Caribe Brasileiro: tudo o que você precisa saber sobre Maragogi

Os fãs de praia com certeza já têm Maragogi na listinha de destinos dos sonhos. Não é a toa que a cidade é conhecida como Caribe Brasileiro, os cenários são mesmo paradisíacos.

Antes de ir, porém, acho importante se informar bem sobre o tipo de turismo e as atrações para não cair em nenhuma cilada. Respira fundo e vem comigo que nesse texto eu te conto tudinho!

Se preferir ir direto a algum ponto que te interessa mais, siga esse menu:

• Entendendo Maragogi
• Os bairros
• Onde ficar em Maragogi
• O que fazer em Maragogi
• Se locomovendo por Maragogi
• Onde comer em Maragogi

Entendendo Maragogi

Para começar, vou dar um panorama geral de como Maragogi está organizada e qual a vibe por lá. Por exemplo, se você está atrás de sossego, talvez este não seja o local mais indicado. Pelo menos não aos finais de semana, feriados e férias escolares.

Fora de temporada pode ser que você consiga passar dias mais calmos em uma cidade vazia. Mas com a experiência de quem foi durante um carnaval em que não houve carnaval (em 2022), te digo que Maragogi é uma cidade que cresceu muito em consequência da exploração turística e por isso é abarrotada!

A questão não é apenas que tem muita gente. Tem muita aglomeração, barulho e estímulos em geral. Confesso que eu não curti muito, achei que muitas vezes as músicas das caixas de som que estão presentes nos barcos, bares e também que são levadas pelas pessoas às praias se misturam e fica cansativo demais.

Se a sua vibe é mais de curtir um agito, vai fundo. Se, como eu, prefere descansar, melhor garantir que dá para ir durante a semana e fora de temporada.

Como eu disse, Maragogi cresceu muito por causa do turismo e de uma forma bem desenfreada. Assim que voltei de viagem, troquei ideia com a minha mãe, que me contou como era 26 anos atrás, quando fomos e eu tinha apenas 2 anos.

Ela disse se lembrar de um lugar super calmo e fofo. Hoje em dia, a experiência que tive foi bem diferente. Eu achei tudo que é natureza absurdamente lindo – apesar de algumas ressalvas que falo mais para frente – e tudo que é construção humana feio e sem nenhum pingo de charme.

Não falo isso para desencorajar, porque de novo, não tem beleza natural igual no Brasil. Mas como sempre falo por aqui, é importante ajustar as expectativas para evitar decepções.

Ah! Uma última dica: aproveite para ir logo. Está sendo construído um aeroporto em Maragogi, que vai ficar ali bem no centro da cidade e, sabemos, nesses casos a tendência é que cheguem ainda mais turistas.

Os bairros

Passadas as minhas impressões, vou explicar um pouco sobre como se organiza geograficamente a cidade. Maragogi é a cidade mais ao norte do litoral de Alagoas, fazendo divisa com Pernambuco. Ao sul, a divisa é com Japaratinga.

O que chamei de bairros são na verdade as praias. A área urbanda se organiza sempre ao redor delas, do lado direito da estrada para quem está olhando em direção ao norte.

Algumas dessas praias tem um centrinho maior do que outras. É o caso da praia do centro, onde estão a maior parte das pousadas e restaurantes, e também de Barra Grande.

As praias do norte são consideradas as mais bonitas e elas são bem menos urbanizadas. Nas praias do sul a presença de locais é muito maior do que de turista.

Onde ficar em Maragogi

Agora que deu para entender um pouco melhor a organização de Maragogi, vamos falar sobre hospedagem. Como eu disse, eu fui no carnaval e a cidade estava lotadíssima. Quando fomos escolher o hotel, tinham pouquíssimas opções disponíveis, por isso ficamos em São Bento, bem ao sul, quase em Japaratinga.

No fim das contas achamos até bom, porque conseguíamos fugir da muvuca do centro e do norte. O que pensávamos que seria um incômodo, que era o fato de ter que sempre pegar o carro para fazer alguma coisa, acabou não sendo tão ruim, porque percebemos que isso seria necessário de qualquer forma.

Acho que ficando mais no centro teria a vantagem de poder sair de noite para comer alguma coisa, por exemplo, mas não foi algo que buscamos. Em São Bento não tem quase nada de opção, mas estávamos em um lugar com cozinha e a ideia era cozinhar para economizar, mesmo.

