O que fazer em Helsinque: 48 horas na capital da Finlândia


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Descubra no post abaixo tudo o que você precisa saber para visitar Helsinque. Elaboramos um guia completo com várias dicas da capital da Finlândia. Clique nos tópicos abaixo para ir direto ao assunto de seu interesse, ou leia o texto inteiro para descobrir o que fazer em Helsinque, onde comer, onde ficar e muito mais! Confira:

-Introdução: o que esperar da capital da Finlândia
-Como chegar em Helsinque
-Onde ficar em Helsinque
-O que comer em Helsinque
-O que fazer em Helsinque: tour pelo centro no dia 1
-Dia 2 do roteiro por Helsinque: Suomenlinna e as saunas

O que esperar da bela capital da Finlândia

Moderna, descolada e leve. Assim me pareceu Helsinque, a capital da Finlândia. Esperava mais calor, mas não foi bem assim. Era meados de junho, começo do verão europeu, mas três camadas se faziam necessárias quando a noite caía. Quer dizer, quando passava das oito da noite porque escurecer mesmo era algo que acontecia só pela meia-noite ou uma da manhã. E durava pouco. Mas as suas memórias da capital finlandesa podem durar bastante. Isso se você não exagerar na vodka, claro.

Senaatintori, a Praça do Senado, a principal de Helsinque. E a foto mais famosa também. Fotos Felipe Mortara

Se você está indo pra Helsinque imaginando que vai ver a aurora boreal, pode ir tirando o cavalinho da chuva. O fenômeno que colore os céus só é possível de ser visualizado próximo ao Círculo Polar Ártico, cerca de 700 quilômetros ao norte da capital. Claro, a cidade pode ser uma bela porta de entrada no país e ótimo ponto de partida para a região da Lapônia – sim, Papai Noel cria suas renas sob as auroras boreais. Lisérgico isso, né?

Helsinque é plana, concentra boa parte de suas atrações num raio super possível de percorrer a pé. Ou seja, andar é a pedida para conhecer a cidade. Com um pouco de método você consegue conhecer a maior parte dos pontos que vou sugerir nesse post. Claro, dá uma lida e sente o que te interessa mais, pois algumas atrações se sobrepõem. Se seu tempo for curto, escolhas serão inevitáveis. No Site Oficial do Turismo da Finlândia você encontra um ótimo material de apoio para planejar sua viagem.

Optei por não fazer um roteiro mandando você ir do ponto A ao ponto B e ao ponto C, mas apresentando os atrativos por regiões no primeiro dia. No segundo dia proponho ir cedo para a ilha-fortaleza de Suomenlinna e ver quanto tempo e disposição sobram na volta. E assim você precisa apenas decidir o que atrai mais e incluir na sua lista. Vamos nessa?

Ainda guardando vestígios dos tempos soviéticos, a Estação de Trem é um marco arquitetônico do centro

Como chegar em Helsinque?

Há mil jeitos para chegar em Helsinque: avião, ferry, ônibus são os principais.

Geralmente todo mundo vai de avião mesmo, como eu fui, com escala em Madri, pela Iberia. Porém, muita gente que está mochilando pelos países nórdicos acaba chegando de ferry pela Suécia ou, principalmente, pela Estônia. Tallinn, a capital estoniana, fica a apenas 2h15 numa embarcação poderosa enquanto Estocolmo está a 16 horas de balsa. A leste, a Rússia: de ônibus até São Petersburgo são 7h30 de viagem.

O lado bom é que nenhum destes países pede visto para brasileiros que pretendem ficar até 90 dias durante um período de 6 meses.

Onde ficar em Helsinque?

Albergues, mesmo em quartos coletivos, são caros e vale bem a pena ficar em Airbnb caso esteja em duas ou mais pessoas. Quando fui fiquei num Airbnb (procurei para linkar, mas o anúncio já não existe mais) localizado a cerca de 2 quilômetros da estação de trem. Era uma andada, mas como estávamos em cinco amigos, compensou bem. Numa busca rápida encontrei apartamentos inteiros para duas pessoas a partir de R$ 208 por noite. Por outro lado, procurando no Hostelworld acabei achando o albergue com quarto coletivo mais barato por R$ 89 por pessoa. Ou seja, se você estiver em mais de uma pessoa, opte por Airbnb.

O que comer em Helsinque?

Comer na Finlândia foi menos caro do que imaginei. O lado bom é que em nenhum lugar do país se come tão bem como em Helsinque. O lado ruim é que alimentação consome muito do orçamento. Mesmo assim dá para dar uns jeitinhos.

Sempre é possível tomar um café da manhã reforçado, comprado no mercado, como frutas e sanduíches. Além disso, há uma boa oferta de menus fechados para almoço, com bufês por valores entre € 12 e € 18.Também há boas opções de restaurantes finlandeses, russos, italianos e japoneses a preços justos no almoço. No jantar a refeição já fica mais cara.

