Cidades da Toscana: as mais bonitas e interessantes para visitar
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Ah, a Toscana! Sobram motivos e inspirações para conhecê-la. Por onde começar? Esse é um grande desafio. Por isso, listarei aqui as principais cidades da Toscana para um turista antenado incluir na sua viagem, já considerando as cidades toscanas que eu mais amei conhecer. São as mais importantes, mais interessantes (com atrativos especiais e únicos) e também as mais bonitas, claro! Mas também incluímos segredos menos explorados. Confira!
Por que visitar a Toscana?
Há décadas em alta como destino turístico, a região do centro da Itália é um desses lugares que viram facilmente xodós de muitos viajantes. E bons motivos para isso não faltam, como esses:
–Paisagens deslumbrantes: a beleza cênica, com estradinhas que serpenteiam por colinas verdinhas caprichosamente enfeitadas por ciprestes, campos de girassol e parreirais a perder de vista.
–História: o passado não deixa por menos, por lá você encontrará ruínas arqueológicas do tempo dos etruscos até maravilhas artísticas da Renascença.
–Gastronomia: uma festança saborosa, com iguarias que vão de queijos a vinhos inesquecíveis. Sem contar a exclusividade e o aroma das trufas colhidas nos bosques toscanos.
As duas principais cidades da Toscana, e ponto de partida para o seu roteiro
Além de muitas pequenas vilas maravilhosas e ricas paisagens, a Toscana concentra duas das principais cidades turísticas italianas: Florença e Pisa. As duas cidades por si só já valem a viagem. Elas têm um rico centro histórico e museus que valem a pena ser aproveitados com calma e abrigam preciosidades históricas que se incluem dentre os grandes monumentos italianos: a Torre de Pisa e a escultura de Davi, de Michelangelo.
Mas você pode melhorar ainda mais sua experiência visitando outras cidades da Toscana que são tão charmosas quanto, e o melhor: muito menos lotadas!
Caso não tenha tanto tempo para desbravar interior adentro, Florença é um ótimo ponto de partida para tours por cidadezinhas próximas que compõem o que se entende por “espírito toscano”. Mas se puder, alugue um carro e se jogue!
Alugar um carro é a melhor maneira de conhecer a Toscana. Assim você tem liberdade de traçar o seu roteiro e incluir noites em cidades menores e mais charmosas. Acho difícil conhecer a região de outra maneira. A não ser que você decida focar a viagem nas cidades maiores e principais, que falaremos abaixo.
Para montar seu roteiro não há ordem certa e nem paradas obrigatórias (é muito chato alguém mandando em você, né?). Já que as distâncias são bastante pequenas de forma geral, você escolhe se quer pernoitar, fazer um bate e volta ou apenas passar por alguma cidade. Vamos nessa?
Cidades da Toscana: das grandes e clássicas a jóias menores
Depois de escrever todo esse texto me dei conta que ele ficou enorme. Por isso, pra ajudar, listo abaixo as cidades que menciono ao longo do artigo. Se quiser ir direto para essa parte específica do texto, basta clicar em cima do nome da cidade que você se interessar.
Cidades maiores, destinos clássicos para aproveitar em qualquer época:
– Florença, a capital da Toscana.
– Pisa, lar de um dos monumentos mais famosos da Itália.
– Lucca, uma grata surpresa bem preservada.
– Siena, grande cidade com atrações atemporais.
Cidades menores e mega charmosas, que eu visitei e adorei:
– San Gimignano, minha cidade preferida na Toscana.
– Monteriggioni, para voltar ao período medieval.
– Volterra, cidade murada no topo de uma colina.
– Montalcino, de onde vem o vinho Brunello di Montalcino.
– Bolgheri, lar do vinho Sassicaia.
Outras cidades da Toscana que valem a visita, mas que não consegui ir:
– Pienza, uma cidade medieval planejada.
– Carrara, de onde sai o mármore mais famoso do mundo.
– Outas cidades para pesquisar: Arezzo, Montepulciano e Cortona
Florença
Não dá pra começar uma lista de cidades da Toscana com outro destino que não Florença, a capital dessa região italiana. Mesmo com as nuvens de turistas em qualquer época do ano, não tem como não se encantar com essa baita cidade deliciosa e inspiradora.
