Os 7 pores do sol mais lindos da vida (da minha, no caso)


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Acontece diariamente em todo canto do mundo. Mas não é todo dia que é incrível. Nem é todo dia que estamos num lugar especial para contemplá-lo. Ou seja, um belo pôr do sol é uma conjunção de fatores. Céu aberto ou com nuvens altas, horizonte desobstruído, tempo para observar e sorte. Sim, o fator sorte é crucial para conseguir desfrutar ao máximo dessa bênção da natureza.

Claro que uns poderão dizer que o amanhecer por vezes é mais bonito, mas o fato é que há mais chances de estar desperto no pôr do sol. Mesmo que ultimamente a essa hora muitos ainda estejam no trabalho. Ainda bem que existe horário de verão. Apenas a ideia de sair de dia da labuta e poder ver pelo menos o céu mudar de cor um pouco já acalma a alma.

Viajando esses últimos anos por aí eu tive a sorte e o tempo de ver muitos pores do sol. Cheguei até a pensar em criar uma conta no Instagram pra isso. Depois pensei que era covardia com os queridos presos dentro de um escritório. Como estou há um tempo sem usar Instagram e acumulei um monte de fotos e histórias, resolvi dividir com vocês os 7 pores do sol mais bonitos que eu consigo lembrar já vi. E os seus, quais foram? Conta pra gente lá nos comentários 😉

1 – Puerto Deseado, Argentina

Eu tenho arrepios só de lembrar desse dia. Difícil enunciar o quanto eu amo essa foto. Foi na viagem de veleiro de Ushuaia até o Guarujá, em 2016, e essa foi a primeira parada em terra firme desde que saímos do extremo sul do continente.  Estávamos há uma semana no mar, passamos os maiores perrengues possíveis, frio, enjoos, ameaça de afundamento…Chegar nesse lugar fez jus ao nome, nunca desejamos tanto terra firme.

A cidadezinha patagônica de pouco mais de 10 mil habitantes foi nosso lar por duas ou três noites. No segundo dia, eu e o amigo Rodrigo Martini demos uma volta, visitamos um pequeno museu com artefatos pré-colombianos e outro com vestígios de um naufrágio cheio de tesouros no século 18. Na saída fomos caminhar na orla e quando entendi o que estava acontecendo, não parava mais de clicar. O cachorro da foto nos seguiu por horas, até nos despedirmos no cais. Nós o batizamos de “Fofão”.

2 – Fernando de Noronha, Brasil

Quem pisa em Noronha já começa a ouvir falar do pôr do sol. É um ritual coletivo, todos os passeios da ilha terminam no mesmo lugar ou nos arredores. O ponto de encontro é o Fortinho do Boldró, onde tem um barzinho que vende água de coco, cerveja e sucos. Se tiver a sorte de entardeceres abertos durante seus vários dias na ilha tente descobrir outros cantinhos para ver o entardecer no Mar de Dentro. Quem sabe você ache o ângulo perfeito na praia do Bode, na do Americano ou na Cacimba do Padre.  O sol sempre desce no mar, mas em outubro ele desce certinho no meio dos Dois Irmãos. Daí o êxtase é ainda maior.

3 – Saint Barthélemy, Caribe

Olha, eu não esperava muita coisa nesse dia de dezembro de 2016. Era uma viagem com outros jornalistas. Tivemos algumas atividades “obrigatórias” durante o dia, previstas na programação. Mas ao entardecer os amigos Paulo Panayotis e Adriana Reis, do site O Que Vi Pelo Mundo toparam caçar o pôr do sol enquanto o resto do grupo ficou descansando no hotel.

Perdido geograficamente, o Panayotis confiava em mim para navegar pelas estradinhas estreitas da maravilhosa ilha caribenha com sotaque francês. Fomos costurando por entre curvinhas e ladeiras até o Farol de Gustavia, principal cidade e capital da ilha. Lá de cima víamos veleiros e lanchas voltando para o porto e outros atracados na baía. O sol desceu até que rápido e falávamos baixo, pois um grupo praticava tai chi chuan atrás da gente.

4 – Port Douglas, Austrália

Havia acabado de chegar nessa cidadezinha do nordeste australiano que é o ponto de partida mais bacana e menos muvucado para conhecer a Grande Barreira de Corais. Estava ansioso pelo dia seguinte, mas consegui uma bike emprestada no hotel e pedalei um pouco mais de um quilômetro até a vilazinha, que ainda não tinha visto. Passei batido por uma ruazinha charmosa, cheia de restaurantes e cafés (australiano faz café como ninguém, acredite!) e só pensava em achar um canto pra ver o pôr do sol.

De repente achei um mini parque, com um banco onde um avô sentado observava o neto brincar. Dois casais tomavam um vinho sobre toalhas na grama. Eu estendi minha canga e fiquei curtindo o sol descer atrás da montanha. Na volta para o hotel ainda vi uma revoada IMENSA de pássaros e parei para contemplar. Depois souber que eram morcegos imensos que fazem o trajeto diariamente. A Austrália ainda tinha muito para me apresentar.

5 – Arpoador, Rio de Janeiro

“É como no Arpoador não ver o mar”, adoro a obviedade enunciada pelo Skank e só posso lembrar do quanto amo o Rio de Janeiro. É uma espécie de pôr do sol mais querido eternamente. Pelas lembranças que tenho dele. Por já ter visto o sol se pôr no mar, no meio dos Dois Irmãos e atrás da Floresta da Tijuca. Enfim, é uma quase casa. Um lugar de paz e aconchego.

Essa foto foi tirada no dia em que conversei com minha tia avó Marcella pela última vez. Uma espécie de recordação de uma pessoa que sempre me escutou e que me permitiu ter acesso tão frequente a esse visual único. Aliás, acho essa uma das 10 praias mais lindas do planeta.

6 – Chapada Diamantina, Bahia

Existe a beleza intrínseca, aquela que tá ali bem diante dos olhos, escancarada. Mas também existe a beleza lembrada. A memória também embeleza um lugar. Em 2002, aos 17 anos, fiz minha primeira viagem longa na companhia do meu primo Fábio, então com 16.

No alto do Morro do Pai Inácio, nos arredores de Lençóis, ficou marcado um dos momentos mais bonitos da viagem. Era uma foto dos dois abraçados com o sol ao fundo. Claro que por ter sido uma viagem de quase um mês juntos, com mochilão, explorando na raça vários cantinhos perdidos da Chapada Diamantina, aquele clique ficou eternizado para mim como a imagem da viagem. Impressa no papel, nada digital.

Dez anos depois eu voltei para lá, a trabalho, e diante do mesmo horizonte só pude lembrar do eterno crepúsculo favorito. Adoro a forma como as nuvens parecem pinceladas e o astro rei ali, quase coadjuvante, meio aquarelado.

7 – Phuket, Tailândia

Fui a trabalho em 2015 e passei apenas 48 horas no litoral da Tailândia. Dessas, choveu durante umas 44 horas. Nas outras poucas eu saí correndo para fotografar. Acho que esse pôr do sol tem um gostinho de alívio, um símbolo de alguns instantes secos.

Adorei o lugar embora a horda de turistas na ilha de Ko Phi Phi tenha me assustado. Na tal Maya Bay, famosa como cenário de A Praia (2000), aquele file com o Leonardo Di Caprio, eu fiquei apavorado. Era tanto chinês por todos os lados que eu mal consegui um metro quadrado para boiar. Depois descobri que era época de feriadão na China. Uma pena. Mas valeu pelo pôr do sol seco em Phuket.

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