A essa altura você já entendeu que o centro tem suas facilidades, mas que vêm acompanhadas de algumas inconveniências também né? Acho que é o caso de pesar o que é mais importante para você nessa viagem. Se estiver sem carro, por exemplo, acho que é mais conveniente ficar em um lugar com mais opções de coisas por perto.

Já se você quer mesmo ficar hospedado em uma boa casa, um resort ou um hotel mais paradisíaco e pé na areia, eu escolheria algo nas praias do norte, que são as mais bonitas.

O que fazer em Maragogi

Como eu já deixei bem claro ao longo do texto, tudo de interessante (e bota interessante nisso) que tem em Maragogi são belezas naturais. Simplesmente ir à praia e observar a areia clarinha e o mar azulzinho já é muito lindo, mas não é por isso que Maragogi é tão famoso.

O principal aqui são as piscinas naturais – afinal, estamos na Costa dos Corais – e os bancos de areia. Tem vários dos dois e você pode ir em um de cada e dar seu check ou então fazer vários passeios. Vou explicar direitinho cada coisa.

• Em resumo, as principais coisas para fazer são:
• Piscinas naturais
• Crôas de São Bento
• Caminho de Moisés (e outros bancos de areia)
• Praia de Antunes (e Xaréu e Ponta do Mangue)

Os dois primeiros são passeios de barco, que devem ser feitos em dias diferentes, porque ambos dependem muito da maré baixa e ela não fica baixa tempo o suficiente para fazer tudo no mesmo dia.

As duas outras coisas você pode fazer por conta própria e até no mesmo dia que os passeios de barco.

As praias

Ao norte estão as praias de Antunes, Xaréu e Ponta do Mangue. As três na verdade são a continuação da mesma faixa de areia, mas são próximas e o mar é daquele azulzinho claro em todas.

Por algum motivo, a praia de Antunes ficou mais famosa que as outras. Por ali tem vários estacionamentos e bares na areia. Ela é bem cheia, mas como é também muito extensa você pode conseguir um espacinho com mais tranquilidade.

Xaréu é um pedaço em que a faixa de areia fica mais estreita e quase some quando a maré está alta. Por esse motivo, não tem estrutura de restaurante, mas nos dias lotados, os vendedores ambulantes passam por ali também. Se quiser fugir da lotação, é a melhor opção.

Ponta do Mangue é menorzinha, portanto mais difícil de escapar da aglomeração. Lá, porém, tem de tudo em questão de comida, bebida, souvenirs e passeios.

Outra que merece destaque é a praia de Barra Grande, que fica logo acima do centro. Ela é mais procurada pelo Caminho de Moisés (vou explicar mais pra frente) e talvez justamente por causa dele também tem um centrinho grande e cheio. Para curtir a praia, porém, não acho que seja uma boa opção, porque ela é pequena e quase desaparece com a maré alta.

Nós fomos também às praias de Japaratinga e São Bento. Elas estão longe de serem as mais bonitas, mas foram ótimas para fugirmos um pouco daquela loucura turística.

A praia de São Bento fica bem bonita com a maré baixa e o aparecimento de inúmeros bancos de areia. Ali também tem a foz do Rio Salgado e eu sempre acho lindo ver o encontro do rio com o mar.

Leia também: Tudo sobre a Praia dos Carneiros em Pernambuco

Se você fizer o passeio das Crôas de São Bento (faça!), as jangadas saem dali, então aí está uma ótima oportunidade para conhecer.

Bancos de areia

Avançando, vou falar dos bancos de areia. Bom, pra quem não conhece, bancos de areia são partes mais rasas do mar, que quando a maré está baixa, fica como se fosse uma praia, mas no meio do mar. Essa foi uma explicação beeem leiga, viu gente, mas acho que deu pra entender né?

Tem bancos de areia que são mais próximos à praia mesmo e outros que são em partes mais profundas, onde você não consegue chegar andando quando a maré sobe. É importante saber isso porque há alguns que parecem super pertinho e seguros, mas onde não devemos ir andando, porque a maré pode subir muito rápido e então corremos risco de afogamento.

Parte da graça dos bancos de areia são os barcos que funcionam como bares flutuantes e ficam vendendo drinks e espetinhos por ali – a preços bem elevados, vale destacar. Mais legal ainda é quando algum vendedor de sorvete vai com o carrinho até eles.

Em Maragogi há dois bancos de areia que ficaram muito famosos. O primeiro é o Caminho de Moisés, que fica na praia de Barra Grande. Nele você pode ir por conta próprio, porque o tal caminho começa exatamente na praia mesmo. Ele é o mais conhecido porque tem um formato sinuoso e único.