Berço do Renascimento, Florença é um deleite para quem ama arte, cultura e arquitetura. Lugar onde figuras como Leonardo da Vinci, Nicolau Maquiavel e Michelangelo viveram e trabalharam em muitas de suas obras primas mais famosas.
Três noites por aqui já ajudam a dar conta de ver boa parte do patrimônio. Mas o ideal seria ficar 4 noites para ter 3 dias inteiros dedicados a Florença, sem contar com os bate e voltas.
O que fazer em Florença: caminhe às margens do Rio Arno para se ambientar e começar a sentir o clima da cidade. No seu caminho estará a Ponte Vecchio, com arcos medievais e lojinhas de todo o tipo.
Uma grande atração de Florença é o Davi de Michelangelo que fica na Galleria dell’Accademia. Compre seu ingresso com pelo menos um mês de antecedência para não passar sufoco igual aconteceu comigo, que fiquei procurando revendedores de confiança (comprei dois dias antes no Get Your Guide e deu super certo no final, mas não precisa passar por todo o stress, basta se planejar).
Mesma dica também vale para a Galleria degli Uffizi, uma das maiores coleções de trabalhos renascentistas e um dos principais museus do planeta. Parada obrigatória em Florença, na minha opinião.
Independente de religião, quem não viu os afrescos no teto do Duomo, como é conhecida a Catedral de Santa Maria del Fiore não visitou Florença. Ir até o altar e mirar o teto da cúpula é uma experiência e tanto. É bem absurdo pensar que há tanto tempo alguém pintou afrescos em perspectiva, com uma rica atenção aos detalhes e em uma escala impressionante. A vista da cidade lá de cima da cúpula, erguida em 1420, também vale o investimento (é pago a parte) e os degraus até o topo.
Ah, o melhor sandúíche do mundo está aqui, e é verdade mesmo. O All’Antico Vinaio vale toda a fama que conquistou e as filas de espera (ou você pode comer um as 10 da manhã como eu fiz, e não pegar fila alguma).
Não deixe de se perder pelas ruazinhas do centro e de contemplar o Campanário de Giotto, as Capelas de Medici e a Galeria Palatina. Do outro lado cidade, o Giardino di Boboli é encantador.
Do mesmo modo é o Giardino delle Rose, um mini parque com a vista panorâmica mais linda sobre a cidade e fica logo abaixo da super popular (e cheia!) Piazzale Michelangelo. Realmente um lugar para admirar e sentir o poder da cidade.
Uma bela introdução à Toscana. Bem vinda!
Pisa
A cidade com um monumento histórico e icônico: a Torre de Pisa! Uma torre de mármore que começou a ser construída no ano de 1173, e teve alguns problemas na fundação que levou ela a ficar com 4 graus de inclinação. Falando assim parece pouca coisa, mas ela é bem torta sim!
Se você está vindo de outro lugar da Europa, há inúmeros voos saindo de aeroportos menores que pousam em Pisa, com low costs como a EasyJet e a Ryan Air. Pisa também tem uma grande estação de trem.
Não é complicado alugar um carro por ali, caso queira seguir viagem. Existem carros populares por preços a partir de € 20 pela Rental Cars. Uma opção para visitar a famosa torre e o centro histórico é deixar as malas no armário do aeroporto ou da estação de trem e ir de ônibus ou táxi, deixando para alugar o carro no fim do dia.
Você pode até escolher dormir em Pisa, mas não recomendaria. A cidade é facilmente “esgotada” em um dia, e vale mais ser visitada como um pit-stop (uma parada entre duas cidades toscanas), ou como bate e volta a partir de Florença.
O que fazer em Pisa: Não deixe de aproveitar o centrinho da cidade. Tomara que consiga chegar cedo pra driblar as multidões.
Na verdade não há muito mais do que a torre para ver, mas você pode esticar com uma visita completa à Piazza dei Miracoli, onde além da torre de Pisa, fica o Batistério e a Catedral. Se tiver coragem, pode subir na torre, claro, mas lembre-se de reservar com antecedência. Eu não tive, devia ter visitado quando tinha 15 anos e era mais aventureira.
Para comer, há muitas opções na Via Santa Maria (que é linda embora bem turística) ou nos arredores da Via Curtatone e Montanara, pra baixo da Piazza del Cavalieri, um canto já menos visitado.
Se sobrar tempo e disposição dê um rolê às margens do Rio Arno, visitando a Igreja de Santa Maria della Spina e pela Piazza dei Cavalieri. Desse modo, você terá conhecido o mais importante desta cidade de apenas 90 mil habitantes.
