Belo Horizonte: dê uma chance para a capital de Minas Gerais


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Belo Horizonte vista da Praça do Papa

Belo Horizonte é rota de passagem para destinos mineiros mais famosos como Ouro Preto, Tiradentes ou Inhotim. Mas a capital de Minas Gerais merece uma paradinha de dois dias ou ainda um final de semana só para ela.

Eu já estive em BH três vezes e, na minha opinião, essa é mais uma daquelas cidades pouco valorizadas pelos viajantes, que merecia mais atenção do que recebe. Tudo bem, não vou dizer que é completamente incrível, mas é uma cidade grande com ares tranquilos, ideal para quem, como eu, quer fugir da loucura que é São Paulo, por exemplo, mas sem se embrenhar no meio do mato.

Entre suas vantagens, Belo Horizonte é muito mais barata do que São Paulo ou Rio. Ela também oferece uma diversidade grande de passeios: de museus a parques, e de bares a igrejas (e a oferta dos últimos dois é grande, viu?).

Você também pode optar por fazer de BH uma base para ir para outros lugares da região, como Inhotim e Ouro Preto. A título de curiosidade, uma corrida de uber de BH a Inhotim custa R$90,00 e demora pouco menos de uma hora e meia. Mas vamos voltar às informações sobre a cidade:

Curiosidade: no aeroporto de Confins tem um Snoopy Café, fofo e um paraíso para quem é fã do personagem

Chegando em Belo Horizonte

A rodoviária de BH fica bem no centro e de lá é fácil pegar ônibus ou táxi para qualquer lugar. Se escolher usar um uber, por exemplo, procure pelo lugar no estacionamento onde os motoristas de aplicativos buscam os passageiros.

O aeroporto da Pampulha quase não opera mais voos comerciais, então a maneira de chegar à cidade de avião é pelo aeroporto Tancredo Neves, em Confins. De lá, uma corrida de uber até o centro de Belo Horizonte custa cerca de 70 reais e demora mais ou menos uma hora. O ônibus “Conexão Aeroporto” leva até a rodoviária, à Avenida Álvares Cabral ou ao aeroporto da Pampulha. O trajeto custa R$12,70 de ônibus convencional, sem ar condicionado, ou R$27,70 de ônibus executivo.

Saindo de Vitória ou Governador Valadares você pode optar ainda por ir de trem. A viagem é mais demorada, mas o que chama a atenção é o charme de usar uma das poucas linhas de passageiros ainda em atividade no Brasil. O trajeto até Vitória é também o mais longo feito por um trem no Brasil.

A Praça da Liberdade fica lotada aos finais de semana, tanto de famílias quanto de jovens

O que fazer em Belo Horizonte – dia 1

No primeiro dia, foque na região central. Comece o dia pela Praça da Liberdade, que foi revitalizada recentemente e é cercada por museus. Eles ocupam edifícios históricos que costumavam abrigar órgãos do governo. Os principais são o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com exposições temporárias, cinema, teatro e dois cafés, e o Memorial Minas Gerais Vale, que tem exposições que unem passado e presente de Minas Gerais. A entrada é gratuita nos dois. Na Praça da Liberdade também está o Edifício Niemeyer, projetado pelo próprio arquiteto que o nomeia e um dos mais famosos da cidade.

Como no interior, a Praça da Liberdade tem o seu coreto, em frente ao CCBB

Siga para o Edifício Maletta para o almoço. O lugar, segredo dos belo-horizontinos, é uma pérola gastronômica e uma parada super agradável. Já tinha estado em BH duas vezes antes e só na terceira descobri esse lugar, pois fui levada pelo meu primo, que mora na cidade. O Maletta lembra muito a Galeria Metrópole em São Paulo. Um prédio residencial cujos andares térreo e primeiro são lotados de restaurantes e bares. A Cantina do Lucas é muito famosa e um dos estabelecimentos mais antigos da capital. Eu comi uma porção no Graffica Bar, no primeiro andar, e não poderia ter saído mais satisfeita. A comida, sendo justa, não é especial, mas o ambiente faz tudo valer a pena. Lá também é um ótimo lugar para um happy hour.

