Os 5 templos do Japão que mais me impressionaram


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Nesse post listei os 5 templos do Japão que achei mais impressionantes, e mencionei um de bônus que não visitei mas que dizem ser incrível. Apesar de ter visitado santuários xintoístas maravilhosos como o Fushimi Inari Taisha, foram os templos budistas que me marcaram mais.

Você sabe qual é a diferença de templo budista para santuário xintoísta? Confira abaixo:

Templo budista X santuário xintoísta: entenda a diferença

Atualmente no Japão, muitas religiões coexistente. Entre elas, as duas mais difundidas são o Budismo e o Xintoísmo. Durante minha visita aprendi que ‘templo’ (temple, em inglês) era a palavra para denominar um lugar budista e que eles na maioria das vezes cobravam entrada. Enquanto que ‘santuários’ (shrines) denominavam lugares xintoístas e tinham, em sua maioria, acesso livre.

Repare: templos geralmente terminam com o sufixo “Ji” ou “Dera”.

Apenas em Kyoto são 1600 templos budistas e 400 santuários xintoístas. Desses voce pode visitar pouco mais de 100. E isso só em Kyoto! Então tem muito templo no Japão para você explorar e conhecer até dizer chega. Mas claro que alguns são mais impressionantes e grandiosos.

Considerando todas as minhas pesquisas, nossas conversas com os guias que contratamos e a nossa própria experiência pessoal, essa foi a lista dos templos do Japão que mais gostamos. Um fica em Nara, outro em Tokyo e os últimos três ficam em Kyoto.  Além disso, deixei uma dica b6onus, que também fica em Quioto. Confira!

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Todai-ji, em Nara

O grandioso Todai-ji, em Nara

Eu saí sem palavras desse templo em Nara, cidade a 50 minutos de trem de Kyoto e que vale muito a pena visitar em um bate e volta. Patrimônio Mundial da Humanidade, o Todai-ji é grandioso em vários sentidos: é a maior construção de madeira do mundo (mesmo o prédio hoje tendo 2 terços do seu tamanho original – o templo já pegou fogo e foi reconstruído duas vezes), e tem no salão principal (chamado Daibutsuden, ou o Great Buddha Hall) uma das maiores estátuas de bronze do Buddha do Japão com 15 metros de altura.

Como se não bastasse isso, tem uma história e símbolos muito interessantes. Foi construído em 752 pelo Imperador Shomu com muitos objetivos: abrigar o Grande Buda, ser o templo principal do Budismo em todo o Japão, mas também foi um projeto pensado pelo Imperador para acalmar os ânimos da população, que estava brigando demais. 2,5 milhões de pessoas participaram da construção do templo em meados de 750. A ideia era fazer um projeto que ocupasse o tempo dessas pessoas em um objetivo comum. E funcionou. Foram 4 anos para construir a estrutura do prédio, e mais 4 anos para o Buddha.

Saiba mais: o templo Todai-ji fica no parque de Nara e abre todos os dias das 7:30 as 17:30 (de abril a outubro) e das
8:00 as 17:00 (de novembro a março). O valor de entrada é ¥600 por pessoa. 

Senso-ji, em Tokyo

Entrada do templo Senso-Ji, em Tokyo

O templo mais antigo de Tokyo também está nessa lista, e na minha opinião é o melhor templo da cidade. É um complexo bem grande com o prédio principal, o portão Hozo-mon e o Kaminarimon com as lanternas gigantes que me maravilharam, e o Pagode de cinco andares.

Diz a lenda que em 628 dois pescadores encontraram uma estátua da Kannon, deusa budista da misericórdia, no rio Sumida e a entregaram para o chefe do vilarejo, que transformou sua própria casa em um templo para ela. Essa lenda nos parece familiar, não é? A história me lembrou imediatamente de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Saiba mais: o Senso-ji fica no bairro de Asakusa em Tokyo, considerado o bairro antigo a cidade. O pavilhão principal fica aberto das 6h as 17h, mas o complexo está sempre aberto ao público. Entrada gratuita. 

Kinkaku-ji, em Kyoto

Kinkaku-ji, o famoso templo do pavilhão dourado, em Kyoto

Por mais que esse templo divida opiniões entre os japoneses nativos em Kyoto já que alguns não gostam muito dele por ser opulento demais, eu não posso deixar de dizer que ele me impressionou muito por sua beleza única e diferente de qualquer outro templo que vi.