Lucca
Localizada a apenas 20 quilômetros de Pisa, e 90 quilômetros de Florença, está a cidade de Lucca. Essa cidade tem um magnetismo especial, mesmo não sendo farta de coisas pra fazer.
Com 50 mil habitantes, Lucca foi uma das poucas cidades toscanas a não ser bombardeada na 2a Guerra Mundial. Com bons trabalhos de restauro, preservou edifícios dos séculos 12 a 16 e é destino de estudantes de Arquitetura, que vão ver in loco obras-primas medievais e renascentistas.
O que fazer em Lucca: Faça por sua conta o passeio pela muralha de 4 quilômetros e 12 metros de altura que desde 1650 protege a cidade e arme um piquenique no gramado.
Parada obrigatória, a aconchegante Piazza Anfiteatro reúne lojinhas e cafés. Olhares atentos notarão os arcos em tijolos milenares das casas medievais que circundam a praça.
As belas torres de até 50 metros de altura – já foram 150, hoje são apenas 15 – eram símbolo de poder entre as famílias dos mercadores que enriqueceram. Uma das mais bonitas é a da famiglia Guinigi, de 1400, com árvores no alto de seus 44 metros e uma excelente vista da cidade.
Do século 11, a Cattedrale di San Martino impressiona pelas imensas colunas. Dentro, uma imagem de Cristo entalhada em tamanho natural é atribuída a Nicodemo, que assistiu à crucificação e motiva, em 13 de setembro, o Volto Santo, procissão iluminada por tochas.
Filho pródigo de Lucca, o compositor de ópera Giacomo Puccini (1858-1924) está eternizado em bronze diante da casa onde nasceu, na Corte San Lorenzo, 9. A 15 quilômetros dali, em Torre del Lago, onde o artista viveu, o Museo Villa Puccini mantém a casa preservada como quando ele morreu. No verão, o Puccini Festival é uma ótima oportunidade para conferir suas óperas num palco a céu aberto sobre o lago Massaciuccoli.
Siena
O que fazer em Siena: a Piazza del Campo é a alma da cidade, ali são realizadas as corridas a cavalo mais emocionantes da Itália, durante o Palio de Siena. Costuma acontecer em uma data no começo de julho e outra em meados de agosto. Mas mesmo fora da época do Palio, Siena é um lugar incrível de visitar por conta da Fonte Gaia, a maior da cidade com escultura de Jacopo della Quercia, feita com mármore de Carrara.
Prédio de destaque na praça o Palazzo Comunale ou Palazzo Pubblico é a prefeitura da cidade com a incrível Torre del Mangia, com 87 metros de altura e 400 degraus, o melhor mirante e presença certa em todos os cartões-postais da cidade. Há ingresso combinado com o Museo Civico.
Na Piazza Duomo, a Catedral de Santa Maria Assunta reina impávida com sua fachada branca e preta, com detalhes dourados. Na verdade, o branco é mármore de Carrara e o preto, visto de perto, é verde, pedra originária da região de Prato. Repare no pisa sob a cúpula, é algo deslumbrante. Aliás a cúpula é completamente descentralizada do resto da construção, quebrando os padrões do século 14. A Biblioteca Piccolomini foi erguida em homenagem ao Papa Pio II e é suntuosa. Detalhes como esses fizeram com que fosse conhecida como a Porta dos Céus.
San Gimignano
Entre as cidadezinhas menores, San Gimignano foi sem dúvidas a que mais gostei. Dirigindo 50 quilômetros ao sul de Florença você já sentirá o clima da Toscana. San Gimignano é um senhor cartão de visitas.
A cidade medieval sobre um monte, com lindas torres de até 50 metros de altura – já foram mais de 70, restaram 14 em pé -, era um entreposto muito importante desde o século 14 e seus comerciantes foram muito prósperos. Faz parte da Via Francigena, rota peregrina que liga Assis a Roma.
Tomar um sorvete na Piazza della Cisterna (a Gelateria Dondolli é deliciosa e hiper premiada), visitar o Palazzo Comunale e a basílica, estão entre os grandes programas da cidade. Ande pelas ruelas, entenda como vivem as quase 7 mil pessoas que habitam esse lugar mágico.