O Maletta está perto do Mercado Central de Belo Horizonte, para onde você pode seguir. Lá você vai se esbaldar com as provas de doce de leite, goiabada e queijo e é o melhor lugar para comprar esse tipo de souvenir. Muitas pessoas também indicam almoçar por ali, mas meu primo, que me guiou nos dias que passei na cidade, disse que não era a melhor opção e eu segui sua recomendação, então não posso avaliar por conta própria.

De noite, vá até a região da Savassi. O bairro boêmio é cheio de bares, restaurantes e baladas que ficam lotados, principalmente à noite. Um dos estabelecimentos mais famosos é o Café com Letras, que apesar do nome serve também pratos. Eu jantei lá e recomendo muito. Ambiente agradável, comida gostosa e preços justos. O Café com Letras, aliás, é um dos dois cafés que têm dentro do CCBB.

Lagoa da Pampulha com o Mineirão e o Mineirinho ao fundo

O que fazer em Belo Horizonte – dia 2

No segundo dia, as atrações ficam mais distantes umas das outras, sendo impossível ir de um lugar para o outro a pé. Comece pela Lagoa da Pampulha, um passeio ideal para uma manhã de domingo. É meio como passear na Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio, ou no Ibirapuera em São Paulo, ou seja, um lugar para uma caminhada, um passeio de bicicleta e uma água de coco. À beira da lagoa está a Igreja São Francisco de Assis, projetada por Niemeyer e um dos principais cartões postais da cidade. A Igreja é linda por fora, mas até junho de 2019 o interior está fechado para reforma.

De lá, hora de almoçar! Você pode escolher ficar na região da lagoa (veja aqui a nossa experiencia no restaurante Xapuri, tipicamente mineiro) ou pegar algum transporte e ir para outro bairro. Algumas opções são a região da Savassi, novamente, ou o bairro Santa Teresa, outra destas regiões cheias de bares e restaurantes. Um dos mais famosos é o Bolão, que é bem simples e serve todo tipo de comida. Se quiser uma comida tipicamente mineira, o restaurante Dona Lucinha é outra referência. Ele fica no bairro São Pedro e tem um buffet completíssimo de tudo que Minas Gerais tem a oferecer. O restaurante funciona no esquema coma à vontade e custa R$58,00 por pessoa, sem as bebidas inclusas.

Depois do almoço, um passeio na Praça do Papa, que tem uma vista linda da cidade é uma boa pedida. Se quiser, vá também ao mirante que fica ali pertinho.

Para quem está de carro, uma passadinha na Rua do Amendoim é imperdível! Lá – uma ladeira bem característica de BH –, quando você para o carro, sem puxar o freio de mão, e começa a soltar o breque, a impressão é de que o carro sobe ao invés de descer. Coisa de doido!

Apesar de não parecer, na Praça do Papa também é possível curtir uma sombra tomando uma água de coco

Para encerrar o dia, vá até a Rua Sapucaí. De frente para a linha de trem e a Praça da Estação, essa rua tem uma vista super bonita e é repleta de barzinhos gostosos para encerrar um dia cheio de passeios.

Bônus: segredo para os baladeiros

Essa dica não é segredo nenhum para quem é de Belo Horizonte, mas vale ouro para quem vem de fora. Sabe quando você fica na balada até altas horas e tudo o que você precisa antes de cair na cama é comer? Em BH existe um lugar ideal para isso: Chopp da Fábrica.

Não pense que é uma barraquinha de cachorro quente, ou um boteco que vende um pf meio duvidoso. O Chopp da Fábrica é um restaurante bem ajeitadinho que tem um cardápio enorme e fica aberto até mais ou menos umas 6h da manhã. E não importa a hora que você chegar, tudo pode ser pedido. Eu, por exemplo, comi uma parmegiana de espaguete(!!), ou seja, bife à milanesa, coberto com espaguete a bolonhesa, coberto com queijo. O prato mais famoso da madrugada é o mexidão, mas não se assuste, tem opções mais normais também..

A tal da parmegiana de espaguete

Bônus 2: Veja que bacana essa dica da Bruna sobre uma Caminhada Literária em BH.

Resumindo: BH pode ser um destino turístico super interessante, e a gente acha que na sua próxima viagem a Minas Gerais, você deveria tentar dar uma passadinha por la!

Tem alguma dica de BH que não colocamos aqui? Compartilha com a gente nos comentários!

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