O Kinkaku-ji é mais conhecido como Pavilhão Dourado, e o motivo é que ele é inteirinho folheado a ouro! O amarelo contrasta com o jardim, com as águas do lago e o céu, e criam um visual único. Inicialmente o templo era uma vila (segunda casa) do shogun, e posteriormente foi transformado em templo pelo filho dele. Desde 1392, o templo resistiu bravamente a várias guerras e terremotos, mas em 1949 um monge ateou fogo no local, fugiu e depois foi preso. A mãe dele se suicidou de tanto desgosto.

Saiba mais: a entrada custa ¥400 por pessoa. O Kinkaku-ji fica ao norte de Kyoto, um pouco mais afastado, mas há uma linha de ônibus (101) que até é chamada de Sightseeing line porque passa por alguns pontos turísticos principais, tem gravações em várias línguas sobre alguns lugares em que para e ainda vai até o Kinkaku-ji com poucas paradas (linha expressa). 

Kiyomizu-dera, em Kyoto

A estrutura enquadrando a cidade de Kyoto.

Outro cartão postal de Kyoto e além de tudo ainda é Patrimônio Mundial da UNESCO. Segundo nossa guia, as madeiras utilizadas no templo duram em torno de 800 anos, por isso deverá haver uma renovação daqui a 400 anos. Como não se sabe se será possível encontrar as árvores certas, compraram um terreno e plantaram inúmeras árvores que em 400 anos estarão grandes e prontas para serem utilizadas na renovação! Olha que organização bem japonesa mesmo.

O templo é famoso por causa do seu terraço de madeira, suspenso em uma colina da onde se avistam as árvores ora vermelhas durante o outono, ora cor de rosa por causa das cerejeiras ou verdinhas, como na maioria do tempo. O mais impressionante é que não há um prego sequer na estrutura do templo, as madeiras são todas encaixadas.

Como o terraço estava reformando, eu visitei apenas os arredores e o “complexo” do templo. O passeio já foi lindo, e o lugar reservava uma bela vista da cidade do alto da colina.

Saiba mais: até fevereiro de 2020 o templo está passando por uma renovação e partes do hall principal estão cobertas. A entrada custa ¥400 por pessoa e fica aberto das 6h as 18h (nos finais de semana e durante o verão fica aberto até as 18:30). 

Otagi Nenbutsu-ji, em Kyoto (Arashiyama)

O musgo em cima deles só deixa o cenário todo desse templo em Kyoto ainda mais charmoso.

Esse foi um dos templos do Japão ganhou meu coração por alguns motivos. Ele era mais afastado do centrinho de Arashiyama e não é tão visitado pelos turistas, então tive uma sensação mais autêntica e intimista. Mas o que mais gostei foi ver os 1200 Rakans (estátua de pedra dos discípulos de Shaka, o fundador do budismo) que estão espalhados por lá e representam doações feitas na década de 1980.

Kocho Nishimura, o líder religioso que tomava conta do templo na época, teve uma ideia brilhante para arrecadar fundos para a manutenção e preservação do local. Ele também era escultor de estátuas budistas, por isso começou a receber visitantes que esculpiriam suas próprias estátuas com a ajuda dele, e a receber doações com isso. O mais legal é ver como cada estátua é diferente da outra, e procurar as mais engraçadas entre tantas.

Saiba mais: a entrada tem valor de ¥300 por pessoa, e o templo fica aberto das 8h as 17h (portões fecham 15 minutos antes). Inclua uma visita durante o seu passeio à região de Arashiyama. Comece por lá, e desça pela rua preservada Saga Toriimoto até o templo Giouji e continue para a floresta de bambu e o templo Tenryuji.

Bônus: Sanjusangen-do, em Kyoto

Uma das minhas maiores tristezas foi não ter conseguido visitar esse templo em Kyoto. Ele é famoso por causa das 1.001 estátuas da Kannon (deusa da misericórdia, lembram?) que fazem cair o queixo de qualquer turista. Além disso, o salão do templo é considerado a estrutura mais longa do mundo. Assim como muitos outros templos do Japão, também foi atingido por um incêndio em 1264, exatamente 100 anos após sua fundação, e depois reconstruído. Fica a dica para os próximos viajantes!

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