Roteiro em Mônaco: luxo e exclusividade low-profile
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Cassinos, iates e festas badaladas. A tradução de luxo e riqueza. Olha, Mônaco até pode ser isso também, mas o que encontrei por lá foi tão, mas tão low-profile, que derrubei meus paradigmas sobre o lugar. Paira sobre o balneário mediterrâneo encravado entre a França e a Itália um clima de exclusividade sim, mas não de ostentação. E acredite, isso porque há inúmeros Rolls Royces, Ferraris e Bentleys circulando pelos imensos (#sqn) 2 quilômetros quadrados que englobam o território. Veja esse roteiro em Mônaco e tire suas próprias conclusões ao visitar o principado onde vivem 40 mil pessoas, configurando uma das maiores densidades demográficas do mundo!
Numa primeira olhada não parece um lugar mega convidativo e nem lindão, ainda mais com chuva. Dois dias são bons para visitar o lugar, ainda que em três ou quatro dias eu creio que dê para zerar todas as poucas atrações e sentir o espírito monegasco.
Esse principado com raízes no século 12 resiste como nação autônoma e atrai ricaços do mundo todo a fixarem residência por não cobrarem impostos e oferecer serviços excepcionais. Uma grande vantagem é andar a pé, principalmente pelo Carré d’Or, que concentra as principais marcas de luxo e os hotéis mais famosos e pelos jardins, como o Jardin Exotique e o Saint Martin.
Uma das grandes vantagens é a sua localização, servindo de hub para ir aos Alpes italianos, para a Côte d’Âzur francesa, para a Provence ou para a região de Gênova.
Passar uns dias ali pode custar caro, mas há opções de acomodações mais em conta – é possível também se hospedar em Nice, na França, e alugar um carro ou ir de trem até Mônaco (são só 40 minutos). Assim, você economiza na hospedagem e pode se permitir gastar na cidade.
Vamos às principais atrações de Mônaco:
Cassino de Monte Carlo
Você pode nem gostar da ideia de cassino ou achar esse tipo de ambiente meio carregado, como eu de fato nunca gostei. Só que esse prédio, construído em 1893 pelo arquiteto Charles Garnier, o mesmo que fez a Ópera de Paris, é um espetáculo por si só.
Sob o átrio de mármore com pé direito imenso, 28 colunas de ônix, a sensação de estar num edifício da realeza. Uma experiência intensa que se complementa por crupiês entediados e máquinas de caça-níquel. Vale um drink, uma olhada e uma perdida de uns trocados, numa boa. Investi € 5 em fichas, perdi € 1,70 e recuperei € 3,30 na saída. Faz parte da experiência. A entrada é gratuita para quem estiver hospedado em hotéis da Societé Bains de Mer ou então custa € 10.
Cidade Velha e Palácio do Príncipe
Na parte mais alta da orla, a Cidade Velha guarda muitas casas coloridas e ruas estreitas, um charme. Vale dar uma zanzada por ali, é pequenino, nem tem como se perder. Na praça central, o Palácio do Príncipe ocupa hoje o que já foi uma fortaleza erguida pelos genoveses em 1215. Afrescos do século 15 permanecem adornando paredes, assim como o Salão Louis XV, todo dourado. Não perca a sala do trono, com uma incrível lareira da época da Renascença e a Capela palatina, do século 17. Aberto diariamente, das 10h às 18h, € 8.
Circuito da Fórmula 1
Impossível falar de automobilismo sem pensar no Grand Prix de Mônaco. E impossível pensar no GP sem lembrar de Ayrton Senna. Conhecido como Mr. Mônaco entre os colegas, venceu 5 vezes no circuito de rua mais famoso do mundo. Não é preciso guia para percorrer a pé os 3,337 quilômetros de ruas e avenidas que formam a pista em um fim de semana do mês de maio (ano que vem será entre os dias 25 e 28/5). Vá pela calçada mesmo, é um barato.
