Por que viajamos?


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Nós passamos horas sonhando com a próxima viagem, relembrando as viagens passadas, e admirando fotos de viagens alheias. Por quê? Porque viajar é maravilhoso, oras!

Mas por que viajar é tão bom? E, principalmente, por que viajamos?

Podemos enumerar algumas razões evidentes tais como: conhecer lugares bonitos, experimentar comidas diferentes das que comemos em casa, vivenciar um ambiente diferente do nosso e, com isso, nos tornar pessoas mais abertas ao novo, e mais um sem-número de motivos diversos e particulares a cada viajante.

Mas na semana passada eu li um artigo que me fez “viajar” um pouco mais nessa questão e ir mais a fundo nas razões que nos levam a arrumar as malas, sair de casa e pegar um avião ou um ônibus para um lugar desconhecido (ou revisitar um lugar conhecido). A neurocientista Suzana Herculano-Houzel escreveu em um artigo na revista Mente e Cérebro (num. 252, pag. 17) as razões neurológicas de querermos viajar. Segundo ela, “somos feitos de memórias dos eventos que nos constroem, e nossa individualidade vem da história de vida de cada um”, ou seja, precisamos criar memórias para construir nossa individualidade, e viajar não seria uma das formas mais agradáveis de se construir essas memórias? Ela ainda vai além e diz que viajar traz à tona emoções positivas no cérebro gerando uma sensação boa, por isso quem viaja pela primeira vez costuma se apaixonar e ficar “viciado” em viagens, querendo sempre mais. Alguém aí se identifica?

Passei horas pensando sobre isso e percebi que ela tem razão. No fundo, no fundo, a gente não viaja só pra abrir nossa mente, sermos mais culturais e aprendermos com os que vivem de maneira diferente à nossa. Nós viajamos porque isso faz com que a gente se sinta bem. Porque não existe sensação melhor do que descer do avião em um país diferente, pisar na neve pela primeira vez, mergulhar em um mar transparente ou dar uma garfada em um prato com sabores nunca antes sentidos (quem sabe até, ao invés de garfada, comer com as mãos!).

Cada minuto em uma viagem provoca em nós uma sensação de prazer indescritível, aquela sensação de felicidade que só quem já parou por um minuto para “respirar” uma nova cidade sabe. Aquela sensação de se perder por ruazinhas de paralelepípedo, de se aventurar em uma trilha cheia de cachoeiras, de pedir informação em um lugar que ninguém fala sua língua. Aquela sensação de se sentar em um café e ficar observando o mundo passar na sua frente e perceber o tanto de coisas que ainda temos pra conhecer e quantos lugares ainda temos que visitar. Essa sensação, inclusive, quem me mostrou pela primeira vez foi meu avô, quando me levou à Europa aos 10 anos e me mostrou como vivemos em um mundo grande e diverso, e como precisamos observar e aprender com as pessoas diferentes de nós.

Então, respondendo à pergunta do título do post, nós viajamos simplesmente por que isso nos faz feliz e, já que nossas memórias nos constroem, como falou a Dra. Suzana, eu quero mais é ser construída de memórias felizes. De preferência em vários lugares do mundo: comendo samosas na Índia, voando de asa delta no Rio de Janeiro, mergulhando no mar do Caribe ou vendo o amanhecer em Machu Picchu!

E você? Como quer construir suas memórias?

 

 

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