Meu roteiro em Bonito e sugestões para 4, 5, 6 ou 7 noites


Atualizado em:


Nossa viagem para Bonito foi uma surpresa enorme que superou nossas expectativas. Eu e meu noivo (hoje marido) ficamos 7 noites por lá em dezembro de 2018, que resultaram em 6 dias completos de passeios. Anotei absolutamente tudo que fiz pra contar pra vocês em detalhes, que acabou virando esse post enorme com o meu roteiro em Bonito. Como sei que nem todo mundo consegue ficar 7 noites por lá, aproveitarei para dar opções para quem tem menos tempo. Mas antes, vamos ao resumo da viagem:

Período: 30 de novembro a 7 de dezembro de 2018.
Hotéis: Águas de Bonito (4 noites) e Chalé do Bosque (3 noites).
Custo da viagem: Veja esse post sobre quanto custa viajar pra Bonito.
Locomoção: Carro alugado que pegamos e devolvemos no aeroporto de Campo Grande (4 horas de Bonito).
Mais perguntas e respostas sobre o destino: Veja esse post com dicas completas para uma viagem a Bonito.

Carro prata estacionado em um pedaço de terra. A parte debaixo do automóvel está suja de terra marrom. É um modelo sandero stepway da Renault.

Nosso carro: um Renault Sandero Stepway alugado no aeroporto e companheiro nas aventuras em Bonito.

Resumo do nosso roteiro em Bonito:

Se quiser ir direto para o relato de um dia específico, clique no tópico de interesse abaixo:

Dia 1 Chegada em Campo Grande, almoço no Yallah e estrada para Bonito.
Dia 2Gruta do Lago Azul,  Gruta de São Miguel, restaurante Casa do João, teste do Anhumas e bar La Bonita.
Dia 3Flutuação do Rio da Prata (almoço incluso), Buraco das Araras e Sorveteria Allegra.
Dia 4Abismo Anhumas, restaurante Juanita, Balneário Municipal e Bar Taboa.
Dia 5Boca da Onça Ecotour e Pastel Bonito.
Dia 6Flut. na Nascente do Rio Sucuri, Estância Mimosa (almoço incluso antes do passeio), restaurante Tapera.
Dia 7Flut. no Aquário Natural, almoço hotel Santa Esmeralda, Bóia Cross no Rio Formoso, jantar Sale e Pepe.
Dia 8Saída de manhã para Campo Grande.

Dicas de outros roteiros em Bonito para quem tem menos dias

-Se você tem menos dias disponíveis, sugiro fazer os passeios do dia 2, 3, 4 e 5 desse roteiro. Desse modo, viraria um roteiro de 5 noites em Bonito, já que temos que contar o dia de chegada.

-O dia 6 é um adendo interessante se você tiver mais um dia. Se preferir ou se quiser otimizar tempo, você pode trocar a flutuação do Sucuri pela flutuação do Aquário natural nesse dia). Já o dia 7 é totalmente desnecessário se você já fez outras duas flutuações, e se não tem crianças viajando contigo (quem curtiria mais fazer um bóia cross).

-O primeiro dia é inevitável, aquele de chegada e ambientação. No dia de ir embora de Bonito, você pode pegar o vôo mais tarde que conseguir e fazer algum passeio perto da cidade, logo no primeiro horário da manhã.

-Se estiver viajando no período em que a Lagoa Misteriosa está aberta, tire o Buraco das Araras da programação para inclui-la, ou encaixe a Lagoa Misteriosa em alguma brecha desse dia 3.

-Se não deseja fazer o passeio ao Abismo Anhumas, você praticamente ganhará mais um dia na sua programação, ou poderá ficar 4 noites em Bonito e, mesmo assim, curtirá as principais atrações do destino. Nesse caso, para bolar um roteiro de 4 noites em Bonito, fique com o dia 1, 2, 3 e 5 desse roteiro.

