Roteiro de 2 dias em Inhotim: nossa viagem
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Confira abaixo um roteiro de 2 dias em Inhotim, o Museu de Arte a céu aberto mais charmoso do Brasil, e quiçá do mundo! Veja também dicas sobre as galerias que você deve visitar, onde comer e onde ficar em Inhotim.
Inhotim é um passeio para se degustar com calma. É possível sim ver grande parte de Inhotim em um dia, mas você vai correr muito pelas obras e galerias e vai acabar o dia exausto e deixando algo de lado. Três dias é para quem tem fome de arte, quem curte a natureza e quer aproveitar sem pressa (e sem comprar o ticket dos carrinhos para fazer o transporte interno mais rapidamente) tudo o que um dos maiores museus de arte a céu aberto do mundo tem a oferecer.
Pensando nisso, o número mínimo de dias que consideramos viável para passear pelos jardins, obras e instalações do museu é pelo menos dois. Por isso elaboramos esse roteiro de 2 dias em Inhotim com rotas que passam por todas as galerias e pontos principais do parque, para que você não perca tempo e aproveite ao máximo sua visita.
Depois de comprado os ingressos, sua primeira missão ao chegar em Inhotim é pegar um desses mapas abaixo! Você pode já baixar o seu direto no site oficial de Inhotim. A segunda missão é passar reto pela lojinha do lado da recepção e já entrar no parque. Não se preocupe, ela fica aberta até mais tarde. =P
Note que esse roteiro foi pensado utilizando-se dos carrinhos para transporte interno que o Instituto Inhotim oferece no valor de R$25 por pessoa.
Dia 1 em Inhotim: rota rosa e amarela, restaurante Oiticica
Seja para quem sai de Belo Horizonte ou para quem já está hospedado em Brumadinho, certifique-se de chegar bem cedo a Inhotim, que abre as 9:30h da manhã.
Manhã – rota rosa
Caminhe pela rota rosa até o ponto de partida do carrinho 6. Pegue o 6 e o carrinho 7 até a galeria mais afastada da rota rosa, o Som da Terra (Sonic Pavillion de Doug Aitken, ponto G10 no mapa).
Depois, aproveite e explore a grandeza da instalação de Lama a Lâmina de Matthew Barney, no ponto G12. Pegue novamente dois carrinhos, o 7 e o 8, até uma das galerias de fotografia que mais mexeu comigo e a mais nova do parque, a Galeria Claudia Andujar, número G23 no mapa.
Volte para a Galeria Miguel Rio Branco, G16, e de lá pegue o carrinho 6 para voltar para desbravar a outra metade do trajeto da rota rosa.
Agora a pé, visite a Galeria Doris Salcedo (G8), passe pela obra dos homens sem cabeça dando cambalhota de Edgard de Souza (A16) e siga rapidamente para checar a Galeria Marcenaria (G9) e Galeria Lago (G6).
Almoço – restaurante Oiticica e restante da rota rosa
Por volta do meio dia e meia, você deverá estar perto do restaurante Oiticica. Aproveita para almoçar nesse restaurante por quilo que é uma verdadeira obra de arte por si só. Além do ambiente agradável, a comida é uma delícia e a vista do lago são de tirar o fôlego!
Logo a frente do restaurante fica a obra Invenção da Cor, de Hélio Oiticica (A12). Depois do almoço é um ótimo momento para descansar em algum banco feito de tronco de árvore e em uma sombra gostosa nessa bonita região de Inhotim.
Desça para o Narcissus Garden, obra de Yayoi Kusama no ponto A17 do mapa, e depois volte para a recepção, de onde tudo começou e agora recomeçará.
Tarde – rota amarela
Terminada a rota rosa por completo, você terá a tarde livre para conhecer as obras e paisagens da rota amarela. Não deixe de começar caminhando pela reta do meio do mapa, que liga a recepção ao ponto A11 e é uma verdadeira obra de arte da natureza por si só.
Aproveite para apreciar todo o caminho até a Galeria Mata (G1) e a Galeria True Rouge (G2). Não são galerias demoradas, na minha opinião, e depois de aproveitar a beleza dos lagos ao redor você pode voltar para o ponto de referência A11 e seguir até a Galeria Fonte (G4) que também não é demorada.
Agora, você tem o restante do dia para aproveitar as melhores galerias da rota amarela, na minha opinião: a Galeria Cildo Meireles (G5) e a Galeria Praça (G3), onde fica o emocionante Galpão Cardiff & Miller. No caminho, aproveite e dê uma passadinha na pequena casa onde fica a obra de Rivane Neuenschwander (número G13 no mapa).
Finalize o dia tomando um café no Café das Flores e fazendo compras na lojinha perto da recepção.
*Observação 1 – Se não der tempo para fazer alguma obra da rota amarela, acelere o passo no dia seguinte e inclua o que ficou de fora. Mas não enrole, a rota laranja é incrível e tomará seu segundo dia inteirinho.
*Observação 2 – Para quem ainda tiver pique, pegue o carro e dirija por uma hora até o restaurante Topo do Mundo, para curtir o pôr do sol com uma vista espetacular. (Atualização: o restaurante Topo do Mundo perto de Brumadinho fechou e mudou de endereço, agora está pertinho de BH e não é mais uma opção de jantar para quem vai dormir perto de Inhotim).
Noite em Brumadinho e região
O ideal é descansar em alguma pousada ou hotel em Brumadinho, ou ficar no luxuoso Estalagem do Mirante, que está perto do topo do Mundo e a uma hora do parque (mas cuidado pra não perder a hora no dia seguinte, hein?). Por ficar um pouco mais afastado de Inhotim, indicamos o Estalagem do Mirante apenas para quem tem mais tempo na região. Há opções justas e confortáveis em Brumadinho para quem fica uma noite apenas.
Eu e a Dalila ficamos na Pousada Verde Villas um mês após a su inauguração. Eu achei uma opção bem justa com quarto confortável para passar a noite e um café da manhã bem gostoso, desses que só mineiros conseguem fazer. Atualmente eles estão com espaços novos na pousada e ampliaram colocando varanda em alguns quartos (que estavam em construção quando fomos).
Dia 2 em Inhotim: rota laranja e restaurante Tamboril ou Bar do Ganso
Como no dia anterior, não durma no ponto e chegue cedo em Inhotim, especialmente se você deixou alguma pendência para fazer hoje. Tome um café bem reforçado porque a manhã será longa.
Manhã – rota laranja
Comece pela Galeria Lygia Pape (G20) e depois siga pelo caminho da igrejinha até o ponto de partida do carrinho 1. Pegue o carrinho e suba até o final. Pare próximo ao Jardim de número 5 (J5) e desfrute desse lugar delicioso por um tempo, antes de seguir para ver a obra Troca-Troca (A6), os famosos fuscas coloridos de Jarbas Lopes.
Nã pegue o carrinho ainda. Caminhe por uma trilha dentro da mata até a Galeria Cristina Iglesias, e não se preocupe que a dificuldade da trilha é bem baixa e em alguns minutos você chegará na galeria G19 do mapa. Volte e resista mais um pouco a tentação de pegar o carrinho. Caminhe até a Galeria Cosmococa (G15) para viver as sensações nas cinco salas de um “quasi-cinema”, idealizada por Hélio Oiticica.
Pronto, agora volte para pegar o carrinho 2 e seguir até um dos trechos mais isolados da linha laranja. No caminho, não deixe de olhar para o ponto A21 a sua direita, e verá a obra Elevazione, uma árvore de cobra que cresce a medida que crescem as cinco outras árvores a que ela está presa.
Chegando no final do trajeto do carrinho 2, explore tudo por lá, desde a icônica obra Beam Drop de Chris Burden (A14), a vista do ponto mais alto de Inhotim (perto do ponto A20), até as 3 galerias dessa região. São elas: Galeria Carlos Garaicoa (G18) – imperdível para todos os viajantes; a Galeria Carroll Dunham (G22) e o espaço da Marilá Dardot (G17) com a instalação interativa “A origem da obra de arte” (mais conhecido como aqueles vasos de flores com letras do alfabeto e sementes para você dar origem a sua própria obra de arte).
Almoço – restaurante Tamboril, Bar do Ganso ou lanchonetes
Para o almoço de hoje, apresentamos várias opções para diferentes estilos e bolsos. Quando eu fui, terminei de ver todo o trecho mais afastado da rota laranja, peguei os carrinhos 2 e 5 e depois caminhei até o Restaurante Tamboril, que fica na rota amarela. Almocei demorada e deliciosamente por lá, o cardápio é divino e esse é um dos melhores restaurantes da região de Brumadinho. O restaurante é buffet livre, com um valor fixo de R$70 por pessoa, com sobremesa (muita!) inclusa.
Para quem quer ir em um ambiente mais em conta e descolado, do lado do Tamboril está o Bar do Ganso, que é um bistrô com pratos à la carte. Há também o Café do Teatro (esse mais distante, perto da obra de Yayoi Kusama no ponto A17 na rota rosa) e o Café das Flores, charmosa lanchonete do lado da recepção. Nos feriados, há um restaurante de massas e pizzas que funciona perto da igrejinha e da galeria G20. Além disso, há ponto de apoio para venda de cachorro quente e outras comidinhas nos lugares assinalados com os talheres no mapa, como perto da galeria da Adriana Varejão e da Galeria True Rouge (cheque com os funcionários do parque quais desses locais menores estão abertos).
Tarde – continuação da rota laranja
Depois da leve desviada no trajeto, volte a linha (a laranja, de preferência). Continue o passeio começando pela Galeria Adriana Varejão, ponto G7 do mapa. Depois, curta a região perto do lago da rota laranja (que é lindíssima!) até chegar no coreto adaptado de Valeska Soares (G14), um dos espaços mais românticos, bucólicos e fofos de todo o parque.
Siga até o Galpão (G11), mas não deixe passar pelo caleidoscópio gigante que fica no caminho e só funciona integrado a paisagem ao seu redor (obra Viewing Machine no ponto A13).
Depois, siga para a maior galeria de Inhotim, a Galeria Psicoativa Tunga (G21). Sobrando tempo, pegue o carrinho 4 e vá até os jardins 1,2 e 3, próximos ao Viveiro Educador. Lembrando que os carrinhos de transporte interno param de funcionar 30 minutos antes do parque fechar.
Com esse roteiro de 2 dias em Inhotim, no final do segundo dia você terá percorrido todas as galerias, as principais obras de arte a céu aberto e alguns dos jardins, e terá andado por todos os caminhos do parque. Claro que o ritmo é intenso e o passo acelerado, mas será o suficiente pra deixar um gostinho de quero mais e aquela vontade louca de voltar pra Inhotim o mais rápido possível!
Julia
Queria agradecer por esse roteiro! Conseguimos ver tudo com tranquilidade, aproveitando super bem o tempo. Muito obrigada!!!
Mari
Ficamos felizes em ouvir isso, Julia!
Que bom que aproveitou!
Volte sempre 🙂