Se for pernoitar, tenha em mente que a cidade é pequena e costuma estar sempre cheia. As acomodações na cidade costumam ser poucas e caras, por isso vale ou reservar com antecedência ou buscar uma villa ou agriturismo, acomodações charmosas a preços bem melhores nas pequenas propriedades dos arredores.
Nós tivemos uma experiência incrível nos hospedando na Villa Due SS, cujo dono é um brasileiro simpaticíssimo que divide seu tempo entre Itália e Brasil. Mostrei tudo no instagram e recomendo fortemente. Combinei de deixar um mimo para cada leitor que se hospedasse lá, então avise que conheceu através do Segredos de Viagem.
Monteriggioni
A cidade mais medieval da Itália parece cenário de um filme de época. Minúscula, dá pra conhecê-la bem rapidamente em uma parede no meio do caminho entre San Gimignano e Siena, por exemplo. Além de cantinhos bucólicos e fofos por todo o lado, o que impressiona é a sua muralha inteira preservada com suas 14 torres.
Para aumentar nosso tempo por lá, decidimos almoçar no Ristorante Le Torri, e a experiência foi ótima! Comemos bisteca fiorentina e massas muito bem preparadas.
No mais, só andamos pelas ruas de pedra entrando em lojas e cafés, e imaginando que estávamos vivendo nos tempos medievais. Sem pressa, sem mil pontos turísticos para “bater cartão”. Uma excelente e impressionante cidade na Toscana.
Volterra
Como se voltasse no tempo, o visitante que chega a Volterra já dá de cara com uma cidadela murada, no topo de uma colina, com lindas portas levadiças. Caminhar pela cidade já é uma excelente atração, mas por menor que seja, Volterra é surpreendentemente cheia de coisas para fazer.
A cidade dos ventos e das pedras, pra mim é a cidade dos vampiros. Isso porque foi gravado aqui o filme “Lua Nova”, da Saga Crepúsculo. Volterra era a cidade dos Volturi, realeza dos vampiros.
Mas saindo da ficção, tem muita história real por aqui. Beeem antes dos romanos, os etruscos foram uma civilização que viveu na região e no Museo Etrusco é possível ver a sofisticação de sua arte e artesanato. A Catedral de Santa Maria Assunta tem uma aura especial, vale procurar.
Se puder ir logo cedo ver o sol nascer na torre do Palazzo dei Priori, o mais antigo prédio das prefeituras toscanas, você não se arrependerá. Ok, pode ser o pôr do sol também, mas observar essa cidade medieval sob o sol da Toscana é uma vivência única.
Em Volterra almoçamos no Porgi L’Altra Pancia e comemos super bem.
Depois de uma parada estratégica para o almoço, visite o Teatro Romano (€ 5), erguido no século 3 d.C. e palco de inúmeras exibições artísticas e vizinhos aos banhos romanos. Uma boa pedida pode ser comprar o Volterra Card que dá acesso ao Museu Etrusco, o Ecomuseu do Alabastro (tipo de pedra branca translúcida muito utilizada pelos etruscos e até hoje ícone da cidade), a Pinacoteca, o Palazzo dei Priori, a Acrópole e o Teatro Romano. Assim, a única atração que fica de fora é a Fortaleza de Medici, prédio imponente erguido em 1474, dois anos depois da conquista de Volterra por Florença, pelo controle de suas minas e da produção têxtil.
Montalcino
O nome pode soar familiar para muitos. Isso porquê é aqui que é feito o vinho de Denominação de Origem Controlada, o Brunello di Montalcino. Elaborado com a uva Sangiovese, casta tradicional da Itália, mais especificamente da Toscana, e muito consumida por lá.
Chegar em Montalcino foi testemunhar o que eu esperava da Toscana. Estradas sinuosas margeadas com ciprestes e colinas com vinhedos por todos os lados.
Além de conhecer a cidade e se aventurar pelas suas ladeiras, em Montalcino a melhor pedida é visitar as vinícolas. O Castiglion del Bosco além de ser um hotel Rosewood dos melhores da Toscana, é também uma vinícola de primeira e abriga dois restaurantes excelentes. Vale o caminho.
Bolgheri
Nossa parada em Bolgheri teve uma motivação principal: Sassicaia. Se você gosta de vinhos com certeza reconhece esse nome.
Fomos sabendo que a vinícola não estava mais fazendo visitações, mas ainda sim havia uma maneira de apreciar de perto esse verdadeiro espetáculo líquido. Comemoramos os 70 anos do meu pai no restaurante da vinícola bebendo um dos melhores vinhos do mundo! Pra ele, o melhor!
Famosa por seus vinhos espetaculares, os chamados Super Toscanos, a Tenuta San Guido é o grande templo vinícola da região, onde são produzidos os Sassicaias. O que poucos sabem é que lá também funciona esse restaurante que fomos, de primeiríssima qualidade, diga-se de passagem.
Depois disso, pegamos uma icônica estradinha que levava até Bolgheri. Uma reta de 5 quilômetros forrada por ciprestes. Já virou lugar queridinho para postar no Instagram. O centro é mini e tem algumas opções de restaurante e o Castelo Medieval com seus tijolinhos vermelhos.
Se não quiser almoçar na Tenuta San Guido, uma excelente opção é o restaurante La Taverna del Pitore (Largo Nonna Lucia, 4,) que oferece uma culinária regional muito bem executada, com massas e carnes divinas. Palavras do meu amigo Felipe Mortara que foi e amou.
Cidades na Toscana que são menos óbvias para se visitar
Pienza
Um arrependimento da minha viagem foi não ter visitado Pienza. Pelo que li sobre a cidade creio que seria amor a primeira vista como foi com San Gimignano.
Um vilarejo pequeno, para degustar sem pretensões em uma passada rápida. Dizem ser uma das jóias da Toscana e um lugar que exala romantismo.
Está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco desde 1996, e é uma das poucas cidades planejadas da Idade Média. Vale espiar!
Carrara
Carrara, a famosa terra do mármore. Esse relato abaixo é do Felipe Mortara, jornalista de viagem renomado, que visitou a cidade e deixou suas impressões aqui para o Segredos de Viagem.
“Repare nos bancos e nas faixas de pedestre da praça central: são todas de mármore (de Carrara, claro)! As ruelas da cidade são uma graça.
De Carrara saiu o bloco que Michelangelo transformou em Davi, o que virou a Pietà e muitos outras obras eternas. Atualmente a maior parte da produção é destinada à construção civil de luxo, mundo afora. Mas ainda há ateliês como o Studi d’Arte Cave Michelangelo que mostram como fazer esculturas contemporâneas nesses blocos impressionantes.
Sua visita a Carrara não estará completa sem ver de perto as montanhas brancas de onde se extrai a famosa pedra. Fiz um tour de 3 horas a bordo de um Land Rover robusto da Il Tau e adorou.
Não deixe de passar em Fior di Chiara, uma caverna branca com 59 metros de altura e 220 de comprimento, realmente espetacular. Óculos escuros, protetor solar e calçado impermeável são essenciais.
Depois de visitar as marmorarias, nada como encher a pança com um lardo. O embutido preparado com a gordura do lombo do porco na salmoura e no alecrim é surpreendentemente saboroso e leve – eu juro! Do lado de Carrara, Colonnata é a capital italiana do lardo e só por isso já vale a visita. Orna com um bom vinho tinto. De quebra você ganha uma vista linda das montanhas brancas.”
Outras belíssimas opções: Arezzo, Montepulciano e Cortona
Essas três cidades da Toscana também ficaram de fora do meu roteiro. A ideia era conhecer Arezzo e Cortona juntas em um mesmo dia, e quem sabe Montepulciano com Montalcino.
Seu sempre quero abraçar o mundo nas minhas viagens, mas dessa vez o cansaço e o fato de estar com uma bebê de um ano e três meses me fez preferir passar um dia inteiro de Dolce Far Niente na nossa villa. Por sinal, vale a pena checar essa hospedagem por lá, se chama Villa Due, e pode falar que foi a Marcella do Segredos de Viagem que indicou pra receber um mimo especial.
No mais, dêem uma olhada nessas 3 cidades também!
Silvia Carrano
Adorei as dicas. Da pra fazer o roteiro pela Toscana sozinha? Gostaria de saber também se precisa permissão para dirigir e como fazer?
Obrigada
Mari
Oi Silvia,
Sim, você pode fazer a Toscana sozinha tranquila. É uma região bem gostosa, que pode servir para diferentes tipos de pessoas que apreciem um bom vinho e comer bem, além de belas paisagens.
Para alugar um carro por la, pelo menos quando fomos, só precisávamos da carteira de motorista brasileira mesmo.
Boa viagem!