southbank Centre, um centro cultural bem interessante.

Richmond

Pela distância da região central da cidade, já considero este um passeio para os iniciados. Richmond é um bairro de Londres, mas de tão pacato parece uma outra cidade, de interior. Ali é onde foi filmada a fofíssima série Ted Lasso e se você assistiu, vai reconhecer os cenários – além de que muitas lojas tem fotos com os atores nas vitrines.

Passear pelas ruazinhas fofas, comer uma empanada na deliciosa Chango Empanadas e caminhar na beira do rio são as melhores pedidas para o seu dia em Richmond. Combine a ida para lá com uma visita ao Kew Gardens (mais sobre ele abaixo) e não volte tarde para aproveitar as lojinhas charmosas que ficam ao redor da estação Kew Gardens do metrô e overground.

Mercados e centros comerciais

Portobello Road

O Portobello Road é uma das minhas coisas favoritas entre tudo o que se pode fazer em Londres. Sim, ele é muito lotado. Sim, ele é muito turístico. Mas isso não diminui a graça desta feira que é oficialmente de antiguidades, mas que não se limita a isso. Um dos pontos altos é a enorme variedade de comidas de todo o mundo ao final, perfeito para um almoço rápido, barato e muito gostoso.

Desça na estação Hyde Park Corner do metrô e siga a multidão em direção à Portobello Road – te juro, não tem como errar. Desça a rua fazendo desvios estratégicos para conhecer um pouco mais de Notting Hill e termine o passeio com uma bela refeição nas barracas do final.

Covent Garden

Covent Garden é o nome do mercado e também da região que está ao redor dele, que fica no West End. Ele um dia foi um mercado tradicional, mas já há muito tempo é um centro comercial de alto padrão, com lojas luxuosas e restaurantes renomados.

Ainda que você não tenha possibilidade ou pretensão de gastar seu dinheiro por ali, não deixe de conhecê-lo, seja pela beleza arquitetônica ou pela tradição. Na época de Natal, a decoração também é um show à parte.

Borough Market

O Borough Market é o mercado mais antigo de Londres e que está mais vivo do que nunca. Ele é cheio de opções de comidas e bebidas de dar água na boca, dos mais comuns a coisas bem diferentes. Várias dessas coisas viralizaram no TikTok, como donuts e morangos com chocolates, então prepare-se para enfrentar algumas filas – ainda que nada de outro mundo.

Spitalfields Market

Quase escondido, o Spitalfields Market é meio que uma conexão entre Shoreditch e a Liverpool Street, com cara de Londres mais central. Ele é simpático e bem mais tranquilo do que os anteriores, além de ser um passeio que pode ser feito em qualquer dia da semana. Dentro dele e nos seus arredores há ótimas opções para um cafézinho.

Coal Drops Yard

O Coal Drops Yard é um centro comercial meio aberto, construído de uma forma bem interessante. Se não pelas compras, vale a pena passear por ali pela arquitetura moderna ou para comer em uma das ótimas opções da região, como o famoso Dishoom, de comida indiana.

Harrods

Tradicionalíssima loja de departamentos de Londres, a Harrods é uma parada que vale a pena incluir, mesmo se você não gosta muito de lojas. Seja porque no Brasil não temos nenhuma loja desse porte (o que chamamos de loja de departamentos nem se compara com uma Harrods), seja pela arquitetura ou ainda pela decoração de Natal.

Um destaque que pode agradar a todos é a seção de comidas no térreo da Harrods. Seja para pegar um almoço rápido, um lanche ou uma belíssima pastry, ou para explorar as maravilhosas opções de coisas que não são de consumo imediato, vale dar uma conferida.

Battersea Power Station

Para terminar essa seção, a razoavelmente nova Battersea Power Station é um passeio bem legal. O shopping foi instalado dentro de uma antiga usina termelétrica e por isso tem uma arquitetura bem bacana. Dentro, há boas opções de lojas. No inverno, uma pista de patinação no gelo à beira do rio chama bastante atenção.

