Saiba tudo sobre o Malba, o melhor museu de Buenos Aires


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Todo roteiro de viagem deveria contar com pelo menos um museu em cada cidade. Isso porque as obras de determinados artistas ajudam a explicar a história e cultura de cada região. Em Buenos Aires, se eu tivesse que escolher apenas um museu para visitar, o escolhido seria o Malba.

Fachada do MALBA

O primeiro e principal motivo para isso é o fato de o Museu de Arte Latinoamericano ser a casa do Abaporu. Sim, uma das principais telas da arte brasileira está na Argentina. Acreditem se quiser.

Sempre fui fascinada por esse quadro, o momento histórico que ele inspirou e todas as interpretações e leituras enigmáticas que dão a ele.

Tarsila fez essa tela de presente para seu amigo Oswald de Andrade, e o “Abaporu” (do tupi-guarani aba, “homem” e  poru, “canibal” – homem que come homem) mexeu tanto com ele que o inspirou a escrever o “Manifesto Antropofágico”.

Abaporu

O fundador do Malba, Eduardo Costantini, já até fez uma proposta à então presidente Dilma Rousseff em 2011 para construir um Malba no Brasil (e o Abaporu seria trazido para cá), mas, pelo visto, essa proposta não foi pra frente e não deu certo. Então, se o Malba não vem até o Brasil, nós vamos até Buenos Aires!

Museu em Buenos Aires

Mas não é só do Abaporu que vive o Malba, claro. O museu não é muito grande, diria que ele tem tamanho médio a pequeno. O prédio é bem moderno, bonito e agradável e seus dois pisos são muito organizados.

No primeiro andar, fica o acervo fixo, que tem obras de diversos artistas do século XX da América Latina, como Fernando Botero, Candido Portinari, Antonio Berni, Diego Rivera e Frida Kahlo.

Já no segundo andar ficam as exposições temporárias que podem ser tanto de artistas argentinos quanto internacionais — e não necessariamente latinos.

Frida KahloAutorretrato con chango y loro, Frida Kahlo, 1942

Além da parte da artística per se, o Malba também tem uma lojinha incrível! Tenho uma paixão por lojinhas de museus em geral porque são sempre lugares onde você encontra peças de design único e lembrancinhas de viagem muito simpáticas, e a loja do Malba é uma das boas.

No museu também há um café despojado e delicioso, o Restaurante Ninina, que é uma ótima opção para uma paradinha de descanso antes de seguir o passeio. Lá você pode tomar um café, fazer um lanche ou uma refeição leve.

Loja MALBA

Se joga na lojinha no final da visita!

Quando e como ir ao Malba

O Malba abre todos os dias, exceto às terças-feiras. De quinta a segunda, o horário de funcionamento é das 12h às 20h. Às quartas, o museu funciona uma hora a mais, começando às 11h (o horário da loja, porém, é o mesmo de todos os outros dias).

Os horários do Restaurante Ninina são diferentes e ele abre inclusive às terças, quando o museu está fechado. Funciona das 9h as 19h.

O museu fica na Avenida Figueroa Alcorta 3415. Você pode chegar ali pela estação de metrô Saldías, de táxi ou de ônibus — há um ponto exatamente na frente.

Quanto custa a visita

Tela de Portinari exposta no Malba

Tela de Portinari exposta no Malba

A entrada inteira no Malba custa 1600 pesos, que não vou me atrever a converter, porque a cotação do peso é muito volátil.

Estudantes, professores e aposentados pagam meia. Crianças menores de 5 anos não pagam, assim como deficientes. Às quartas, todas as pessoas pagam meia, e os outros entram de graça.

O museu recomenda que os visitantes comprem a entrada on-line e marquem um horário de visitação. Acho que em épocas de alta temporada é algo muito bom para se fazer, mas se você estiver visitando em uma época tranquila, não há necessidade.

Leia também: Passeios em Buenos Aires: O que fazer, dicas e atrações

Sugestões de roteiro

Apesar de não ser um museu super grande, é interessante considerar pelo menos uma manhã ou meia tarde para visitá-lo com calma. Pode ser interessante, por exemplo, começar o dia por ali e aproveitar para almoçar algo leve no restaurante do museu.

Em seguida, caminhe um pouco pela Avenida Figueroa Alcorta e logo você chegará ao Rosedal de Palermo, que é um passeio imperdível na cidade, principalmente nos dias mais quentes. De lá, você já pode emendar um happy hour ou jantar em Palermo.

Outra opção é passar a manhã na Recoleta, passando pelo Centro Cultural Recoleta e pela Floralis Genérica e seguir para terminar o dia no Malba. Parando para um café no museu para recobrar as forças antes de começar a explorá-lo.

Leia também: Todos os museus em Buenos Aires

Seja como for, não deixe de incluir o Malba em seu roteiro em Buenos Aires! E conta pra gente aqui nos comentários o que você achou.

 

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