SEGREDOS DO LEITOR – Museu Peggy Guggenheim Veneza
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O Segredos do Leitor de hoje fala de um assunto que adoramos: Arte Moderna e contemporânea. Confira as dicas da Renata para conhecer o museu Peggy Guggenheim, em Veneza:
“Uma das coisas que mais gosto na vida é arte, e em todas as minhas viagens os principais museus e exposições são parada obrigatória.
Uma grande miga, que conhece esse meu lado, havia ido para Veneza faz uns 2 anos, e voltou dizendo que eu ia amar o Museu Guggenheim de lá. Como nunca tinha ouvido falar nesse museu, mesmo já tendo ido duas vezes antes a Veneza, a minha curiosidade para conhecê-lo foi ainda maior. Na minha última viagem à europa em Maio de 2014, entre um destino e outro, literalmente fui a Veneza “apenas” para conhecer o Museu.
Uma observação inicial é que apesar de pertencer à mesma fundação do Solomon R. Guggenheim de Nova Iorque, a sua história percorreu um caminho inteiramente diferente. Peggy Guggenheim, a fundadora, que morou no palazzo veneziano onde o museu é instalado até hoje, foi a “ovelha negra” da família, e após a morte do seu pai no Titanic teve pouco acesso à fortuna a que era herdeira e que fez com o que seu tio fundasse o Guggenheim de Nova Iorque.
Isso fez com que Peggy levasse uma vida excêntrica e boêmia, convivendo com inúmeros artistas, especialmente no período entre-guerras, sendo a única responsável pela sua notável coleção que é o paraíso dos que gostam de arte moderna. Salvador Dali, Joan Miró, Marc Chagall, René Magritte, Jackson Pollock, Giorgio di Chirico, Pablo Picasso, Piet Mondrian, Yves Tanguy e Max Ernst (os três últimos amantes e marido de Peggy, respectivamente) são alguns dos artistas presentes no acervo permanente do museu. Além desses, há obras de artistas menos conhecidos e alguns de significado especial para Peggy, como a sua filha, Pegeen. Quando fui, havia também uma exposição temporária surrealista muito boa.
O audioguia do museu é, sem dúvida, um dos melhores que peguei na Europa – as informações são concisas e interessantes e há vários depoimentos da própria Peggy a respeito do seu acervo. A minha obra favorita foi um quadro de Magritte, que é um retrato quase “comum”, exceto pelo fato de que o dia e a noite estão representados simultaneamente, o que mostra a forte presença dos “sonhos” e características fantásticas do surrealismo.
O museu abre das 10:00 às 18:00hs todos os dias, exceto na Terça. Às 12:00 e às 16:00hs há um encontro no jardim com um voluntário do museu em que é feita uma breve explicação a respeito da vida de Peggy e do acervo. Lá descobri alguns detalhes interessantes que poderiam ter passado despercebidos, como que Peggy se suicidou e está enterrada lá no jardim junto com os seus cachorros, e que uma das árvores de lá é oliveira “dos desejos” doada por Yoko Ono, que criou a obra originalmente para a Bienalle de Veneza. Outro diferencial do Museu é que os voluntários estão disponíveis durante toda a visita para responder dúvidas sobre arte.
Recomendo a visita mesmo para aqueles que não são apaixonados por arte moderna, já que o museu é relativamente pequeno e bem singular. A sua arquitetura, na beira do Grand Canal de Veneza, já garante um belo passeio, em uma parte menos turística da cidade em que se vê a verdadeira Veneza que Peggy adorava.
Comprei o ingresso antes, pela internet, mas não tinha fila no dia que fui.
Para chegar no museu, recomendo pegar um passe de Vaporetto ACTV (há um que vale para todo o dia e é muito mais barato que os taxis e gôndolas). A parada do museu chama-se Accademia.
Para finalizar, em volta do Museu tem vários restaurantes e cafés lindinhos e tipicamente Venezianos para explorar. Sem dúvida valeu a visita e se tornou um dos meus museus favoritos da Europa.”
Adoramos a dica e, pra variar, já queremos visitar o museu na nossa próxima ida a Vaneza!!
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