Mulher em primeiro plano com um capacete na cabeça, admira o interior de uma gruta onde há um lago de cor azul turquesa e estalactites no teto.

Vem se apaixonar por Bonito também!

Nosso roteiro em Bonito, nos mínimos detalhes!

Se quer saber detalhes sobre nossa programação, o que achamos de cada atrativo, restaurante e hotel, se divirta com o relato super completinho que escrevi abaixo:

Dia 1 – Chegando em Bonito, via Campo Grande

Saímos de São Paulo em um vôo da LATAM as 10:05 da manhã e chegamos em Campo Grande as 11:50. A viagem dura 2:45h, mas como o fuso no MS é diferente (-1 hora de SP), “ganhamos” uma hora na ida e “perdemos” uma hora na volta. Chegamos em Campo Grande e no aeroporto já retiramos o carro que alugamos para essa viagem.

Chegando em Campo Grande, MS

A fome bateu rápido e fomos almoçar no restaurante árabe Yallah, em Campo Grande. MEU DEUS DO CÉU que delícia! O restaurante é do irmão do dono do Sainte Marie, um dos meus restaurantes árabes favoritos em São Paulo, e a comida tava tão divina quanto. Família Kawijan ta de parabéns viu?

Meus amores: coalhada, hommus, muhammara e babaganoush.

Quibe montado do restaurante Yallah em Campo Grande

Paleta de cordeiro. E ainda teve mais comida (calma, estávamos em quatro pessoas com meus primos, e não só em dois…rs).

O nosso único erro foi ter comido demais…pegamos a estrada com muito sono. E ainda tínhamos em torno de 4 horas de viagem de Campo Grande até Bonito. O bom é que a estrada foi mais tranquila e segura do que eu imaginava. Com a ajuda do maps no celular, bastou seguir as placas no sentido Sidrolândia – Nioaque – Guia Lopes. No final do dia estávamos chegando em Bonito.

DICA SV – Tente não pegar estrada durante a noite pois é quando os animais saem mais, e você precisará dobrar a atenção para não colidir com um na estrada. Também fique atento na estrada, pois sempre tem algum animal dando as caras. Quando estávamos chegando em bonito o Cleber viu um tamanduá!

Na estrada, quase chegando em Bonito

Agência ABN

Antes de parar no nosso hotel, fomos a agência ABN para fechar a programação da semana. Já tínhamos reservado com uns dois meses de antecedência alguns passeios mais populares como o Abismo Anhumas, Flutuação do Rio da Prata, Gruta do Lago Azul e Cachoeira da Boca da Onça. Encerramos o dia exaustos e sem fome, prontos para dormir e acordar cedo.

Dia 2 – Gruta do Lago Azul,  Gruta de São Miguel, Casa do João, teste do Anhumas e bar La Bonita

O primeiro passeio que fizemos foi para a famosa Gruta do Lago Azul. Fomos logo no segundo horário disponível, as 7:40h, e como era começo de dezembro o sol estava passando pela fenda da gruta e incidindo no lago! Vimos um pouquinho desse fenômeno que acontece geralmente em dezembro e janeiro enquanto entrávamos na gruta, e se tivéssemos escolhido o primeiro horário teria sido melhor pra ver isso acontecendo enquanto estivéssemos no nível do lado (quem vai em janeiro deve escolher os horários das 9/ 10 horas, segundo nos informaram).

A lindíssima Gruta do Lago Azul

Da Gruta do Lago Azul seguimos para a Gruta de São Miguel, que fica no caminho de volta para o centro da cidade. Nessa gruta não há lago dentro, mas formações geológicas super interessantes. Nossa guia Daiane era super boa e fez a diferença ao explicar tudo o que acontece dentro de uma gruta (estalactites, estalagmites e outras curiosidades). O caminho até chegar na gruta era bem bonito e preservado também, como na foto abaixo, e na sede vimos as primeiras araras da viagem!

