Conheça os bastidores das grandes notícias no Newseum, museu em Washington DC
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Museus que contam o que se passou na história do mundo são comuns: museus de história natural, museus do holocausto, museu da escravidão, museus de história política, etc. Mas que tal entender a história através dos meios que nos transmitem elas: os jornais, revistas e programas de TV? Essa é a proposta do Newseum – explorar o mundo através do jornalismo e celebrar a liberdade de imprensa. E pode ter certeza que essa proposta de ponto de vista é interessantíssima!
O museu é enorme! São sete andares de sessões interativas e, justamente por isso, seu ingresso vale por dois dias. Nós passamos uma tarde e não achamos necessário voltar no dia seguinte, mas vai da opção de cada um. Os funcionários do museu e o próprio folheto informativo sugerem que você pegue o elevador até o sexto andar, e depois vá descendo pelas rampas; o design do museu foi feito para que você o visitasse assim– então não tem porque ir contra, né?
Selecionamos os pontos altos da visita (em ordem que aparecem se você seguir a sugestão de começar por cima), pra você não perder nada, e já ir conhecendo o Newseum por aqui antes de visitá-lo:
1- Muro de Berlim
Logo de cara, a primeira coisa que você vê ao ir em direção ao elevador é um muro. Essa é uma das maiores atrações do museu e é um pedaço do Muro de Berlim- o original mesmo. O museu é, obviamente, um ferrenho defensor da liberdade de expressão e você já nota isso nas explicações de como funcionava as Alemanhas Oriental e Ocidental. Eles contam sobre as privações do lado comunista e isso fica visível de cara quando você vê que o lado oriental do muro é branquinho, e o ocidental todo pichado!
2- A vista da varanda
Tudo bem que esse ponto não é necessariamente algo relacionado ao acervo do museu, mas a vista da varanda do sexto andar é super bonita e dela é possível ver os principais prédios e monumentos da cidade.
3- As maiores manchetes
Uma parte bem divertida do museu fica no quinto andar e é navegar pelas principais manchetes da história, em um segmento do museu que permite que você explore quais foram as notícias que mais chamaram a atenção do planeta na época. Tem desde a notícia da criação da ONU, passando pela revolução Cubana anos antes, ou a morte de Bin Laden, anos depois.
4- Movimentos pelos direitos civis
Uma das partes mais tristes da história (e do presente) dos EUA é a discriminação contra a comunidade negra. O Newseum não se esquece disso e mostra as manchetes noticiando os movimentos de resistência – incluindo um balcão demonstrando os “sit ins”, protestos silenciosos nos quais negros se sentavam em lanchonetes exclusivas para brancos, e aguentavam os maiores tipos de humilhações para protestar seus direitos de entrar em qualquer lugar.
5- 11 de Setembro
Os ataques ao world trade center abalaram os EUA e o mundo, e isso se deu também pelo fato da mídia ter feito uma cobertura exaustiva do ocorrido em proporções globais- ou seja, em poucas horas, o mundo inteiro já sabia o que tinha acontecido em detalhes. O museu reserva um espaço que conta com a torre de transmissão que ficava no topo de um dos dois prédios, objetos de um fotógrafo jornalístico que faleceu no local, e mais detalhes sobre a transmissão da notícia sobre o evento. Fica no quarto andar.
6- Áreas interativas
As crianças se divertem no Newseum pois há várias partes interativas, mas o destaque fica por conta do espaço onde você pode pode ser repórter por um dia, lendo uma notícia em frente das câmeras com uma cenário falso ao fundo (segundo andar).
7- Os vencedores do Pulitzer Prize
Essa foi, sem dúvidas, a minha parte favorita do museu e a que mais me emocionou. No final da sua visita no primeiro andar, você chega da exposição de fotos vencedoras do Pulitzer PRize. Neste espaço estão reunidas, cronologicamente, as fotos que venceram o Prêmio Pulitzer de jornalismo em cada ano. São fotos que marcaram o ano em que foram tiradas e, geralmente, são carregadas de dor e de sentimento.
8- Exposições temporárias
As exposições temporárias estão sempre pelo percurso, então você vai, invariavelmente, passar por elas. Veja se te interessa pois elas geralmente valem a pena. Quando eu fui, agora em novembro de 2015, estava tendo uma sobre a invasão americana ao Iraque, e uma sobre um fotografo que relata cenas de destruição das guerras (como na África, na antiga Iugoslávia, etc.).
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Ao contrário dos demais museus de Washington do Smithsonian, que são gratuitos, este museu cobra pela entrada- e cobra caro. Os ingressos normais de adultos custam $22.95 mais imposto, o que no final vai dar cerca de $25. Crianças de 7 a 18 anos pagam $13.95 e idosos com mais de 65 anos pagam $18.95 (tudo sem incluir o imposto). Lembrando que todos os tickets são direito a dois dias de acesso. Para mais informações sobre os ingressos e sobre o museu, visite o site deles.
Fernanda Scafi
Mari, adorei o post! Já tinha lido sobre esse museu, mas não tinha me interessado tanto como agora! Tá na listinha de must-see em Washington agora! Só não sei quando vou conseguir riscar esse item hehehe.