Parques

Hyde Park/Kensington Gardens

Este é o principal parque de Londres e você não pode sair da cidade sem conhecer pelo menos uma parte dele. Oficialmente são dois parques, mas se você olhar no mapa vai ver que é uma só mancha verde.

Muitos esquilinhos são presença garantida no passeio. Inclusive, foi no Hyde Park que eu vi esquilos pela primeira vez na vida, então guardo essa lembrança com carinho. Lá dentro, não perca o Albert Memorial, a Serpentine Gallery e a Diana Princess of Wales Memorial Fountain.

Na ponta oeste do parque está o Kensington Palace, residência oficial do Príncipe William e da Princesa Kate. Na ponta leste o Buckingham Palace, casa do monarca, como contei acima.

Holland Park

Não muito longe do Kensington Gardens, ainda no bairro de Kensington, está o Holland Park, ao redor do qual estão as propriedades com metro quadrado mais caro de Londres. Ele não é muito grande e é uma opção interessante para quem quer um passeio mais longe dos turistas. Lá dentro, o jardim japonês e o jardim holandês são os destaques.

Regent’s Park (Queen Mary Flower Gardens)

Já pro lado leste da cidade, o Regent’s Park se destaca pelo Queen Mary Flower Gardens, um bom passeio na primavera ou no verão, com as inúmeras flores com nomes engraçados.

Primrose Hill

Um pouco a norte do Regent’s Park está o Primrose Hill, que além de ser um parque bem familiar tem uma grande colina que garante uma vista privilegiada de Londres. O lugar é o melhor para quem passa ano novo na cidade e não está disposto a passar o dia em pé para garantir um lugar pertinho da London Eye. Por ser alto, é possível ver bem a queima de fogos de lá, além de que o acesso de última hora é bem tranquilo.

Kew Gardens

Para finalizar o tour pelas áreas verdes, o Kew Gardens é opção para quem tem bastante tempo ou já é iniciado em termos de Londres. O Kew Gardens é um enorme jardim botânico, lindíssimo e que vale ser visitado com calma. Ele é bem longe do centro e por isso vale a pena em um dia combinado com Richmond. No Natal, um espetáculo de luzes e projeções toma toda a propriedade.

Ver Londres de cima

London Eye

London Eye é a famosa roda gigante que fica na beira do Rio Tâmisa, quase em frente ao Big Ben. Além de um dos mais conhecidos pontos turísticos de Londres, a London Eye também é a principal forma de ver Londres de cima.

Eu particularmente acho a experiência bem legal e tô doida pra ir de novo. Mas é fato que a entrada é cara e as filas são longas. Se você não faz tanta questão dessa perspectiva da cidade, pode pular a London Eye na sua lista de o que fazer em Londres.

Se você decidir ir, saiba que há diferentes tipos de ingressos: promocionais para quem vai em um determinado horário durante a tarde, standard, os que dão direito a furar fila, os combinados a outras atrações…

Entre os primeiros, vai da sua preferência, mas o último eu não recomendo porque as opções de atrações para combinar com a London Eye não são experiências interessantes. Há coisa mais legal para fazer em Londres.

The Shard

Outro lugar de destaque para ver Londres de cima é o The Shard, aquele prédio super moderno com um formato que se assemelha a uma longa pirâmide. Ele é o edifício mais alto da Europa Ocidental, mas não chega nem perto de um arranha-céu como os que vemos nos Estados Unidos ou na Ásia.

O The Shard é outra experiência paga e acho essa um pouco mais pega-turista. Isso porque a vista dele é bem semelhante a de outros prédios que tem entrada gratuita (falo em seguida).

Sky Garden

O Sky Garden é um dos prédios modernos, mais ou menos na região do The Shard (mas do outro lado do rio) e que têm uma vista privilegiada de Londres. O Sky Garden ainda tem o adicional de ser um jardim nas alturas, o que traz um nível a mais de interessância pro passeio.

Se você decidir ir nele, fique atento porque é preciso reservar um ticket no site e isso precisa ser feito com três semanas de antecedência. As reservas sempre abrem na segunda-feira, para todos os dias da semana que começa 21 dias depois. Deu pra entender?