Claro, sempre existe a alternativa mais em conta dos kebabs e hambúrgueres, por exemplo. No Hanakiemi Kauppahalli você encontra um mercado cheio de comida típica finlandesa. Achei uma excelente dica e opção de onde comer em Helsinque.

Perca-se por entre as ruas menores perto do porto e descubra vários cantinhos bacanas, especialmente no verão

O que fazer em Helsinque: Dia 1, uma longa caminhada pelo centro

Em dois dias na cidade eu recomendo começar por explorar o centro a pé. Esse é sempre um ótimo jeito de se ambientar a vida local e descobrir os seus segredos.

-Kauppatori, a Praça do Mercado

Comece pelo Kauppatori, ou Market Square ou Porto Sul, o principal cais da cidade. Dali saem os barcos para Suomenlina, a ilha-fortaleza que você visitará no segundo dia. Mas é um bom ponto de partida por ser perto de tudo.

O essencial está ao redor de você e, caso se perca, pergunte pelo Kauppatori para voltar ao seu “marco zero”. Bem turística, na Praça do Mercado você encontrará tendas com receitas e artesanatos tradicionais da Finlândia. Se estiver muito frio, várias tendas ligam aquecedores, um ótimo ambiente para um chocolate quente ou café.

-Presidentinlinna, o Palácio Presidencial

O prédio grandão de frente para o Market Square é nada menos do que o Palácio Presidencial, ou Presidentinlinnaem finlandês. Outrora uma das casas da família imperial russa, chegou a sediar majestosos bailes no fim do século 19. Na Primeira Guerra Mundial foi usado como hospital, mas em 1919 virou sede do governo e até 1993 era o palácio principal. Hoje as visitas são esporádicas, mas ocorrem alguns dias por ano.

-Kauppahalli, o Mercado Central

Mais ao sul, também à beira-mar, o Mercado Central de Helsinque, ou Kauppahalli, vende peixes, mariscos, vegetais e queijos frescos desde 1888. Também há lojinhas onde é possível tomar café com bolos e doces. Vale uma espiada, principalmente na hora da fome. Quem sabe você não encontre ali ingredientes perfeitos para um piquenique na beira do cais. Cuidado com as gaivotas comilonas, claro.

Destaque na paisagem, a Catedral Ortodoxa de Uspenski destoa de tudo ao redor por ter arquitetura única

-Catedral Ortodoxa de Uspenski

A leste você avistará a Catedral Ortodoxa de Uspenski, com seus tijolos vermelhos e cúpulas douradas. Terminada em 1868, é a maior do tipo na Europa Ocidental e um vigoroso legado dos anos de ocupação russa. Se tiver a chance, assista a uma missa ou pelo menos dê uma espiada no interior. É a igreja que mais destoa no horizonte.

Senaatintori, a Praça do Senado e principal marco turístico

Rumando uma quadra ao norte você chega na Senaatintori, a Praça do Senado, e cá entre nós, a praça principal. É ali A FOTO clássica de Helsinque, na frente das escadarias da Tuomiokirkko, a imponente e branquela catedral luterana. Completam os lindos prédios do quadrilátero, a Reitoria da Universidade de Helsinque (1832) e o Palácio do Conselho de Estado, erguido em 1822, e sede do senado da Finlândia até 1907. As gaivotas dando rasantes são um bônus para as fotos.

Símbolo da vida ao ar livre no verão, o Lago Toolonlahti é O lugar para curtir dias ensolarados

-Parques, o Parlamento e o Lago Toolonlahti

Depois desça sem pressa rumo ao oeste pelo Esplanade Park e siga pela rua principal, a Mannerheimintie. Você vai passar pelo imponente Parlamento Finlandês. É engraçado porque estamos falando de um dos mais importantes aparelhos da mecânica do Estado e de alguma forma a cidade tem uma cara de cidade pequena, não parece capital. Os prédios baixos, as ruas arborizadas e largas, o ritmo suave. Nada disso lembra o frenesi de outras capitais do primeiro mundo.

Mais adiante você adentra o Hesperia Park e segue margeando o Lago Toolonlahti. Se estiver calor e você estiver bem corajoso, arrisque um mergulho (é limpo pacas, só tem um fundo meio viscoso) ou alugue um stand-up paddle por € 8 e torça para não cair. Rumando ao norte você passará pelo Helsinki Music Center e o Finlandia Hall, duas casas de concertos de músicas de todos os estilos.

-Kansallismuseo, o Museu Nacional

À sua esquerda, o National Museum of Finland ou Kansallismuseo reúne a principal coleção pré-histórica e arqueológica do país, relíquias religiosas e o passado da cultura Sami, o povo original da Finlândia e da Suécia. Além disso, há uma série de interessantes exibições rotativas. Não deixe de contemplar os afrescos Kalevala no teto do museu, um verdadeiro espetáculo – a entrada custa € 12.

Embora o design escandinavo seja aclamadíssimo, o Design Museum desapontou no geral

-Outros museus em Helsinque para visitar

Ingenuamente cometi o erro de gastar € 15 para visitar o Design Museum e não valeu a pena. Acho que é preciso ser designer ou muito aficionado para achar graça ali. Mesmo assim, rendeu uma foto legal.

O Amos Rex é uma modernosa galeria de arte subterrânea que em em 2019 recebeu uma exposição super completa do pintor surrealista belga René Magritte, e em outubro de 2020 uma exposição sobre o Egito Antigo em toda sua glória.

Se o tempo for curto e você for muito amante das artes plásticas, considere descobrir mais sobre os pintores finlandeses no Ateneum. O espetacular museu reúne a maior coleção de arte clássica da Finlândia, com obras desde o século 18 até hoje. O acervo de mais de 4.300 pinturas e 750 esculturas o apresentará a festejados nomes locais como Albert Edelfelt e Akseli Gallen-Kallela. Ali no meio a obra “Rue en Auvers-sur-Oise” (1890), de Van Gogh, se destaca entre outras tantas.

Roteiro Helsinque dia 2: Suomenlinna e as saunas!

Na minha humilde opinião a Suomenlinna é a atração mais bacana de Helsinque e é nossa indicação para o segundo dia do seu roteiro por Helsinque.

O lugar é um importante elemento da história da cidade e do país como um todo. Acompanhe a previsão do tempo na sua viagem e reserve o dia mais bonito para visitá-la.  Você pega um barco no Market Square ou Porto Sul, o principal cais da cidade por € 5 (ida e volta) e depois não paga mais nada. SIM, a principal atração da Finlândia É GRÁTIS! São 10 minutos de navegação, uma barbada.

Simplesmente deslumbrante, a ilha-fortaleza de Suomenlinna merece meio dia ou mais

-Como explorar Suomenlinna?

Você chega, pega um mapa e logo entende o quão grandioso é o lugar. Trata-se de uma ilha na entrada de Helsinque onde uma gigantesca fortaleza foi erguida em 1748 para proteger o porto de invasões suecas e russas. Sabe-se que os russos passaram mais de 100 anos ali, entre 1809 e 1917. Entre novembro de 1939 e março de 1940 os soviéticos tentaram novamente a Finlândia, durante a Segunda Guerra Mundial, mas os finlandeses venceram a chamada Winter War.

Mas aos turistas só caberá vencer uma caminhada de cerca de 1h30 ao redor da ilha. São seis quilômetros de muralhas, com canhões e torres super cênicas. Parece até surreal eu escrever isso mas há ONZE charmosos cafés e restaurantes! Um rolê para o dia todo. Tem horas em que parece um grande parque. E noutras, uma complexo de museus. O que não deixa de ser verdade.

O Museu Suomenlinna narra o processo de construção, restauração e transformação do forte numa atração nacional. Muitos objetos encontrados em escavações, como ferramentas, armas e munições estão expostos ali. Mas saiba que este é apenas um entre os 6 MUSEUS na ilha-fortaleza! Pois é, você ainda vai encontrar um Museu Militar, um Museu de Brinquedos, um Museu da Alfândega e o Sumarino Vesikko. Não preciso nem falar que é um barato visitar o submarino, né?

Enfim, o seu tempo em Suomenlinna dependerá apenas do seu interesse, empolgação e cansaço. Por isso proponho esse segundo dia mais livre. Caso queira voltar antes para a cidade, recomendo visitar um dos museus que você não conseguiu ver na véspera.

-Saunas: uma autêntica experiência finlandesa

Caso queira apenas relaxar, recomendo uma experiência finlandesa super autêntica: SAUNA! Entre as duas mais famosas da cidade estão a Yrjonkatu Swimming Hall, a primeira piscina privada do país, aberta em 1928 em estilo art-déco. E a segunda é a Kotiharjun Sauna, a última sauna publica à lenha, uma real vivência local, que ainda pode terminar com uma massagem ou esfoliação.

Eu acabei indo na Allas Sea Pool, bem no cais de Kauppatori (Market Square). Pegando o barco você verá as pessoas nadando em várias piscinas à beira-mar, algumas aquecidas e outras – pasmem, não!. A entrada custa € 14 para o dia todo e a proposta é ficar assando na sauna e depois sair correndo ao ar livre e dar um mergulho congelante e libertador na piscina de água salgada na temperatura ambiente. Dica de amigo: nem coloque a mão antes, apenas mergulhe e nade para o outro lado! A sensação de bem-estar resumirá um tanto da sua vivência na Finlândia e aumentará sua admiração por Helsinque.

A Allas Sea Pool é uma mistura de piscina e sauna, abertas ao público

Quer se apaixonar ainda mais pela Finlândia, então conheça outros 5 motivos para visitar o país.

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