Saímos da gruta e fomos direto almoçar no restaurante mais famoso da cidade, o Casa do João. Não teve uma pessoa que não nos recomendou esse lugar e o famoso prato da “Traíra sem espinha”. E realmente era tudo isso que falaram mesmo. Estava uma delícia!

Verde para todos os lados no caminho para a Gruta de São Miguel

peixe assado inteiro e servido em uma travessa em forma de peixe. ele está no centro da foto e em algumas cumbucas no seu redor estão acompanhamentos como mpirão, frofa, arroz e salada. Há batatas fritas em cima do peixe.

A famosa traíra sem espinha da Casa do João, em Bonito.

Aproveitei a tarde para descansar e curtir a praia e o redário no nosso primeiro hotel, o Águas de Bonito. Nesse dia era meu aniversário, então aproveitei para falar com os familiares e amigos depois do almoço.

As 17:30h fomos fazer o teste de segurança para o passeio do Abismo Anhumas. Falarei mais pra frente do passeio, mas adianto que ele inclui um rapel de 72 metros de altura, e antes de realiza-lo você precisa fazer um teste com os instrutores. Você reserva o passeio com antecedência, mas só marca o horário e faz o pagamento depois que concluir o teste (muita gente desiste aqui, mas eu recomendo fortemente que você enfrente seus medos e vá!!). Eu estava morrendo de medo durante o teste, mas alguns dias depois, enquanto descia por um rapel dentro de uma caverna, fiquei feliz de não ter desistido.

Escritório do Anhumas onde era feito o teste (havia um mini rapel indoors desse lado esquerdo)

Fim de tarde na praça em Bonito.

Para finalizar o dia, demos uma volta na praça da Liberdade, assistimos a chegada de uma corrida que estava rolando naquele final de semana, e finalizamos o dia com música ao vivo no animado bar La Bonita.

Dia 3 – Flutuação do Rio da Prata, Buraco das Araras e Sorvete Allegra

Marcamos a flutuação do Rio da Prata para as 10h e como o Recanto Ecológico do Rio da Prata fica a 45 minutos da cidade, saímos do hotel por volta das 9 horas da manhã. O passeio todo durou umas 3 horas, mas a flutuação mesmo deve ter durado uns 50 minutos.

É realmente um passeio imperdível! Um longo caminho para flutuar, uma água verde vista de fora, e azul vista de dentro da água, e muitos animais no caminho. Fora que é super relaxante e agradável todo o trajeto do rio. Vale cada minuto.

Flutuação no Rio da Prata, uma das atrações mais famosas de Bonito.

Casal submerso em uma água azul cristalina. Eles estão do lado esquerdo da foto com roupas de neoprene, máscara e snorkel e na metada direita da foto é possível ver algumas piraputangas e outros peixes.

Nós e os peixinhos durante a flutuação do Rio da Prata.

O almoço no Rio da Prata.

Esse foi realmente o dia das araras!

Para a flutuação do rio da Prata, escolhemos a opção com almoço incluso e achei uma decisão bem acertada, afinal saímos da água famintos e não tinha muitas opções lá por perto (e não iríamos voltar pra cidade). Aproveitamos um pouco da sede/ receptivo da fazenda, vimos mais araras (!) e descansamos na rede antes de ir pro nosso próximo passeio, que estava marcado para as 15:40h.

Seguimos para o Buraco das Araras que fica pertinho do Rio da Prata. Dava pra ter marcado o passeio um pouco mais tarde, para aproveitar mais a fazenda. Mas de todo modo foi ótimo e esse foi só um detalhe!

Eles exigem uso de tênis, e como não levei, tive que alugar um sapato tipo “crocs” por 5 reais. No receptivo eles oferecem chapéu e é bom passar protetor solar antes, porque o sol na cabeça é forte.

