Nosso roteiro de 3 dias em New Orleans


Atualizado em:


New Orleans é uma das cidades que sempre sonhei conhecer. Há anos que planejava visitá-la, e nunca dava certo (mesmo morando nos EUA há 3 anos). Mês passado eu finalmente consegui me planejar e passei um final de semana na cidade. Do começo ao fim eu não tive nenhuma decepção. Adorei cada segundo na cidade, e gostaria de ter ficado mais umas duas semanas para desvendar mais segredos, já que cantinhos especiais é o que não faltam na “Big Easy”, como a cidade é conhecida pelos locais.

New Orleans

No entanto, se você só tiver um final de semana, como eu, não se desespere, pois dá pra conhecer o básico e mais um pouco, e ainda aproveitar com calma os bares de jazz e atrações. Fizemos um roteiro balanceado entre turismo, gastronomia e, principalmente bares e música. O resultado foi um passeio leve, cheio de história, mas também com muita boêmia.

Abaixo detalhamos os nossos 3 dias na cidade:

Dia 1

Resumo:
– French Quarter  
–  Almoço com comida cajun/creole
– Drinks descolados nos arredores do French Quarter
– Jazz, Jazz, Jazz (na Bourbon Street)

 

O primeiro dia, separamos para conhecer o básico da cidade. Começamos com um passeio pelo French Quarter, também conhecido como Vieux Carré, que é o bairro mais antigo de New Orleans. Você pode pegar a Decatur Street até a Franklin Square, passear e tirar fotos na praça, e seguir para a beira do Rio Mississipi. A vista não é incrivelmente linda, mas é interessante de conhecer este rio que tem uma importância muito grande para a região. Continue subindo pela Decatur ate chegar no Mercadinho de artesanatos, e passe pelas ruazinhas que cortam a Decatur para se deliciar com a arquitetura local.

Este passeio passa por estes dois lugares com um guia turístico que vai te contar mais sobre a cultura e história dos locais!

Franklin Square, o coração do French Quarter

Arquitetura tradicional do French Quarter

Passeando pelo French Quarter

A orla do Mississipi River

Mississipi River

Quando der fome, pause para o almoço na região: sugerimos a Acme Oyster House que é uma rede que serve ostras, bem famosa na cidade; o Oceana Grill  que tem comida creole (uma comida com influência Francesa e Africana); ou o Original Pierre Maspero’s que também serve comida creole, em um prédio com mais de 100 anos de idade.

Continue seu passeio pelo French Quarter, dessa vez indo em direção a Bourbon Street e arredores. Apesar do burburinho ser mais a noite, vale passear de dia por lá e focar na arquitetura sem tropeçar nos bêbados (rs). Recomendamos também dar uma esticadinha a pé ate o Louis Armstrong Park pois, além de conhecer o parque dedicado a essa lenda do Jazz, você passará por ruas residenciais mais antiguinhas do French Quarter, e poderá encontrar moradores locais ou mesmo bandas de jazz espalhadas pelas ruas (nos finais de semana, principalmente).

A entrada do parque dedicado ao musico Louis Armstrong

Se já bateu a sede, volte pra Decatur para um coquetel no descolado Bar Tonique ou no chique SoBou dentro do W Hotel. Se deu fome, prove os famosos (e baratinhos) Jambalayas do Coop, um restaurante simples porém com comida deliciosa na também na Decatur Street.

Se você, como nós, gosta de um bom bar e de uma boa música, então la pelas 18h já da pra começar o tour do jazz. Se preferir, pare no hotel pra descansar e voltar pra gandaia as 20h.

A famosa Bourbon Street

Nossa dica é passar meio rapidinho pela Bourbon Street e ir direto aos bares mais tradicionais mesmo (já que a rua em si é muito turística e fica cheia de adolescentes bêbados). Nós gostamos muito do Patty O’s, que tem uma “batalha de pianos” e os pianistas tocam qualquer música que você pedir (inclusive música pop de hoje em dia). Foi divertido para passar uma horinha ou duas. Mas se você quiser algo mais tradicionalzão mesmo, o lugar é o Preservation Hall, logo ao lado, que é pequeno e antigo, onde você definitivamente não vai ouvir pop, e vai apreciar o melhor do jazz tradicional.

A “batalha” de pianos do Patty O

 

Dia 2

 Resumo:
– Beignets
– Marigny e Bywater
– Vodoo Tour
– Jazz, Jazz, Jazz (na Frenchmen Street)

 

Depois de uma noite daquelas nos bares do French Quarter, nada melhor do que matar a ressaca com os Beignets do Cafe du Monde. Sim, eu sei que isso não é segredo nenhum e as filas enormes mostram que o lugar é bem turistão. Porém, o Cafe du Monde é praticamente uma instituição em New Orleans, e mesmo amigos locais disseram que é o melhor da cidade, então vale a pena esperar uns 40min na fila e tomar um cafezinho com Beignets, que são uma espécie de donuts fritos com açúcar de confeiteiro. O local não vende nada além de café, chocolate quente e Beignets, mas as generosas porções costumam ser suficientes. Ah, e as filas de manhã costumam ser menores que a tarde. Para conhecer o french quarter em uma visita guiada e ainda receber um beignet do Cafe du Monde, esta excursão vale muito a pena!

A fila do lado de fora do Cafe du Monde

Os famosos beignets do Cafe du Monde

Uma vez recuperado com a sua dose de glicose, você pode optar por fazer um Tour de Voodoo pelo French Quarter. As bruxarias e superstições fazem parte da história da cidade, e pode ser uma opção interessante. Há diversos operadores que oferecem tours a pé pelos melhores pontos de voodoo e bruxaria, e os tours costumam durar cerca de 2h.

Se não estiver afim de fazer o Tour, voce já pode ir direto para os bairros de Marigny e Bywater. Comece andando pelo Crescent Park, passe pelo Frenchment Art Market, e vá andando pela St. Claude Ave. até chegar ao St. Roch Market (esse sim um segredinho)- mercado gourmet bem local, com comidinhas incluindo boas ostras. Se gostar de arquitetura, ali pertinho está a Marigny Opera House, que hoje é usada para eventos e casamentos, mas tem uma belíssima arquitetura do lado de fora.

Por dentro do moderninho St. Roch Market

 Para terminar o dia, como não poderia deixar de ser: Jazz! Só que dessa vez fuja um pouco dos turistas da Bourbon Street e conheça os bares mais tradicionais da Frenchmen Street. Bares como o famoso Spotted Cat, ou o aconchegante Maison. Ande livremente pela Frenchmen Street, e escolha o bar que mais te agrade. A rua também fica lotada, mas o perfil do público é diferente do French Quarter, e é possível encontrar música e bares de melhor qualidade e mais autênticos por lá.

 

Dia 3

Resumo:
– Streetcar
– Garden District
– Po’ Boys

 

Para o último dia, escolhemos um passeio mais relax pelo agradável Garden District, que abriga mansões e belos jardins. A maneira mais legal de se chegar até o bairro é usando os bondinhos (chamados de Streetcars). Cada viagem custa $1,25, mas você pode comprar o passe ilimitado de um dia ($3) ou de três dias ($9). Você compra o ingresso assim que entra no street car, somente em dinheiro, e com o valor exato pois a máquina não dá troco. O Street Car da St. Charles Avenue sai da Canal Street (ao lado do French Quarter) e te leva até o Lafayette Cemetery (que é o ponto de partida para conhecer o Garden District).