Aproveite para explorar ângulos desconhecidos e descobrir joias, como a Igreja de Sainte Devote, do século 11, a favorita da família real. Com um mapa em mãos você visita a curva em ferradura da Fairmont Hairpin, o Túnel, a Reta da Piscina, vê a marca de largada dos carros e a linha de chegada. Aliás, essa fica na frente do Automóvel Clube de Monte Carlo (http://acm.mc/) que guarda troféus e relíquias do GP. Algumas empresas fazem tours em Ferraris e Lamborghinis pelas ruas do principado, você pode dirigir um possante por preços que começam em 119 por 15 minutos.
Coleção de Carros do Príncipe
Logo na entrada uma placa anuncia: “isso não é um museu de carros, mas minha coleção particular”. Apaixonados por carros há três gerações, os príncipes de Mônaco, hoje quem está no trono é o príncipe Albert. Nem precisa ser amante de veículos para babar diante das preciosidades que ali repousam, lustrosas.
De Rolls Royces e Masserattis cheios de história, até o Sunbeam Alpine azul calcinha no qual Grace Kelly protagonizou uma cena clássica de Ladrão de Casaca, em 1955, de Alfred Hitchcock. Sem contar as jóias automobilísticas de alta velocidade, incluindo uns 8 carros de Fórmula 1, além do capacete original com que Senna foi campeão mundial em 1991. Sério, um baita de um lugar interessante. (€ 6,50)
Saiba mais sobre a coleção de carros do príncipe
Museu Oceanográfico
Que baita aquário o príncipe resolveu fazer aqui. Transformou um prédio clássico na cidade velha num dos mais belos acervos de vida marinha da Europa – é pau a pau com o Aquário de Valência e o Oceanário de Lisboa. Aqui o forte são os pequenos aquários com vida dividida por espécies menores, como o peixe-mandarim, os anjos, os peixes-pedra e os emblemáticos peixes-palhaço, o bom e velho “Nemo”. As tartarugas e águas-vivas são um show à parte, assim como os tubarões-zebra e os linguados, camuflados na areia (€ 14).
Mercado de La Condamine
Para sentir o verdadeiro espírito da rotina monegasca, além dos lugares chiques, uma ida ao mercado revela como comem e vivem as pessoas normais. Uma grande praça de alimentação com pequenas bancas que servem iguarias como o barbagiuan, enroladinho frito de espinafre com ricota e ervas, e a pissaladière de Monaco, uma torta salgada recheada com cebolas e tomates. Tudo isso é bem bom. Eu provei as do A Roca, uma simpatia de restaurante lá dentro do mercado, eles são extremamente gentis e um almoço com quitutes variados não passa dos € 12. Do lado de fora, vende-se frutas e legumes.
Hotel Hermitage e Hotel de Paris
Hotel Hermitage e Hotel de Paris. Melhores acomodação do principado (diárias desde € 600), ficam nos arredores do Cassino de Monte Carlo, com quartos absurdamente impressionantes que podem não ser para o seu bico (se te conforta, saiba que para o meu também não são). Mas tomar um drink ou uma taça de vinho no Bar Américain é uma dessas experiências clássicas que você pode se permitir (vai dar entre € 15 e € 20).
Veja aqui mais opções de hospedagem em Mônaco
Claro, se o bolso estiver mais polpudo, o famosérrimo restaurante Louis XV está do outro lado do lobby. Com três estrelas Michelin, é a principal casa do festejadíssimo chef Alain Ducasse. Mas prepare o bolso, uma refeição ali dificilmente sai por menos de € 200. Caso cogite isso, quem sabe fazer um pedido especial para alguém especial, pense só em reservar com muita antecedência.
Museu Naval
Uma surpresa interessante. Amantes de barcos e de história militar podem se refestelar com centenas de maquetes de embarcações de todas as épocas (há miniatura desde barcos dos fenícios, é sério), com destaque para caravelas, os grandes cruzeiros e porta-aviões. Tudo bem espremido, no melhor espírito monegasco.
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