O que fazer em Viena: principais dicas e atrações da capital austríaca
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Palácios, jardins, teatros são algumas das atrações de Viena, que apresenta como uma das capitais mais bonitas da Europa. Nesse pedaço da Áustria é possível conhecer e até reviver alguns momentos icônicos da história local. E é um resumo de tudo isso que vamos apresentar neste post com dicas de o que fazer na cidade.
Onde fica Viena?
A capital austríaca está localizada no coração da Europa, estendendo-se das margens do Danúbio aos Pré-Alpes. Também vale dizer que Viena está entre as cinco cidades mais populosas da União Europeia, abrigando cerca de 1,9 milhões de pessoas. Não há voos diretos do Brasil para a capital austríaca, assim as melhores opções de trajeto são as com conexão em outras cidades da Europa.
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Como é o transporte em Viena?
Como em boa parte das cidades da Europa, dá para explorar muitos dos cartões postais de Viena a pé, desde que esteja na região central.
E é aquele esquema que a gente já conhece, sapatos confortáveis para encarar as vias irregulares e disposição. Lembrando que a caminhada faz parte da experiência para conhecer um destino e há boas excursões guiadas a pé na cidade.
Para alguns percursos, vale a pena utilizar o transporte público da cidade: bondinho, ônibus e metrô. Inclusive há passes para períodos – compensam mais que os unitários se for ficar ao menos três dias na cidade – que podem ser comprados em todos os guichês e máquinas das estações.
Um ponto de atenção é que os bilhetes para os transportes públicos e o Vienna City Card devem ser validados antes da partida. Ah, quem curte usar carro de aplicativos para se locomover também vai ficar feliz porque a Uber funciona relativamente bem por aqui.
Como ir do aeroporto até a região central de Viena:
Uma das opções mais conhecidas é pegar o City Airport Train CAT, um trem que conecta o aeroporto a Wien Mitte / Landstrasse. E o percurso leva só 16 minutos. O bilhete custa por volta dos € 12, com desconto se você tiver o Vienna City Card ou reservar antecipadamente online. Também dá para pegar ônibus até a região central ou um Uber (que vai sair uns € 35 pelo menos).
O que fazer em Viena: principais atrações da capital austríaca
Viena encanta por ser uma cidade que celebra a cultura na maioria de suas atrações, mas sem ser muito séria. Assim, o roteiro para curtir a cidade pode – e deve – incluir um espetáculo da Ópera de Viena, visita a dois ou três palácios, tour em museu e ao menos uma passadinha na casa de Mozart.
Ópera de Viena
Acho icônico começar a lista de atrações da capital austríaca com a Vienna State Opera, um dos principais endereços dedicados à ópera no mundo.
Desde a segunda metade do século 19, por volta dos anos 1860, o local foi palco para apresentações icônicas de música e dança.
Atualmente são cerca de 50 óperas e obras de balé por temporada, dançadas pelo Vienna State Ballet. Inclusive, deixo esse vídeo abaixo para vocês terem um noção de como o local é impactante:
Eu acho que vale a pena reservar um dia, ou melhor, uma noite da viagem para curtir um espetáculo aqui. É uma experiência!
De qualquer forma, existe ainda a possibilidade de fazer um tour guiado pelas instalações durante o dia. Recomendo ambos para ter noção da estrutura e curtir os detalhes da arquitetura, mas também se sentir importante ao entrar na sala de espetáculos iluminada e pronta para abrir as cortinas.
Catedral de São Estevão – St. Stephen’s Cathedral – Stephansdom
Dentre as estruturas góticas mais importantes da Áustria, a Catedral tem 107 metros de comprimento, 34 metros de largura e possui quatro torres – a mais alta delas é a sul com 136 metros.
Ou seja, a construção do século 12 é impactante pelo seu tamanho, pelos desenhos em mosaico que adornam a fachada e também pelo estado de conservação.
Inclusive recomendo demais fazer os tour guiados pelo seu interior, que é complexo e cheio de “segredos”. Há, por exemplo, a possibilidade de explorar o subsolo da igreja com seu labirinto de corredores e túmulos, enquanto escuta informações sobre rituais de sepultamento da época. Sei que não é um passeio pra todo mundo, mas achei bem curioso.
Agora, se a ideia é algo mais clássico, não deixe de fazer o tour para a sala da torre lá no topo de quase 350 degraus. A subida é chatinha, sim, mas a recompensa é uma das vistas mais legais de Viena.
Hoher Markt e Ankeruhr – Praça Hoher e Relógio Mecânico de Viena
Esta praça histórica na região central de Viena atrai milhares de turistas ao longo do ano por um motivo em específico, um relógio mecânico.
Ao meio dia, 12 estátuas de nomes importantes da história de Viena giram lentamente diante dele, numa espécie de plataforma, para marcar a hora. O Ankeruhr é de 1914 e uma das heranças do auge da Art Nouveau na cidade.
Mozarthaus, a Casa de Mozart
O austriaco Wolfgang Amadeus Mozart morou em diversos lugares de Viena, sendo um deles o edifício que tornou-se o museu Casa de Mozart. De 1784 a 1787, ele viveu no apartamento do primeiro andar que foi o maior, mais elegante e caro já ocupado por Mozart e o único que ainda está intacto hoje.
Além disso, foi ali que criou algumas de suas maiores obras, incluindo As Bodas de Fígaro. No museu, é possível ver itens originais do artista e conhecer melhor sua obra.
Hofburg, Palácio Imperial de Viena e Museu da Sisi
Acho que o Palácio de Hofburg é daquelas atrações tradicionais para quem visita Viena pela primeira vez. No coração da capital austríaca, o complexo foi centro político da monarquia até o comecinho do século 20.
Hoje, milhares de turistas visitam o local que abrigam alguns museus, entre eles o Museu Sissi dedicado à conhecida imperatriz Elizabeth. Vale lembrar que ela ganhou popularidade ao ser tema de vários filmes clássicos da década de 50, como Sissi, a imperatriz. O local reúne mais de 300 peças, como roupas, sombrinhas, leques e luvas.
Mas confesso que eu gostei mesmo de ver os apartamentos imperiais mega luxuosos, com mobília e itens da época. É bem curioso ver como a elite da época vivia e sua forma de demonstrar poder com essa ostentação na decoração e arquitetura.
Outro destaque é a Silver Collection, que reúne inúmeros itens de jogos de jantar da época imperial. são bem bonitos e algumas peças medem vários metros.
Bom, isso que eu falei são os highlights, porque se for ver tudo com calma, pode ter certeza que vai precisar de pelo menos um dia exclusivo pro palácio, viu?! Isso porque boa parte do local ainda tem funções oficiais e governamentais, com áreas fechadas para o turista.
Palácio Schönbrunn
Inicialmente pensado como um pavilhão de caça imperial, a construção do século 17 ganhou status de residência imperial palaciana ao longo do século 18. É Patrimônio da Unesco e uma das principais atrações turísticas de Viena.
Até sua estrutura ficar como vemos hoje, o local passou por algumas mudanças. E uma das mais significativas aconteceu no século 19, cerca de 100 anos antes dele se tornar em 1960. Além disso, assim como acontece no Palácio de Versalhes, seus jardins são uma atração à parte.
Palácio Belvedere e “O Beijo” de Klimt
Este complexo barroco nasceu como residência de verão da realeza e, hoje, guarda uma das coleções de arte mais expressivas da Áustria, com algumas centenas de obras.
O ponto alto é a seleção de 24 pinturas do austríaco Gustav Klimt, com as icônicas obras douradas na coleção de permanent collection at the Upper Belvedere. Para refrescar a memória dos tempos de escola, Klimt é um dos grandes nomes da Art Noveau.
E o acervo revela a pintura “O Beijo”, uma das suas pinturas mais famosas do artista. Criado no começo do século 19, ela mostra Klimt e sua amiga Emilie Flöge como um casal apaixonado.
Kunsthistorisches Museum – Museu de História da Arte
Foi nos anos 1890 que nasceu este museu, como uma alternativa para abrigar as extensas coleções de arte da família imperial. Ao longo dos anos, a coleção foi ficando mais e mais expressiva até que o local se tornasse um dos grandes museus da Europa.
O acervo reúne obras de artistas como Raphael, com Madona do Prado; Caravaggio; e A Arte da Pintura de Vermeer, entre outras. Um passeio por aqui rende facilmente algumas horas se curtir esse tipo de rolê.
MuseumsQuartier: Museu Leopold e um bom café em Viena
Numa tarde de sol, a região conhecida como MuseumsQuartier (MQ) fica tomada por jovens curtindo o bom tempo, batendo papo e passeando. Este pedacinho do destino é um ótimo exemplo do lado cool de Viena, combinando prédios modernos e seculares.
Ali ainda funciona como ponto de encontro cultural, com vários museus e galerias bem legais. Um dos destaques é o Museu Leopold, com cerca de 6 mil obras que trazem um panorama da arte austríaca a partir da segunda metade do século 19. Por ali, vale reservar um tempinho para ficar de boa num café enquanto observa o vaivém de gente.
Edifício da Secessão de Viena
Em 1897, o pintor Gustav Klimt e vários outros artistas deixaram a conservadora Künstlerhaus. Depois, eles fundaram uma nova associação que ficou conhecida como a Secessão Vienense. A partir dessa iniciativa, um edifício de mesmo nome foi inaugurado em 1898 e tornou-se um dos símbolos da cidade. O principal motivo é a cúpula com detalhes dourados, que pode ser vista de longe.
Hoje, o endereço funciona como um centro cultural que abriga diversas exposições de artistas contemporâneos ao longo do ano. Porém, para os turistas que têm pouco tempo, minha dica é ir direto para o subsolo. Ali está a obra Friso de Beethoven, em que Klimt interpretou 9ª Sinfonía de Beethoven numa pintura de 34 metros.
Karlskirche – St. Charles’ Church – Igreja de São Carlos
Como toda cidade europeia, Viena também tem algumas igrejas bem impactantes visualmente. A Karlskirche é a última obra do arquiteto barroco.
A parte de dentro é bem legal, com vários afrescos e até um elevador que leva os turistas para vê-los de pertinho. Além disso, dê uma checada na programação do local que geralmente fica na entrada: rolam vários concertos interessantes – e gratuitos – no local.
Roda Gigante de Viena – Wiener Riesenrad
A Roda Gigante de Viena é um símbolo local e que oferece ótimas vistas da cidade, a 65 metros de altura. Ela foi inaugurada no finalzinho do século 19, em 1897, para celebrar o Jubileu de Ouro do Imperador Franz Josef I. E até hoje atrai muitos e muitos turistas.
Uma curiosidade é que ela ficou sem funcionar poucas vezes desde a inauguração. Sendo que nos últimos 73 anos, a primeira vez foi devido à pandemia do coronavírus.
Prater
E quem gosta de roda gigante pode se interessar também pelo Parque Prater, que é o parque de diversões mais antigo do mundo. Os cinéfilos vão reconhecê-lo do filme Antes do Amanhecer.
O Prater fica aberto mesmo no inverno, ainda que algumas atrações fechem. Ele tem entrada gratuita e você paga pelos tickets de cada atração, então se não fizer questão de brincar, pode ir pelo menos para conhecer, que vale a pena.
Konzerthaus
Viena teve inúmeros moradores ilustres focados na produção musical. Dentre eles, os compositores Mozart, Beethoven, Schubert e Strauss que já falamos em outros tópicos.
Isso fez com que a capital austríaca se tornasse um dos melhores lugares do mundo para os amantes de música. E Konzerthaus é um dos reflexos disso, afinal, a casa de espetáculos promove mais de 700 eventos culturais na temporada.
O prédio em si, de 1913, é art nouveau e impressiona com hall de entrada e as escadas que permitem o fluxo livre de cerca de 4 mil pessoas.
Museu da Carruagem de Viena – Wagenburg
Confesso que eu tenho um interesse específico por carruagens e, sempre que encontro um museu dedicado ao tema, reservo ao menos uma horinha para explorá-lo. E em Viena, a história se repetiu com o Museu da Carruagem de Viena, coladinho ao Palácio de Schönbrunn.
Há mais de uma centena de carruagens da família real, trenós e até um carro – super bem preservados. Isso sem falar de objetos pessoais e vestuário da época imperial. É legal ver como cada veículo foi construído dependendo da sua função, se levaria pessoas mais importantes ou não, se era para passeios ou grandes viagens.
Museu de Freud
Recentemente, o Museu de Freud passou por 18 meses de reforma e remodelação. E assim o local ganhou mais áreas expositivas. Pela primeira vez desde que o museu foi criado, em 1971, todas as salas privadas de Freud tornaram-se acessíveis aos visitantes. Ou seja, dá para conhecer os espaços originais em que Sigmund Freud viveu e trabalhou.
Inclusive, recomendo pagar 4 euros a mais, além do ingresso, e fazer o tour guiado. Mas ele geralmente só é oferecido em inglês e alemão. Ao lado de objetos originais, imagens e fotografias da vida e obra do pai da psicánalise, o museu também abriga uma interessante coleção de arte.
Naschmarkt – Mercado
A visão colorida de frutas, flores, vegetais, entre outros itens, em uma tarde de sol é extremamente agradável – e fotogênica. Por isso, mesmo se não for comprar nada, acho que o passeio ainda valerá a pena.
De quebra, a região Naschmarkt tem diversos restaurantes que têm desde a comida tradicional de Viena até culinária indiana e vietnamita.
Aos sábados, costumava ter um feira de itens vintage – bem parecida com a Benedito Calixto de São Paulo – mas ainda não dá para saber quando ela voltará a funcionar por conta do coronavírus e pandemia.
Torre do Danúbio
Com um terraço de observação a 155 metros de altura, da Torre do Danúbio oferece uma das melhores – quiça a melhor – vista de Viena. E a forma de chegar ao topo é a bordo de elevadores rápidos que fazem o percurso em poucos segundos.
Vienna Pass vale a pena?
O Vienna PASS é um cartão turístico da cidade que oferece aos visitantes entrada em mais de 60 atrações, museus e monumentos de Viena por um valor fechado. Tem opções de 1, 2 ou 3 dias, que custam 79, 99 e 129 euros, respectivamente.
Mas e aí, vale a pena? Depende do que for visitar, mas geralmente vale sim. Por exemplo, se for conhecer cinco atrações que listamos aqui o valor já é recuperado no primeiro dia:
Hofburg Imperial Palace (15 euros) + Roda Gigante de Viena (12 euros) + Kunsthistorisches Museum (16 euros) + Palácio Schönbrunn (20 euros) + Palácio de Belvedere (22 euros) = 85 euros
Dicas finais para curtir as principais atrações de Viena
Se puder, procure visitar a capital austríaca nos meses da primavera e outono. A cidade não está tão cheia, as temperaturas são mais amenas e boa parte dos eventos artísticos ainda estão rolando. O verão é alta temporada, como acontece no restante da Europa, e o inverno pode chegar com temperaturas negativas que assustam alguns brasileiro.
Apesar disso, eu particularmente curto a cidade no mês de dezembro, por exemplo. É nesta época que dá para curtir os mercado de Natal que tomam conta de boa parte das praças do destino, beber um chocolate quente e viver aquele clima natalino que a gente vê nos filmes <3
Independente da época, leve sapatos confortáveis porque boa parte dos passeio você vai fazer caminhando. E, se tiver alguma dúvida ou dica que não entrou nessa lista, escreve aqui nos comentários. vamos conversar!
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