Casa de Anne Frank: como é, ingressos e mais
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Você conhece a história de Anne Frank? A menina judia que ficou dois anos escondida em um sótão em Amsterdã durante a invasão nazista à Holanda escreveu um diário, que foi publicado por seu pai após sua morte. Pois bem, é possível visitar a casa de Anne Frank em Amsterdã e eu te conto tudo sobre isto neste texto. Confira:
Quem foi Anne Frank
Anne Frank foi uma menina judia que nasceu em Frankfurt na Alemanha em 1929. Quando ela tinha quatro anos, sua família decidiu se mudar para a Holanda fugindo do nazismo, que estava em ascensão, e também da situação econômica do país.
O pai de Anne, Otto, tentou trabalhar com alguns tipos de empreendimentos, mas enfrentou bastante dificuldade. Quando Anne tinha 10 anos, a Holanda foi invadida pelos nazistas e, após algum tempo, a perseguição aos judeus se intensificou e Anne, seu pai, sua mãe, sua irmã, Margot, um casal de amigos dos pais e o filho deles, além de um outro homem, tiveram que viver no local chamado de anexo, cuja entrada era escondida por uma estante de livros.
Os oito viveram no anexo por dois anos, até que o esconderijo foi descoberto pelos nazistas e eles foram levados a o campo de concentração de Auschwitz. Depois de um tempo, Anne e sua irmã foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde Anne morreu de exaustão.
No período imediatamente anterior e durante todo o tempo em que esteve no anexo, Anne Frank manteve um diário, que foi preservado por ajudantes da família e, posteriormente, publicado pelo pai de Anne. Inclusive, recomendo muito ler o livro antes da sua viagem. É uma leitura curta e fácil, apesar do tema pesado e do final dilacerante.
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Como é a Casa de Anne Frank
O museu Casa de Anne Frank fica, claro, no local onde funcionava a empresa de Otto Frank, que é também onde ficava o anexo em que se esconderam. É possível visitar as duas partes, que foram abertas como um museu em 1960.
Atendendo a pedidos de Otto, no entanto, a parte do anexo é vazia, assim como ele o encontrou após ser libertado de Auschwitz.
Na visita você poderá ver o restante da casa exatamente como era quando a família vivia ali, além de alguns objetos pessoais, incluindo marcas de altura da menina e de sua irmã na parede, cartas, um mapa que os adultos usavam para marcar os movimentos da guerra e outros documentos.
Uma das partes mais importantes da visita é a sala do diário. Ali está o diário original xadrezinho que Anne Frank ganhou de seu pai em seu aniversário de treze anos. O diário logo foi preenchido e ela continuou a registrar sua vida em outros cadernos, alguns dos quais estão expostos.
Por lá há ainda um espaço multimídia, no qual você encontra informações mais detalhadas sobre o contexto histórico e sobre todas as pessoas que viveram escondidas ali.
Além de seu diário, Anne Frank também escrevia contos. Essas histórias foram ilustradas e agora compõem uma exposição no museu.
Minhas impressões
Já fui duas vezes à Casa de Anne Frank e considero que esta é uma visita indispensável na cidade. Preservar a história e a memória é algo que acredito ser extremamente relevante e esta instituição faz isso com maestria.
Na minha visão, o espaço multimídia torna a visita ainda mais interessante, garantindo que todos tenham o contexto necessário para entender aquele lugar e seus significados. É muito informativo e dinâmico.
Mas claro que a visita não é fácil e podem ter alguns gatilhos. Tenha em mente que tudo o que vemos por lá são coisas tristes e pesadas que podem nos drenar emocionalmente. A passagem estreita para o anexo, por exemplo, aperta o coração de qualquer um.
Por isso, eu combinaria a visita à Casa de Anne Frank com algo mais leve. Eu não teria cabeça para sair de lá e entrar em outro museu, por exemplo.
Também acho que visitar a casa depois de já ter enchido a cabeça em outro lugar pode te levar a não absorver da melhor forma tudo que a Casa de Anne Frank tem. Neste dia, melhor programar uma caminhada na rua, um happy hour, ou até um passeio de bike.
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Como comprar ingressos
Antecipados. A Casa de Anne Frank sempre foi uma atração bastante concorrida em Amsterdã, mas depois da pandemia como só é permitida a visita comprando ingressos antecipados, a fila de espera parece ainda maior.
Mas não se desespere, porque com a informação e o planejamento adequado, visitar a Casa de Anne Frank não é missão impossível.
O único lugar para comprar ingressos para a Casa de Anne Frank é o site oficial. As vendas são feitas todas as terças-feiras às 10h do horário da Holanda (5h ou 6h do horário de Brasília, a depender do horário de verão). Neste dia, é possível adquirir as entradas para seis semanas depois. Ou seja, em um terça-feira compra-se ingressos para qualquer dia da semana, seis semanas mais tarde. Deu pra entender?
Há dois tipos de ingressos: o que dá acesso ao museu e o que inclui também um programa introdutório. Este programa é como uma aulinha express de 30 minutos sobre o contexto da Segunda Guerra Mundial e quem foi Anne Frank. É em inglês e recomendado para maiores de 10 anos de idade.
Se não quiser fazer a aulinha, no site do próprio museu há muitas informações históricas que vão te ajudar a ter uma visita mais proveitosa. Mas recomendo mesmo é que você tente ler o diário antes de viajar. Com certeza a experiência é ainda mais emocionante.
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