Eu não consegui ir no Caminho de Moisés porque quando a maré estava baixa eu estava nos passeios de piscinas naturais e quando passei lá para ver se conseguia ver, nem praia tinha.

Muita atenção com o Caminho de Moisés porque ele é um dos lugares que mais tem armadilhas “pega-turista”. Primeiro, você não precisa de guia ou contratar nenhum passeio para chegar lá. Como ele começa na praia, não tem erro.

Alguns passeios das piscinas, param lá depois. É praxe parar em um banco de areia, então nesse caso tudo bem, mas você também pode preferir um passeio que pare em outro banco de areia e depois voltar no Caminho de Moisés por conta própria.

Segundo, ele é MUITO lotado. O guia que nos levou pras piscinas até brincou e disse que quase sempre quando você chega lá parece que Moisés bateu o cajado no chão e disse “passa”.

Terceiro, como já disse antes, ele só aparece na maré baixa. Então para não perder a viagem, como eu, cheque bem o horário em que o mar vai recuar e você vai conseguir vê-lo. Se chegar lá com a maré alta vai se deparar com duas paredes de concreto levando até o mar e só.

Outro banco de areia bem famoso é a Praia da Bruna. Esse eu honestamente não sei dizer porque ficou famoso, já que ele não tem nada de especial e fica bem pertinho da praia de Antunes. Ele é outro dos bancos de areia que você consegue acessar a partir da praia e sem a necessidade de contratar passeio nenhum.

Acho que talvez seja um dos bancos mais visitados porque por ser perto da praia, quando a maré está alta ele ainda está mais ou menos presente. No meu primeiro dia em Maragogi a maré não estava boa para passeios às piscinas, então muita gente estava fazendo passeio de barco pela orla e na Praia da Bruna havia uma quantidade imensa de lanchas, com direito a muita música e até aula de hidroginástica.

Aqui vou fazer uma observação: Eu, Sara, não fiz e não faria esse passeio de barco pela orla porque as lanchas ficam bem no rasinho, não tem nada de novo ou especial, além de ter o combo todo da aglomeração que não me agrada nenhum pouco. Mas se você quer curtir um passeio de lancha e gosta desse agito da música, interação com outros barcos e aula de hidroginástica no mar, vai fundo.

Para finalizar essa parte, há outros bancos de areia também, como o que eu fui quando fiz o passeio das piscinas naturais e os que se formam na praia de São Bento, mas esses não têm nenhum nome específico e são um pouco mais vazios, sem música e hidroginástica. Em São Bento, como não é uma parte muito turística, não tem nem o bar flutuante ou ambulantes.

Piscinas naturais

A verdadeira estrela de Maragogi são as piscinas naturais. Ou seja, as “piscinas” que se formam no mar em meio aos recifes de corais.

Para visitar as piscinas de corais é preciso ir de barco. Lá, você desce e em geral fica flutuando com máscara e snorkel para ver os corais, os peixinhos e outros animais que aparecerem. Também pode ficar só relaxando tranquilamente na piscina ou no barco.

Em Maragogi, é possível visitar quatro piscinas naturais. Três delas são no centro e são as mais exploradas. Outra é mais ao norte, mas ainda bem próxima do centro, e um pouco mais vazia – bem pouco mesmo, por ali tudo é muito explorado.

As piscinas do centro são, em ordem do sul para o norte: Galés, Taocas e Barra Grande. Vou explicar mais sobre cada uma ali na parte das marés.

A quarta piscina é a de Ponta do Mangue, que fica, claro, em frente à praia de Ponta do Mangue e onde só chegam lanchas e por isso é um tiquinho mais vazia.

Fiz o passeio com o Lolay, que foi um guia excepcional. Muito do que estou contando aqui, foi ele que me explicou. Fomos na piscina de Ponta do Mangue, ficamos 1 hora lá, que é o máximo permitido pela fiscalização, depois outra hora no banco de areia, mas ou menos. O passeio total costuma demorar cerca de 2h30. Pra mim, o mais especial foi que no final ele ainda nos levou para ver cavalos-marinhos.

Sobre as piscinas: como eu venho dizendo, tudo em Maragogi já foi muito explorado e isso se aplica para o mar também. Me deu até uma dó ver como todos os lugares são muito cheios, sem o menor controle e principalmente sem orientação de como se comportar.

Os corais, afinal, são seres vivos, mas não há nenhum cuidado por parte dos turistas – não seja essa pessoa. Não toque e não pise nos corais, não tente mexer nos ouriços. Observe apenas e ao pisar no chão, faça-o delicadamente, para não levantar muita areia e deixar a água turva, isso afugenta os peixes.

Com essa falta de cuidado, não pense que você vai chegar nas piscinas e vai ver milhares de espécies de animais e corais super coloridos. Infelizmente, isso não é mais realidade.

Em comparação com Milagres, achei que ali tinha bem mais vida marinha. Nos dois lugares eu passei bastante tempo com o snorkel explorando, porque é uma das coisas que mais amo fazer na vida, e em Maragogi vi bem mais variedade. Mas também já vi muito mais vida marinha em qualquer praia de Fernando de Noronha (ao menos quando fui, 16 anos atrás).

Crôas de São Bento

Abri uma seção só para falar das Crôas de São Bento porque elas são a melhor coisa de Maragogi. Foi o que eu mais gostei de longe! Confesso que antes de ir eu não tinha pesquisado muito sobre isso, fui na onda da minha amiga que descobriu tudo e agendou com o jangadeiro.

Era nosso último dia de viagem, ninguém aguentava mais sol e mar (pois é, hoje sentada no meu computador eu me pergunto como isso é possível) e quase cancelamos o passeio, mas agradeço por termos insistido.

As Crôas de São Bento são uma mistura de recife de coral com banco de areia. Paramos primeiro em um pedaço em que fica uma faixa certinha de corais ladeada por uma de areia, banhada por um mar de água cristalina. As fotos dizem por mim.

O jangadeiro marcou bem cedo com a gente, estávamos alguns minutos na frente dos outros barcos, então fomos os primeiros a chegar lá e pudemos tirar fotos sem levar ninguém de recordação. Aqui a referência de quem nos levou, recomendo muito!

Ah! Achei super curioso que nesse banco de areia algumas pessoas até levaram cadeiras de praia e guarda-sol. Ele de fato é o que mais parece uma praia de verdade.

Depois dessa primeira pausa, seguimos para uma parte em que só há piscinas naturais mesmo e foi o lugar mais legal de nadar com o snorkel. Não era onde tinha mais vida marinha, mas era mais profundo. Eu amei!

Mitos sobre as piscinas naturais

Pra mim, o principal mito sobre as piscinas naturais é o que dizem por aí que as visitas acontecem de lancha ou de catamarã porque a jangada não aguenta chegar até lá por ser muito longe.

Isso é mentira e quando fazendos o passeio das Crôas de São Bento, que por enquanto só é feito de jangada, isso fica claro.

O motivo para os passeios acontecerem dessa forma é puramente comercial. Em um catamarã cabe muito mais gente e a lancha, como é mais rápida, consegue fazer mais de um passeio no mesmo dia.

Outro mito é de que existem apenas 3 piscinas naturais em Maragogi. A verdade é que as grandes agências, que fazem os passeios de catamarã, só levam para as três principais porque em Ponta do Mangue os catamarãs ainda não podem entrar.

Além disso, a barreira de corais que forma as piscinas vai desde Maceió até o litoral sul de Pernambuco, portanto há muitas piscinas naturais na região. A exploração nos moldes da que acontece no centro de Maragogi, porém, só pode ser feita lá porque precisa de autorização de órgãos ambientais.

As marés

Ao longo do texto eu mencionei muitas vezes as marés. Para ver as piscinas naturais e os bancos de areia, elas precisam estar baixas. A altura máxima recomendada para fazer os passeios é de 0,6 e você pode conferir isso no site da Marinha do Brasil.

Em geral, a maré fica baixa por algumas horas durante o dia, mas esses períodos são variáveis, então é preciso checar. Em alguns dias, o ponto mais baixo da maré pode acontecer de madrugada, por exemplo, ou mesmo de noite, quando não é possível fazer o passeio.

Para garantir, não vá para lá na lua cheia, que é quando o mar está mais alto.

Fique atento: mesmo com a maré em 0,6, algumas piscinas podem estar fundas demais. Isso acontece pela natureza da própria piscina.

A piscina de Galés é a maior e mais profunda. Lá é a mais recomendada para a prática de mergulho. Por isso, ela também é uma opção ruim para visitação quando o mar não está tão baixo.

A piscina de Taocas é mediana em profundida e a menos de tamanho. Lá, também é possível praticar mergulho e não é ideal visitar se a maré não estiver baixíssima.

Encerrando a tríade do centro, a piscina de Barra Grande tem a menor profundidade e um tamanho mediano. Não é boa para mergulho, mas é melhor para visitar com a maré mais cheia.

A questão é que quando você faz o passeio de catamarã ou mesmo de lanchas com agências, você não escolhe para qual piscina você vai. Eles vão te levar para uma das três, mas não podem afirmar com certeza qual vai ser porque existe um rodízio entre as agências para evitar que todo mundo vá para a mesma.

Se locomovendo por Maragogi

Carro

Como eu conto na minha sugestão de roteiro pela Costa dos Corais, para mim, o melhor jeito de conhecer a região é de carro.

Estando de carro em Maragogi você tem autonomia para conhecer bem toda a cidade, além de contratar os passeios direto com quem os realiza, sem ter que pagar a mais para uma agência te buscar e te deixar no hotel.

Aplicativo

Claro que com tantos turistas circulando por ali, Maragogi tem também serviços de transporte. Com eu disse, estava de carro, então não sei se os mais comuns nas grandes cidades como Uber e 99 funcionam, mas vi algumas propagandas por ali de outros que são específicos da região.

O Fênix Mobile e o VIP Select são os maiores, pelo que pesquisei, e funcionam da mesma forma que os outros aplicativos de transporte. De novo: não testei, então não consigo avaliar se é uma boa opção, mas achei importante compartilhar a informação.

Buggy

Uma opção muito popular por ali é contratar passeios de buggy. Eu sinceramente acho um grande furada. Não tem nenhum lugar que o buggy te leve que você não possa chegar por conta própria.

Pra mim esse tipo de passeio só vale a pena em dunas ou em praias muito grandes onde você vai demorar horas para chegar em um cantinho especial se for caminhando. Não é o caso de Maragogi. Lá, o buggy te busca na pousada e te leva pela estrada de asfalto até as praias.

Além disso, os passeios costumam incluir várias praias em um só dia e você não tem tempo de curtir nada direito. Mas, de novo, é uma questão de gosto. Se você não dirige ou vai ficar pouco tempo por ali e precisa otimizar o tempo, pode ser uma pedida. De toda forma, eu não faria porque não é meu estilo.

Onde comer em Maragogi

Em Maragogi eu fiquei em uma pousada que era como um flat, ou seja, tinha cozinha no quarto. Nossa ideia sempre foi aproveitá-la para economizar um pouco. Além de que a pousada tinha um ótimo café da manhã, então algumas vezes nós fizemos apenas duas refeições no dia.

Mesmo assim, fui em três lugares deliciosos, que valem muito a pena ser indicados. O primeiro é o restaurante Netum, que fica dentro da pousada Areias Belas, no centro de Maragogi.

O Netum tem um cardápio com uma boa quantidade de opções, em geral de peixes e frutos do mar, mas também com algumas opções de carnes e vegetarianas. Dá para comer ao lado da piscina do hotel, de frente para a praia. Achei esse ambiente bem agradável e a comida nota 10. Recomendo muito!

Bem pertinho dele, na esquina seguinte, está a sorveteria Kedi, que é artesanal, com sabores bem interessantes feitos ali mesmo. Eu tomei um sorvete de bolo de rolo e um de doce de abacaxi e amei. Ah! E ela tem preços muito bons, viu!

Para terminar, outro dia comemos no restaurante Colibri, que é da cooperativa de agricultores da região. Adorei primeiro por poder apoiar o trabalho dos produtores rurais e saber que estava comendo alimentos frescos – as polpas dos sucos, por exemplo, são feitas pelos próprios cooperados –, mas também porque estava tudo muito gostoso e a comida tinha aquele gostinho de caseira.

Uma dica que eu não testei, mas achei interessante, é que em Maragogi existe um “iFood” próprio. O “aiqfome” promete entregar de tudo na cidade toda. Ele está disponível para Android e iOS.

Para finalizar, uma dica gastronômica que também é um souvenir. São muito tradicionais de Maragogi os “bolos de goma”. Esse nome curioso é o que eles dão para os biscoitinhos típicos que são como sequilhos, bem gostosinhos e geralmente feitos em formato de conchas.

Você com certeza vai ver muitos a venda na estrada, mas os bolos de goma são tradicionais mesmo da praia de São Bento. Lá, você pode ir até a casa da Irmã Marlene (O Google Maps mostra) e comprar direto na casa dela.

Leia também: Conheça a praia de São Miguel dos Milagres, em Alagoas

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