O passeio é rápido (em torno de 50 minutos) e é de pura contemplação. Você anda em uma trilha até a maior dolina da América Latina (dolina é o contrário de colina… no caso, é um belo buracão! rs), com 100 metros de profundidade e 500 de circunferência! Entre as tantas aves e espécies que você pode avistar lá – inclusive dois jacarés- estão em torno de 50 casais de araras. A guia nos explicou que elas andam sempre em casal. ♥ Ela também contou várias histórias e curiosidades sobre o local e sobre o Seu Modesto, dono da propriedade.

Sapatinhos combinando.

Revoada das Araras, no buraco das araras.

Buraco das Araras, maior dolina da América Latina

A caminhada é leve e fácil, e pára em dois decks de observação. Foi em uma dessas paradas que tivemos a sorte de ver uma revoada de araras, e contei mais de 20 delas voando juntas. A dica é ir no começo do dia ou no final da tarde para tentar ver isso acontecer, mas a real é que é sorte mesmo… espero que você também seja agraciado com uma revoada. Mas não se preocupe porque com certeza você vai ver araras por lá, e a dolina por si só já é super interessante.

Terminamos o passeio e pegamos nosso carro para a cidade de Bonito novamente. Não encaramos um jatar porque comemos muito no almoço farto da Fazenda do Rio da Prata. Ao invés disso, provamos um sorvete de-li-ci-o-so na sorveteria Allegra e demos o dia por encerrado.

Dia 4 – Abismo Anhumas, restaurante Juanita, Balneário Municipal e Bar Taboa

Mal dormi a noite toda de tanta ansiedade por esse dia. Eu estava mega nervosa para descer o rapel no Abismo Anhumas, e realmente foi UMA DAS MELHORES EXPERIÊNCIAS da vida.

Nosso passeio foi marcado para as 8 da manhã. Chegamos, estacionamos o carro e fomos para um mini receptivo que era basicamente uma casinha e uma plataforma montadas em cima do teto da caverna. Colocaram na gente um monte de instrumento de segurança e aguardamos nossa vez.

A descida é feita sempre em dupla e dei graças a Deus que pude descer com o Cleber. A mala com os pertences de todos ia depois, junto com outro instrutor. Levamos toalha, uma troca de roupa, água e alguns snacks. E lá fomos nós!

plataforma de madeira onde um casal está amarrado com cabos de aço e equipamentos de rapel, prontos para descerem por um buraco na plataforma.

Todo o equipamento para descermos no “buraquinho” que leva a caverna do Abismo Anhumas.

Começando a descer…

Agora de outro ângulo!

O passeio consiste em: descer e subir de rapel os 72 metros até a plataforma perto do lago, fazer um passeio de barco e fazer a flutuação no lago (água gelaaaaada a beça, mesmo com a roupa de neoprene). Quem tem carteirinha de mergulho pode pagar um pouco a mais e mergulhar por aqui também. Falando em pagar, esse foi o passeio mais caro que fizemos em Bonito. Custou R$910 por pessoa, mas valeu cada centavo. É realmente único, exige bastante infra-estrutura de segurança e preservação da caverna, e é um passeio bem completo e impressionante.

A beleza do lugar vai ficar na memória, porque as fotos mesmo ficaram péssimas…rs.

Para registrar…

Pouco mais de meio-dia já tínhamos descido, feito o passeio de barco, a flutuação e esperávamos nossa vez para subir. Antigamente, durante o teste, os instrutores viam se você tinha condições de subir sozinho ou se precisaria ser içado (leia: puxado por várias pessoas que ficam lá em cima na plataforma). Esse padrão mudou, e atualmente eles estão puxando todo mundo, para otimizar o tempo e agilizar o processo. Depois da descida e das horas de passeio, já nem estava mais me importando em subir sozinha, e foi uma delícia a volta!

Saímos radiantes, e com fome. Por isso, seguimos para o restaurante Juanita para provar o famoso pacu na brasa. Pra mim o Juanita entrou no meu top 3 de melhores restaurantes de Bonito, e fiquei surpresa que conseguimos comer toda aquela porção enorme.

Chapa redonda com um pacu servido na brasa. Na foto há uma mão que está prestes a corta o peixe. Em volta da chapa há cumbucas com pirão arroz e farofa, e e torno do peixe há legumes (brócolis e batata).

Pacu na brasa no restaurante Juanita, para duas pessoas (alimentaria tranquilamente três, ou dois famintos como nós).

Conforme nos foi orientado, tínhamos tirado o dia para o passeio do Abismo Anhumas, mas era 15h quando acabamos o almoço e não queríamos voltar pro hotel. Por isso, passamos em uma agência no caminho e compramos as entradas para o Balneário Municipal, o mais próximo da cidade. O lugar me lembrou muito um clube de interior. Tinha estrutura para crianças e para quem quisesse fazer churrasco, e também tinha um trecho do rio com uma corredeira massa para ser levado e vários peixinhos. Foi bom para tomar um sol e matar um tempo que tínhamos sobrando, mas não incluiria ele na programação se tivesse com os dias contados.

Mulher sentada na beira do rio vestindo um colete azul e segurando uma vara curta com isca na ponta. Peixes estão embaixo da vara e um deles está pulando para pegar a isca no momento da foto.

Turista animada, chamando a atenção dos peixes no Balneário Municipal em Bonito.

Voltamos para o nosso hotel (Águas de Bonito) a tempo para pegar a Merenda Pantaneira, um café da tarde super gostoso. E depois do banho seguimos para tomar umas no bar Taboa, e provar a cachaça e a cerveja local.

Merenda pantaneira no Hotel Pousada Águas de Bonito.

Bar Taboa, em Bonito.

Dia 5 – Boca da Onça Ecotour e Pastel Bonito

Dedicamos um dia inteiro para fazer o passeio pela Boca da Onça, nosso horário era as 8:30h. Foi um dia delicioso, e eu recomendo muito esse passeio para quem quer ver e nadar em cachoeiras. Eu li bastante, falei com algumas pessoas na cidade e amigos que já moraram em Bonito e cheguei a conclusão que os melhores passeios para curtir as cachoeiras eram: Boca da Onça Ecotour (que é mais afastada e tem cachoeiras bem diferentes) e Estância Mimosa (que tem alguns pontos de parada iguais aos da Ceita Coré, pois o rio que divide as duas fazendas é o mesmo). E foram essas duas que escolhi fazer.

Na Boca da Onça saem vários grupos, a cada 20 minutos mais ou menos, e tudo é calculado para que cada grupo tenha seu tempo exclusivo nos atrativos da fazenda. E os atrativos são realmente lindos, como a maior cachoeira do Mato Grosso do Sul (cachoeira Boca da Onça) ou uma cachoeira que cai em cima de uma mini gruta que tem acesso nadando por um pequeno túnel (Buraco do Macaco).

Cachoeira Boca da Onça

Na Boca da Onça estão as cachoeiras mais impressionantes de Bonito, mas a trilha é a mais longa e puxada de todas, com 4 km de extensão. Mesmo assim eu achei ela tranquila de ser feita, porque tem algumas paradas para mergulho e contemplação de cachoeiras. A única parte bem difícil é uma escadaria dentro da mata com 800 degraus! Dependendo da sua sorte você pode percorrer essa escada logo no começo do passeio se pegar o grupo que faz a trilha no sentido de quem desce, ou pode ter que subir a escada como foi meu caso. Tudo depende do grupo que pegar logo que chegar e das condições climáticas do dia. No dia que fui, todo mundo estava subindo!

Homem desce escada que leva a uma pequena cachoeira.

Mergulho na cachoeira do Poço da Lontra durante a trilha da Boca da Onça.

Depois de 4 horas de passeio entre trilhas, mirantes e cachoeiras, voltamos para o receptivo da fazenda para comer um rango merecidíssimo. Não tínhamos mais nada planejado para aquela tarde, então aproveitamos a gostosa piscina da fazenda, que tem uma boa infra-estrutura. Saímos um pouco antes de fechar e fomos para o centrinho para trocar de hotel. Decidi fazer isso porque eu queria conhecer mais hotéis e dar dicas precisas para vocês sobre onde ficar em Bonito.

Depois do banho, mais uma ida ao centrinho para provar o famoso pastel de jacaré do Pastel Bonito.

Pastel de jacaré e pastel de camarão com catupiry (acho..) no Pastel Bonito

Dia 6 – Flutuação na nascente do Rio Sucuri, Estância Mimosa, restaurante Tapera

Mais um dia acordando cedo para fazer a flutuação no Rio Sucuri, o terceiro rio mais cristalino do mundo! Existem dois tipos de passeios: barra do sucuri – mais curta e com um trecho de barco – e a flutuação na nascente do sucuri (dizem ser a mais bonita, e foi essa que fiz). Antes da flutuação rolou um treinamento em uma piscina e uma ducha gelada pra tirar o cloro, e lá fomos nós de novo no pau de arara até o rio.

Não vi tantos peixinhos nessa flutuação, mas a água era MUITO linda. Cristalina e azul. O único problema é que eu sou friorenta… e não era nem dez horas da manhã e estava nublado, então eu quase morri de frio e pedi arrego pro barco de apoio para me tirar da água. Mas aguentei mais um pouco e boa!

Flutuação na nascente do rio Sucuri e o barco de apoio ao fundo.

Decidimos não comprar o almoço com o passeio pois sabíamos que o receptivo do nosso próximo destino tinha uma das melhores refeições de fazenda. Então seguimos para a Estância Mimosa, um dos poucos lugares que você consegue almoçar e só DEPOIS ver o atrativo. E realmente era muito, muito bom, e foi o melhor almoço de todos os passeios. Comida afetiva de fazenda, e o doce de leite então… ai saudade!

Barriga cheia, pé na areia. Seguimos para a trilha das cachoeiras, e já digo: eram muitaaaas! Achei super gostoso o passeio porque dava pra mergulhar em muitas cachus diferentes e a trilha era curta e fácil. A única coisa chata era que você andava muito pouco de uma cachoeira pra outra, e precisava ficar tirando e colocando o tênis toda hora depois de nadar (eu sei que você pensou em ir de chinelo, mas não podia), então fica a dica de levar umas dessas sapatilhas aquáticas que vai quebrar um galhão.

Foto tirada da parte de dentro da queda de uma cachoeira. Mulher com os braços para cima está bem abaixo de uma pequena queda d'água (menos de 2 metros de altura de queda).

Nos meses de verão há mais chuvas, então as cachoeiras estavam mais cheias.

O barquinho que pegamos durante o passeio pela Estância Mimosa.

Relaxar o corpo e a mente mergulhando nas cachoeiras: não tem preço.

O mais legal desse passeio na Estância Mimosa é que rola um trecho que vamos remando em um barquinho e também há uma plataforma de 6 metros pra você saltar (rolou uma pressão do grupo pra eu saltar e eu acho que fiquei uns mil anos criando coragem até conseguir, mas consegui). E claro, as muitas cachoeiras pra entrar, como eu já disse.

Depois disso, voltamos para o hotel, descansamos e seguimos para o restaurante Tapera, onde comemos um peixe na telha tribom e tomamos uma cervejinha para encerrar o dia e dormir igual uma pedra.

Peixe na telha para o jantar no restaurante Tapera.

Dia 7 – Flutuação Aquário Natural, almoço hotel Santa Esmeralda, Bóia Cross no Rio Formoso e jantar no Sale e Pepe

Para dar uma folga pra gente, marcamos a flutuação no Aquário Natural para as dez horas da manhã, e como essa é a flutuação mais próxima da cidade, conseguimos dormir até mais tarde.

Essa também é a flutuação mais cara, mas foi, junto com a do Rio da Prata, a que mais gostei. O visual do lugar era muito bonito e a quantidade de peixes era absurdaaa (e olha que visitamos Bonito em época de piracema, quando os peixes se concentram nas nascentes pra reprodução).

Prestes a começar a flutuar.

Peixes e mais peixes por lá, e de diversas espécies.

Acabado esse passeio, tínhamos mais umas boas horinhas para matar até o próximo que era as 15:30, e também lá pertinho da cidade. Aproveitei para conhecer e almoçar no hotel Santa Esmeralda. O hotel faz parte do roteiros de charme e é lindinho demais, considerado um dos mais luxuosos de Bonito. O que pegou para mim que acabei não escolhendo me hospedar lá foi porque ele fica afastado da cidade, em torno de 10 km em estrada de terra, e eu preferi ficar em pousadas ou hotéis perto da rua principal de Bonito. Em todo caso, essa é uma boa dica para quem não pretende sair para muitos passeios e quer relaxar com crianças, pois tem piscina, restaurante, e até um trecho do rio na propriedade com cachoeira, deck e piscina natural!

Mais um almoço de rei em Bonito, dessa vez no Hotel Santa Esmeralda.

Saímos de lá e fomos fazer o bóia cross no rio Formoso. Esse foi um dos passeios que eu menos gostei em Bonito. Depois de tantas coisas diferentes que vimos e fizemos, achei o bóia cross um tanto quanto boring. Acho que achei sem graça também porque esperava algo bem mais radical, como rafting em Brotas, no interior em SP. Imagino que as crianças devam amar esse passeio, e possa ser divertido para adultos que querem um pouquinho de aventura com contemplação.

Finalizado esse passeio, voltamos para nosso hotel para curtir a piscina lindona e praticamente só pra gente (o Chalé do Bosque tem poucos chalés e o público são majoritariamente adultos). Passamos a tarde tomando café e conversando com a simpática família dos donos da pousada – sim, estavam todos lá proseando e comendo um bolinho. Foi nessa conversa que falaram pra gente que deveríamos provar a piraputanga, o peixe de Bonito. Nos indicaram o restaurante Sale e Pepe e nós fomos. Saí de lá feliz da vida, porque esse é – definitivamente – um dos peixes de água doce mais saborosos que eu já comi na vida. Se você come carne, tem que provar! Seja no Sale e Pepe ou em qualquer outro restaurante (me disseram que também tem na Casa do João e é bem bom). E voltamos para o hotel para nossa última noite em Bonito.

A encantadora piscina do hotel Chalé do Bosque.

Foto tirada de cima. Grelha redonda comum peixe no centro, cenoura e legumes embaixo e saladinha na parte de cima.

Piraputanga (peixe símbolo de Bonito) para uma pessoa no Sale e Pepe. Finalmente aprendemos que as porções eram grandes.

Dia 8 – Acordar com calma e saída para Campo Grande 

Acordamos, tomamos um belo café e nos despedimos dos simpáticos donos da nossa pousada. Antes de pegar estrada eu ainda visitei alguns hotéis em Bonito para conhecer e saber quais as melhores indicações aqui pra vocês. =)

Daqui seguimos para Campo Grande, onde tínhamos um casamento para ir. Ainda conhecemos o gostoso Parque das Nações Indígenas e um barzinho a noite.

É, foi isso! Foi Bonito e foi muito bom, mas uma hora tudo acaba… =(

Espero que tenham gostado das dicas. Se quiser ir além, leia mais sobre Bonito aqui. Por fim, se quiser tirar alguma dúvida com a gente, deixe seu comentário aqui no formulário abaixo que responderemos com o maior prazer.

Vai viajar?
É preciso planejar!

Planeje sua viagem utilizando os serviços dos parceiros abaixo. Você não paga nada a mais por isso, e ajuda o SV a continuar produzindo conteúdo de qualidade e gratuito. =)

Curadoria de viagem

Receba uma vez por mês em seu e-mail nossas dicas cuidadosamente selecionadas e as novidades do mundo das viagens.

Deixe seu comentário

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *