Brighton, dicas da simpática praia no sul da Inglaterra


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Eu morria de curiosidade de visitar uma praia na Inglaterra, e saciei essa vontade quando visitei Brighton, no litoral sul da Inglaterra. Brighton é a parte turística da cidade Brighton e Hove, e uma ótima opção de bate e volta de Londres – já que está apenas a 1 hora de trem da capital – ou para quem quer dar uma escapada de final de semana.

Brighton é muito famosa entre os britânicos como um destino de verão, mas ainda pouco frequentada por brasileiros. Entre os meses de junho e agosto, os ingleses lotam a praia da cidade. Para quem vem do Brasil, a praia em si talvez não seja a característica mais interessante do passeio, já que ela é de pedras e já que a Inglaterra não é exatamente uma referência em sol e calor. Mas não se preocupe, porque além da praia, há muitos outros motivos para visitar Brighton e nesse post damos algumas dicas para ajudar a montar seu passeio por lá.

As simpáticas cadeirinhas ficam na praia, à disposição dos turistas

Brighton é uma cidade bem versátil, que agrada todos os gostos. é lá que fica a renomada Universidade de Sussex, além da Brighton University, por isso há muitos estudantes vivendo na região. O destino é ótimo tanto para quem curte uma vida noturna agitada… alguém ai é da geração que assistia o DVD do Fatboy Slim Big Beach Boutique, que era gravado em uma praia? Pois essa praia era Brighton. =P

Se você quer mais sossego, tudo bem também. A cidade também agrada quem só quer aproveitar um tradicional fish and chips à beira mar, ou fazer compras entre as lanes super bonitinhas que ficam no centrinho da cidade (falamos mais delas mais abaixo no post, na parte de “O que fazer em Brighton”).

Toda a cidade tem um ar “antiguinho” super gracinha.

Brighton: como tudo começou

Brighton data do século XIV — mas a região já é habitada desde 2700 a.C. –, e foi estabelecida inicialmente como uma vila de pescadores. Aos poucos o vilarejo foi se transformando, quando médicos indicavam água do mar como tratamento para algumas doenças. Passeando por Brighton você vai notar a forte influência que a pesca teve na cidade e que ainda tem até hoje.

Em 1783 o Príncipe Regente (futuro Rei George IV) visitou a riviera pela primeira vez e, depois disso, passou a maior parte de seu tempo lá, construindo um castelo, o Royal Pavillion, e patrocinando o desenvolvimento da cidade. Em 1841 a ferrovia chegou à Brighton e trouxe um enorme número de turistas, contribuindo também para um intenso crescimento populacional. Daí em diante a cidade já passou a ter mais expressividade dentro da Inglaterra.

No exterior, toda cidade grande de praia que se preze tem um píer bonitinho pra chamar de seu. E com Brighton não podia ser diferente.

Como chegar a Brighton?

Brighton está a cerca de uma hora de Londres, com trens saindo todos os dias a cada 10 minutos da London St. Pancras, London Bridge ou da London Victoria. Comprando com antecedência as passagens não costumam custar caro (eu paguei 7,50 libras em 2016), mas a National Express também faz o trajeto de ônibus, demorando um pouco mais, mas com preços convidativos mesmo para quem decidiu ir em cima da hora.

Onde se hospedar em Brighton?

A cidade é pequena e todas as atrações estão bem próximas no centrinho, então se locomover a pé é completamente possível. Portanto, na hora de escolher a hospedagem basta ter isso em mente. Qualquer lugar nas proximidades da praia e das Lanes é uma boa pedida, especialmente na região entre a Bedford St. e a West St. Veja aqui opções de hotéis em Brighton & Hove.

As simpáticas lanes são, na minha opinião, a melhor parte da cidade.

O que fazer em Brighton? Principais atrações

Lanes

Esse região é como se fosse o centro histórico da cidade, e a parte mais charmosa de Brighton. As lanes nada mais são do que pequenas vielas (pequenas mesmo!) irregulares, completamente fofas e repletas de opções de lojinhas, restaurantes e cafés ainda mais encantadores. É passagem obrigatória para quem visita a cidade. Perca-se por elas!

Piers

Como em toda cidade de praia que se preze, o pier é uma atração que não poderia faltar, mas Brighton vai além: tem dois. O West Pier, na verdade, foi destruído em um incêndio, e sua passarela caiu. Então um outro píer foi construído, o Brighton Pier, mas a carcaça do antigo continua lá no meio do mar, a serviço dos turistas curiosos. O Brighton Pier foi inaugurado em 1899 e tem um estilo vitoriano super fofo. Ali e possível encontrar lugares para comer e um mini parque de diversões. A entrada é gratuita, paga-se apenas pelas atrações.

Os restos do antigo píer continuam atraindo os olhos dos turistas que visitam Brighton.

Royal Pavillion

É a casa que o Príncipe Regente construiu quando decidiu viver na cidade. O palácio tem uma arquitetura de estilo indiano que destoa de qualquer coisa que você vai ver na Inglaterra. A entrada custa cerca de 10 libras, mas o jardim é gratuito e vale a pena dar uma passeada por ele.

Nem parece que estamos na Inglaterra… o palácio chama muito a atenção pela sua arquitetura de estilo indiano.

Fishing Museum

Como mencionado antes, Brighton foi por muito tempo uma cidade fundada na pesca, por isso, é interessante visitar esse museu na orla da praia e conhecer um pouco mais da história local. A visita é rápida e lúdica, e a entrada é gratuita. Na minha opinião, valeu a pena conferir!

O Fishing Museum fica em frente à praia, entre a West Street e o Brighton Pier.

Aquário

Cidade de praia praticamente pressupõe a existência de um aquário, e o de Brighton é o aquário em funcionamento mais antigo do mundo! Ele foi construído em 1832 e hoje conta com mais de três mil animais. É um bom passeio para as crianças, principalmente porque há um setor educativo forte. O lado ruim é que as entradas são bem caras: comprando na hora o ingresso para adultos custa 19 libras. Se você gosta muito de aquário eu recomendo que compre o ingresso adiantado pelo site, porque o preço cai muito. Indo em grupo também há promoções.

Bandstand

Na ponta direita da praia está um dos principais cartões postais da cidade, que nada mais é do que algumas cabaninhas coloridas. Essas pequenas casinhas são propriedade privada de alguns frequentadores da praia que usam o espaço para guardar cadeiras, guarda-sóis e quaisquer utensílios que eles queiram usar no passeio. Isto é uma coisa relativamente comum na Europa, mas peculiar para os brasileiros, então por que não dar uma conferida? As fotos simpáticas também estão garantidas.

O Bandstand são pequenos depósitos para coisas de praia, que ficam uma gracinha juntos.

Queens Road/West Street

Essa é a principal via da cidade. A estação de trem fica no fim da Queen’s Road e, seguindo por ela — que se transforma na West Street — por uns 15 minutos você chega na praia. A rua em si é uma avenida, não muito charmosa, mas repleta de opções para quem quer fazer compras. No meio do caminho você vai ver a Clock Tower, construída em comemoração ao jubileu de ouro da Rainha Victoria e ponto de referência na cidade.


No mais, aproveite para caminhar bastante à beira mar, que é uma região muito fofa, e fique atento às artes de rua, abundantes na cidade.

A arte de rua tem lugar de destaque na cidade, ainda que não tanto quanto em Bristol.

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