A bordo do street car

Uma das grandes casas do Garden District

 Uma vez no bairro, é hora de explorar. Por lá você verá mansões de grandes senhores de escravos (e Confederalistas da época da guerra civil), verá casas de pessoas famosas, e conhecerá uma das poucas áreas de New Orleans que não foi atingida pelo furacão Katrina, devido a sua localização em um local mais elevado. Você pode contratar um tour ou escolher antes quais casas quer ver. Nós decidimos andar por conta própria no nosso ritmo.

Ande até a Magazine Street, badalada rua entre os universitários das Universidades da região (Tulane e Loyola University) e cheio de lojinhas fofas, bares e restaurantes.

Se quiser provar o famoso sanduíche “Po’Boy”, ande um pouquinho mais para comer onde vão os locais: Guy’s Po’Boys, mais recente e atual queridinho dos locais, ou o Domilise’s Po’Boys, um dos mais antigos e tradicionais da cidade. Ambos os lugares são bem simples e servem apenas o famoso sanduíche tradicionalmente feito com camarões para os “pobres” funcionários das indústrias locais durante uma greve na década de 20.

 


 

Esse roteiro de três dias permite conhecer bem as principais atrações e bairros de New Orleans, sem precisar correr. Também valorizamos o tempo passado nos bares de Jazz, já que isso é parte da essência da cidade. Se você tem alguma sugestão de algo que deixamos de fora, ou que você conheceu e gostou muito, deixe aqui nos comentários!

Vai viajar?
É preciso planejar!

Planeje sua viagem utilizando os serviços dos parceiros abaixo. Você não paga nada a mais por isso, e ajuda o SV a continuar produzindo conteúdo de qualidade e gratuito. =)

Curadoria de viagem

Receba uma vez por mês em seu e-mail nossas dicas cuidadosamente selecionadas e as novidades do mundo das viagens.

Deixe seu comentário

  • Ana Rosa Varanda

    Adorei suas dicas, estou com viagem marcada para New Orleans em janeiro exatamente de 3 dias, vou seguir seu roteiro. Vc tem alguma dica para a cidade de Pensacola?

    • Oi Ana Rosa,
      Que bom que está gostando do roteiro de New Orleans, a cidade é maravilhosa e você vai amar.
      Infelizmente nunca fui pra Pensacola, então não tenho dicas!
      Boa viagem!

  • Excelente post! Quem já esteve consegue entender quanto esse post deviam ser lido antes de ir.

    • Ficamos felizes que tenha gostado dos posts, Joao.
      New Orleans e’ realmente uma experiencia imperdível!

  • PRISCILA

    Olá, estou indo para New Orleans no final do mês e estou um pouco preocupada com a questão da segurança, muitas pessoas dizem que é uma das cidades mais perigosas dos EUA. Pelo o que eu vi vc fez boa parte do seu roteiro à pé, vc se sentiu segura andando pela cidade? A minha outra dúvida é em relação a aluguel de carro, estamos acostumados a sempre alugar carro nos EUA para ter liberdade de locomoção, mas pelas minhas pesquisas dizem que é quase impossível estacionar nas ruas e que os estacionamentos são muito caros. Você acha que é necessário alugar carro ou dá para se virar tranquilamente com uber e transporte público.

    • Oi Priscila,
      Realmente NoLA tem um certo nivel de violencia mais alto se comparado a outras cidades dos EUA, no entando, nao acho que seja nada preocupante. Veja bem, se voce ficar nas areas mais centrais, e’ super tranquilo e sempre muito vivo e cheio de turistas. Se se afastar um pouco, talvez possa ficar mais perigoso. Nesse roteiro, fizemos tudo a pe e nao tivemos nenhum probelma, mas quando estava muito tarde, tipo de madrugada, pegamos uber para nao arriscar.
      Nao acho necessario carro, ja que a maioria das coisas esta no ou perto do French Quarter, e mesmo os outros bairros voce chega com o street car ou Uber sem muito custo. Realmente parking eh complicado na regiao mais turistica!
      Vai tranquila e aproveite sua viagem!!

  • + Ver mais comentários

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *