Oficina e Instituto Brennand: passeios imperdíveis em Recife
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Em Pernambuco, há alguns sobrenomes nacionalmente famosos e Brennand é um deles. Isso porque os primos Francisco e Ricardo Brennand contribuíram imensamente para a cultura pernambucana e brasileira.
Com esse peso todo, é claro que os primos Brennand também se tornaram ponto turístico. Estou falando da Oficina Francisco Brennand e do Instituto Ricardo Brennand, duas paradas obrigatórias em Recife.
Mas deixa eu voltar um pouco antes de falar tudo sobre os locais. Antes de mais nada, quem afinal são Francisco e Ricardo Brennand?
Do lado de fora da Oficina Brennand tudo é uma obra de arte
Quem são os primos Brennand?
Pra começar vou confessar pra vocês que até agora eu achava que os dois eram irmãos. Foi apenas quando fui conferir algumas informações que trouxe abaixo que descobri que a relação de parentesco era outra.
Francisco Brennand foi um artista plástico mundialmente famoso por suas esculturas e objetos de cerâmica. Ele morreu em 2019, aos 92 anos, mas deixou um legado incrível.
Suas obras costumam ter tons terrosos ou de verde e ele usava muitos elementos da natureza em seus desenhos. Também ficou conhecido por fazer muitas esculturas em formatos fálicos, sendo a mais famosa delas a Torre de Cristal, do Parque das Esculturas, que fica bem em frente ao Marco Zero de Recife.
Já Ricardo Brennand foi empresário, engenheiro e colecionador. É por essa última versão que o conhecemos. Ele morreu em 2020, também aos 92 anos, em decorrência da Covid-19.
A Oficina Francisco Brennand
O espaço da olaria transformado em galeria de arte
Nos anos 1970, Francisco Brennand transformou a antiga olaria de seu pai, no bairro da Várzea, em Recife, em sua oficina de cerâmica. Com o tempo, a oficina foi tomando forma de galeria de arte e hoje é um passeio imperdível pra quem vai pra Recife.
Além do espaço interno com as obras do autor e a antiga oficina dele em exposição (a oficina continua sendo lá, mas não é aberta pra visitação), o espaço conta com um jardim lindo, todo caracterizado pelas obras de Brennand.
Para mim, uma das coisas que mais chamou a atenção lá foi o volume enorme da produção de Francisco Brennand.
Pra quem quer uma obra do artista sem precisar encomendar um piso inteiro, tem uma lojinha com pequenos vasos e esculturas, que fica dentro do café.
A Oficina funciona de terça a domingo, das 10h às 17h.
A entrada custa R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia. Atenção: doadores de sangue também pagam meia, além de estudantes e idosos, professores, pessoas com câncer e deficientes. Há ainda possibilidades de entrada gratuita. Confira aqui.
O Instituto Ricardo Brennand
O Instituto Ricardo Brennand também é conhecido como “Castelo de Brennand”. Essa instituição sem fins lucrativos foi criada por Ricardo em 2001 e lá ficam expostas suas coleções.
O Instituto tem a maior coleção mundial do pintor Frans Post, mas o que chama atenção mesmo é a enorme quantidade de armamentos.
O Museu de Armas, no Castelo São João — Foto: Reprodução/Instagram
Além do Castelo, o Instituto conta também com uma pinacoteca, uma biblioteca, um auditório, uma capela, um restaurante, uma galeria para exposições temporárias e o belíssimo jardim das esculturas.
Para mim, o espaço ao ar livre é o ponto alto do Instituto. Ele é tão lindo e bem cuidado que frequentemente serve de cenário para ensaios fotográficos.
O Instituto Ricardo Brennand funciona de terça a domingo, das 13h às 17h.
A entrada custa R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia. Diferente da Oficina, a meia se aplica somente para deficiente, estudantes, professores e idosos. Na última terça-feira do mês, a entrada é grátis (exceto em janeiro, julho e dezembro).
Como chegar na Oficina e no Instituto Brennand
O espaço do Instituto Ricardo Brennand é lindo e super bem cuidado — Foto: Reprodução/Instagram
A maior desvantagem da Oficina e do Instituto é a localização. Eles ficam um ao lado do outro, em terrenos que antigamente eram uma coisa só, da família de ambos. O problema é que esse local é bem longe dos outros pontos de chegar e de acesso um pouco dificultado.
A minha recomendação é chegar lá de táxi ou carro de aplicativo. No site de ambos há orientações de como chegar de transporte público, mas para a Oficina, por exemplo, é necessário caminhar por uma estrada de terra por cerca de 2 km.
Para ir, foi bem fácil. Na hora de sair de lá, foi um pouco mais difícil de conseguir um carro, mas com alguma insistência deu tudo certo. Se você preferir, pode tentar combinar a ida e volta de antemão com algum motorista.
Diante disso, minha recomendação é que você faça os dois museus no mesmo dia, aproveitando a viagem e sem perder tempo de deslocamento mais de uma vez.
Acho realmente os dois lugares incríveis e indispensáveis de conhecer. Eles são bem diferentes entre si, então não acho que a visita ficaria cansativa. No entanto, se tivesse que escolher um só, eu iria à Oficina Brennand, mas isso é uma questão de interesse pessoal mesmo.
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