Horizon 22

O Horizon 22 se vende como a plataforma observatória mais alta de Londres. Ele fica bem perto do Sky Garden e também tem acesso gratuito, mediante reserva antecipada.

O que fazer em Londres: mundo Harry Potter

Por fim, como boa millennial que sou, não poderia deixar de fora as atrações relacionadas ao universo de Harry Potter em Londres. A verdade é que as inspirações de J.K. Rowling estão espalhadas por todo o Reino Unido, mas estando aqui você vai também reconhecer semelhanças em muitas coisas do dia a dia – basta pegar qualquer ônibus a noite em Londres pra se sentir no Knight Bus, por exemplo.

No entanto, dois pontos são particularmente especiais para os fãs da saga e não podem passar batido.

Plataforma 9 ¾

Já vá ajustando suas expectativas pra Plataforma 9 ¾. A primeira vez que a vi fiquei muito decepcionada. Isso porque, para não atrapalhar o fluxo de quem realmente vai pegar um trem nas plataformas 9 ou 10 da estação King’s Cross, a réplica da Plataforma 9 ¾, com direito ao carrinho entrando na parede e tudo, foi feita em outro lugar. Até que perto das plataformas 9 e 10, mas em um corredor normal, longe dos trens.

O outro motivo é que a fila para tirar foto com o carrinho e cachecol voando é imensa o dia todinho. Se você não fizer questão do carrinho, pode fazer como eu e aproveitar a madrugada para fazer seu registro na placa.

Ao lado da plataforma tem uma loja de produtos da saga. Essa loja é muito boa e bem completa, mas em muitos períodos do ano tem também uma fila pra entrar nela. A dica é visitar a pop-up store ainda dentro de King’s Cross nos períodos de alta temporada ou a loja no Camden Market.

Harry Potter Studios Tour

O tour nos estúdios onde foram gravados os filmes de Harry Potter é imperdível para fãs do bruxinho – e na minha opinião, mesmo para quem não é super mega escolado na saga. Quando eu fiz esse passeio, fui porque estava com uma amiga que até tatuagem de Harry Potter tem, enquanto eu tinha apenas visto os filmes muitos anos antes. Mesmo assim, achei fascinante.

É incrível ver de pertinho todos os cenários, figurinos, detalhes, maquetes, processo de criação. Você realmente se sente imerso naquela realidade, é tudo exatamente igual vemos e imaginamos. Além disso, há por lá uma boa loja também, cheinha de produtos, pra você evitar a fila de King’s Cross.

Agora, tenha em mente que os estúdios ficam afastados da cidade, é preciso comprar ingressos com antecedência e todo o rolê vai te tomar pelo menos um dia de viagem. Se tiver pouco tempo em Londres ou não fizer tanta questão de Harry Potter, melhor deixar pra próxima.

Harry Potter and the Cursed Child

Harry Potter and the Cursed Child é a peça de teatro feita a partir do livro que é uma espécie de continuação da saga Harry Potter, contando a história do filho de Harry e Gina. A peça fica permanentemente em cartaz no Palace Theatre, no West End, e é dividida em duas partes. Elas podem ser assistidas em sequência, com um intervalo no meio, ou em dias diferentes.

Eu ainda não assisti a peça, mas pretendo e todo mundo que eu conheço que já viu adorou. A avaliação é que a produção é impecável, com efeitos especiais incríveis. Assistir as duas partes de uma vez é a opção que faz mais sentido para quem está turistando em Londres, mas considere que seu dia no teatro vai ser longo e, neste caso, recomendo fugir dos ingressos mais baratos. Esse site tem muitas reviews dizendo que os assentos mais no alto são mega desconfortáveis e têm a visão bloqueada.

Museus e centros culturais

Como não poderia deixar de ser, Londres tem uma infinidade de museus e centros culturais, englobando os mais diversos temas. Além da variedade de opções, outra vantagem incrível é que praticamente todos eles são gratuitos. Por isso, fizemos um texto todinho dedicado aos museus de Londres, confira!

Leia também: Dicas úteis de Londres: tudo que você precisa saber antes de viajar

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